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sábado, 20 de agosto de 2011

Se toca! Campanha de esclarecimento sobre o linfoma

 Campanha liderada pela atriz Drica Moraes, orientando como fazer o auto exame para ajudar a detectar precocemente o linfoma, a mesma doença que atingiu também o ator Reynaldo Gianechinni

Artistas mandam mensagens de apoio a Gianecchini

"Estou pronto para a luta". Foi assim que o ator, de 38 anos, anunciou que está com câncer.

Esta semana, o ator Reynaldo Gianecchini recebeu diagnóstico de linfoma, um tipo de câncer. Existe tratamento, a cura é possível. Você vai ver agora.

"Estou pronto para a luta". Foi assim que Reynaldo Gianecchini, de 38 anos, anunciou que está com câncer. "Conto com o carinho e o amor de todos vocês", escreveu o ator, que está internado em São Paulo.

O câncer que Gianecchini vai enfrentar não é raro: a mesma doença atingiu 9,1 mil pessoas no ano passado no Brasil. E, segundo o Instituto Nacional de Câncer, deve transformar outros 9.130 brasileiros em pacientes, agora, em 2011.

“O linfoma é uma doença democrática. ele atinge homens, mulheres, recém-nascidos, até idosos”, diz Carlos Chiattone, professor de hematologia e oncologia da Santa Casa.

Uma doença que pode atingir a todos - e de dezenas de maneiras. Uma doença que está crescendo a cada ano, sem que a medicina saiba exatamente por quê.

“O termo linfoma se aplica a um número grande de doenças. A gente diria hoje em torno de 50 diferentes tipos de doenças. E com comportamentos muito variáveis. Por isso que as manifestações dos linfomas podem ser distintas de um paciente para outro, bem como o prognóstico”, explica o professor.

A doença pode ser dividida em dois grandes tipos: os linfomas de Hodgkin, que têm características bem marcantes e chance mais alta de cura, e os não-Hodgkin, que atacam o corpo de formas diferentes e têm variados graus de agressividade.

Os não-Hodgkin são os mais comuns. E foi exatamente essa forma de linfoma que atingiu Reynaldo Gianecchini. Foi também um linfoma não-Hodgkin que a presidente Dilma Rousseff enfrentou em 2009.

A doença se manifesta assim: o sistema linfático é parte do sistema imunológico, responsável por defender o corpo contra as doenças. Os linfonodos são nódulos espalhados pela rede de vasos que transportam as células de defesa. Servem para filtrar todos os corpos estranhos. O aumento do linfonodos pode levar à compressão de órgãos como o fígado, o baço, o cérebro e a medula óssea e comprometer o sistema de defesa. Como as células circulam por todo o sistema imunológico, o câncer também pode se espalhar pelo organismo.

Nos últimos 25 anos, o número de casos desse tipo de linfoma duplicou no Brasil, e atingiu, principalmente, pessoas com mais de 60 anos. Mas as últimas décadas trouxeram também avanços importantes na medicina. E hoje o linfoma pode ser enfrentado com um arsenal muito eficiente.

“Esta é uma área da oncologia onde, a meu ver, nós tivemos o maior avanço nas últimas duas décadas. Nós passamos de um tratamento quase que empírico, quimioterápico, para um sucesso extraordinário particularmente nos linfomas mais freqüentes, onde hoje a gente tem uma possibilidade de cura bastante elevada”, avalia Carlos Chiattone.

Hoje, o sucesso do tratamento pode aumentar em cerca de 50% combinando quimioterapia e imunoterapia, que usa anticorpos para combater as células cancerosas.

“O linfoma hoje em dia é um dos tipos de câncer mais curáveis do mundo”, garante Jairo Sobrinho, hematologista e consultor científico da Abrale.

A média de cura é de 60%, mas as chances variam muito de pessoa para pessoa. O importante, todos os médicos concordam, é descobrir o problema o mais cedo possível. Mas os sinais enganam muito, como explica a médica que está cuidando de Reynaldo Gianecchini.

