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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Gianecchini teria sido vítima de erro médico



reynaldo-gianecchini9Catéter teria perfurado o pulmão e adiado a quimioterapia

Um possível erro médico no tratamento do ator Reynaldo Gianecchini abriu uma crise no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, tido como um dos mais avançados do Brasil, onde se tratam autoridades de todo o País, como a própria presidente Dilma Rousseff. Gianecchini já deveria estar sendo submetido ao tratamento de quimioterapia, mas ele foi adiado em função de um sangramento ocorrido durante a colocação de um cateter. “Na noite de anteontem (17/8), durante a passagem de cateter central, o paciente apresentou sangramento que foi prontamente tratado com as medidas necessárias”, diz boletim emitido pelo hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde Gianecchini está internado. O hospital não divulga quando começa o tratamento. Mas, de acordo com a apuração do site 247 e da Revista Veja, o erro na colocação do cateter causou uma perfuração no pulmão do ator, que sofreu sérias consequências na UTI do hospital, tendo corrido, inclusive, risco de vida. O erro teria gerado também atritos entre a equipe médica do hospital. O médico Raul Cutait Filho, que chefiava o time, não está mais no comando do tratamento.
Segundo as reportagens, os familiares exigem uma investigação do hospital. Na nova fase do tratamento, o ator está aos cuidados do infectologista David Uip. Ouvido pelo 247, o médico Uip diz que desconhece qualquer crise que envolva a direção do hospital ou outros colegas e afirma ainda que todas as informações são prestadas pelos boletins médicos. “Esse é o meu acordo com a família do ator Gianecchini”, diz ele. Uip também diz que apenas conduz uma das três equipes que cuidam do tratamento do ator.
Gianecchini foi diagnosticado com linfoma não Hodgkin de células T – tipo mais raro da doença que afeta os linfócitos (células de defesa). Ele foi descoberto após Gianecchini se submeter a cirurgia de hérnia inguinal e ter reação alérgica e faringite. Surgiram gânglios na virilha e na região do pescoço, que não desapareceram com medicamentos – o que levantou a suspeita de outro problema mais sério.
Gânglios aumentados e indolores são um dos principais sintomas do linfoma, além de febre, suor (geralmente à noite), cansaço excessivo, dor abdominal, perda de peso, pele áspera e coceira. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima o surgimento de 9,1 mil novos casos por ano.

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