“Os sinais da doença muitas vezes podem ser confusos, podem confundir o médico, mas o que a gente chama mais atenção é que se alguém descobre que tem um gânglio, uma íngua aumentada na região do pescoço, na região da virilha, e que isso não tem uma causa infecciosa muito clara, que procure o médico para investigação. A gente sabe que quanto antes a doença é detectada, maiores são as chances de sucesso no tratamento”, diz Yana Novis - coordenadora de onco-hematologia do Hospital Sírio Libanês.

Outros sintomas importantes são muito suor noturno, que chegue a molhar a roupa, e perda excessiva de peso em pouco tempo.

Nove anos atrás, em 2002, um grupo de pacientes de São Paulo percebeu que era melhor se unir para enfrentar a doença. E desse esforço de união surgiu uma organização que hoje tem 14 sedes em todo o país e dá auxílio gratuito a mais de 30 mil pessoas. Pacientes que já receberam todo tipo de apoio, desde o psicológico até o jurídico. E, principalmente, receberam a mensagem, importantíssima no caso deles, de que quem enfrenta uma doença grave como a leucemia ou o linfoma definitivamente não está sozinho.

Depois de 11 anos trabalhando com pacientes com câncer, a psicóloga da Abrale consegue entender a tempestade de emoções que se abate sobre a pessoa que recebe o diagnóstico.

“A gente sempre quer ser único, a gente quer ser singular, quer ser incrível. Só que quando a gente está doente, a gente não quer. É a última coisa que a gente quer. Por isso é importante ter trabalho em grupo, receber o apoio, para você ver que você não está sozinho. O Gianecchini não está sozinho. Tem um bando de gente rondando ele”, avalia Marília Zendrone, psicóloga da Abrale.

Certamente, Reynaldo Gianecchini não está só. Não está só na doença, compartilhada por milhares de pessoas, mundo afora. Não está só no caminho da cura, que já foi trilhado por muita gente querida antes.
“Eu levei um baque e aí você pergunta assim: ‘Porque eu?’ Esta é a primeira pergunta que vem. Mas por que não eu?”, questiona Ana Maria Braga, que teve câncer em 2001.

“O pior do câncer, na minha maneira de entender, é quando o médico te dá a notícia que você está com câncer”, conta o cantor Neguinho da Beija-Flor, que teve câncer de intestino em 2008.

“Eu fiquei meio tonta com o resultado e questionei com o médico. Eu disse ‘vem cá, não é um equívoco, não é um erro?’”, lembra a cantora Elba Ramalho, que teve câncer de mama em 2010

“Aí você chora o primeiro dia, chora o segundo dia, mas no terceiro dia você diz ‘bom, eu vou ter que lutar contra esse malandro aqui’”, diz Neguinho.

“É um momento, claro, que é difícil. Mas é um momento em que a gente se encontra com a gente mesmo. A gente se encontra com uma fragilidade muito grande. Nós somos fracos sim. Nós temos a possibilidade de ficar doentes”, diz o ator Herson Capri, que teve câncer de pulmão em 1999.

“Eu me elevei em dois quesitos nesta experiência que é uma experiência forte de vida para qualquer ser humano: fé e superação. Sorte pra você Gianecchini, tô torcendo e rezando”, deseja Elba Ramalho.

“A nossa mente comanda o nosso corpo como ninguém. E eu tenho certeza que a sua é muito poderosa. Um beijo carinhoso e fique com Deus”, deseja Ana Maria Braga.

“Giane, eu tenho certeza absoluta que você vai sair dessa. E vai sair de cabeça erguida e muito bem. A gente está torcendo por você. Um abração!”, deseja Herson Capri.
Reynaldo Gianecchini está internado em São Paulo
O ator Reynaldo Gianecchini confirmou que está com câncer.
Em mensagem enviada a amigos nesta quarta-feira (10), a qual o R7 teve acesso, ele pediu ajuda de todos.
- Estou pronto para a luta e conto com o carinho e amor de todos vocês.
O ator foi internado com suspeita de ter faringite, contudo, após análises clínicas, os médicos descobriram que o astro sofria de linfoma não-Hodgkin.
Uma amiga do ator revelou ao R7 que ele está sendo submetido a novos exames, para maiores especificações da doença e definição do melhor tratamento possível.
A TV Globo também confirmou o câncer do ator, em um comunicado oficial.
Gianecchini está internado no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
O câncer que ele tem é do mesmo tipo que acometeu a então candidata e atual presidente da República, Dilma Rousseff, conforme o chefe do Serviço de Oncologia e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, André Murad.
- É exatamente o mesmo câncer da presidente. Trata-se de um câncer que acomete os gânglios linfáticos, porém apresenta altas taxas de cura.
Segundo o médico, casos da doença diagnosticados no início chegam a ter 95% de cura. O tratamento é feito com quimioterapia e uma droga específica para combate ao linfoma.
- Ele terá que fazer um tratamento de cerca de seis meses com quimioterapia, mas não precisará ficar internado, poderá manter as atividades normalmente.
A quimioterapia poderá levar Gianecchini a perder os cabelos e sentir alguma tontura ou mal estar, porém, assim como a presidente, poderá continuar trabalhando, caso queira.

Mãe de Gianecchini está ao lado do filho no hospital

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Também com câncer, pai de Gianecchini fez cirurgia espiritual

Foto: Reprodução Internet
Pai e filho unidos pelo mesmo drama: a luta contra o câncer. Como se não bastasse ter que enfrentar a doença, diagnosticada na quarta-feira (10) como um linfoma do tipo Não-Hodgkin – que atinge o sistema linfático – o ator Reynaldo Gianecchini, 38 anos, ainda tem que lidar com o fato de seu pai, Reynaldo Cisoto Gianecchini, ter o mesmo tipo de câncer.
Professor de química no curso pré-vestibular do Colégio Anglo, em Penápolis, interior de São Paulo, Reynaldo Cisoto, que também é conhecido como Patão, está afastado da instituição de ensino desde o início do ano, para se tratar. “Ele é muito querido pelos alunos e as meninas até o chamam carinhosamente de ‘sogrão’”, contou um funcionário do colégio.
Sem previsão de alta, o ator segue internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Hoje será definido o tipo de tratamento que ele irá seguir. Já as sessões de quimio iniciam na próxima segunda-feira (15).
A equipe médica que o acompanha afirma que o estado geral de saúde é bom. “Ele muito otimista. Ele está pronto para o embate. Não o vi chorar”, afirmou o médico infectologista David Uip. Segundo o médico, Gianecchini está tranquilo, lendo livros no quarto e se alimentando bem.
Prima do ator, Patrícia Gomes Gianecchini, diz que a família está muito abalada, porém, otimista: “é um caso grave e estamos todos abalados. Já sabíamos do caso do tio, e agora essa. Mas tudo é possível, muitas pessoas se recuperam”.
Cirurgia espiritual
Uma relação entre pai e filho marcada pela cumplicidade, união e fé. Em março deste ano, o ator Reynaldo Gianecchini acompanhou o pai ao Instituto de Medicina do Além, localizado em Franca, no interior paulista. Lá, ele foi submetido a uma cirurgia espiritual com o médium João Berbel, que incorpora o espírito do Dr. Alonso, um médico que viveu na cidade no século passado e se tornou conhecido por ajudar somente os empobrecidos e esquecidos.
No Instituto, que funciona aos sábados e atende cerca de três mil pessoas por semana gratuitamente, o atendimento é composto por consulta e cirurgia espiritual. Na consulta, a pessoa recebe a “água com energia” – água normal, acrescida de fluidos curadores – que deve ser ingerida durante uma semana, de acordo com a recomendação do mentor espiritual. Na semana seguinte é realizada a cirurgia, através de médiuns incorporados. Recomenda-se três dias de repouso.
Como a cirurgia espiritual não é feita no corpo físico, mas sim no corpo espiritual, ela não deixa cortes. “A cura através da cirurgia espiritual depende da fé e do merecimento de cada ser. E a fé é o pensamento levado a Deus”, explica o médium Augusto César Silva.

 





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