Afinal, sexo virtual é ou não traição?

No filme "Onde está a Felicidade", a personagem Teodora descobre que seu amor tem uma "amante virtual". Aqui, Bruna Lombardi e seu marido, Carlos Alberto Ricelli, colocam em xeque: afinal, sexo virtual é ou não traição?

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“Onde Está a Felicidade?”, com Bruna Lombardi, já está em cartaz

postado por Andrezza Duarte | 

Elenco de "Onde Está a Felicidade?" (Foto: Divulgação)

Onde será que se esconde a tal da felicidade? Bom, todo mundo está em busca dessa resposta. A verdade é que “ser feliz” se tornou o grande sonho de consumo do ser humano. Tanto que, atualmente, o curso com maior número de inscrições na Universidade Harvard é o Happier (Mais Feliz). E é o tema do filme Onde Está a Felicidade?, que levou o prêmio de melhor longa de ficção do Júri Popular no Festival de Paulínia, com Bruno Garcia, Marcello Airoldi,  Marcelo Adnet, Dani Calabresa, Dan Stulbach e as atrizes espanholas Marta Larralde e María Pujalte. A protagonista? A campeã de capas de NOVA, Bruna Lombardi.

No filme, ela é Teodora, apresentadora do programa de televisão Receita do Amor, onde ensina a fazer receitas afrodisíacas. Mas está prestes a perder o emprego. Em casa, as coisas também não vão bem. Casada há 11 anos com o comentarista esportivo Nando (Bruno Garcia), ela acredita viver uma relação perfeita… Bom, até descobrir que seu marido tem uma amante…virtual. Perdida, à beira de um ataque de nervos e se sentindo traída (afinal, sexo virtual é ou não traição?), ela resolve fazer a peregrinação peloCaminho de Santiago de Compostela para tentar encontrar um sentido para sua vida.

Já na vida real, ela é uma atriz consagrada, uma roteirista criativa e uma mulher de bem com a vida. Ao lado de Carlos Alberto Riccelli, o diretor do filme, ela construiu dois casamentos de sucesso: o pessoal e o profissional. Ah, e ela continua linda. Bom, mas isso eu nem preciso dizer…

Confira a entrevista com a protagonista dessa comédia divertidíssima (eu assisti em primeiríssima mão e A-DO-REI!!), que já está em cartaz em todos os cinemas do país.

NOVA entrevista a atriz Bruna Lombardi por nova-cosmopolitan

Qual a sua definição de traição pela internet?

Foto: NOVA

Eu achei que a chegada do Ashley Madison ao Brasil  seria o principal acontecimento no mundo da infidelidade virtual. Mas, antes dele, já estrearam por aqui o Second Love e o Ohhtel, todos especializados em casados em busca de uma aventura sexual. Conversando com algumas amigas sobre o movimentado mercado, percebi que nem todas tinham a mesma opinião que a minha sobre esse tipo de traição: eu defendi que se o seu marido ou namorado está cadastrado ali, não há muito o que discutir. O cara só pode estar a fim de pular a cerca. Algumas das minhas amigas acham que não, que existe a possibilidade de ele estar em busca de um flerte virtual apenas (e até de sexo virtual), mas não levar a coisa para o real. É… pensando bem, até pode existir essa chance (ainda que, remota, a meu ver). Mas, e aí, só um flerte virtual não é traição? E sexo virtual? Comecei a perceber que é bem difícil caracterizar o que, afinal, constitui traição na internet. Algumas possibilidades que levantamos: 

1-Flerte virtual com desconhecidas 

2- Flerte virtual sempre com a mesma desconhecida 

3- Flerte virtual com conhecidas (amigas, ex-namoradas, ex-casos etc) 

4- Flerte virtual sempre com a mesma conhecida 

5- Sexo virtual com desconhecidas 

6- Sexo virtual sempre com a mesma desconhecida 

7- Sexo virtual com conhecidas (amigas, ex-namoradas, ex-casos etc) 

8-  Sexo virtual sempre com a mesma conhecida 

9- cadastro em um site de encontros para casados 

Não chegamos a um consenso sobre quais são traição ou não. Mas concordamos que todas as alternativas merecem, pelo menos, uma DR muito séria. E para você, qual das alternativas configura traição? 

A traição puramente sexual está com os dias contados. Será?

Foto: Ruy Sanchez Blanco

Ontem assisti a uma palestra do psicólogo Flávio Gikovate sobre traição. Sei que já discutimos o tema algumas vezes aqui, mas como é uma situação que (infelizmente) tem a ver com a vida de todas nós, nunca é demais falar sobre alguma novidade. Nesse caso, a novidade (pelo menos para mim) é a tese do psicólogo de que a traição puramente sexual não tem muito futuro, tanto para homens, como para mulheres.

 Ele divide as traições em sexual (mais praticada por homens) e sentimental (mais praticada por mulheres). Os nomes dispensam maiores explicações.  Segundo ele, para as mulheres, o sexo pelo sexo deixa um “resíduo de excitação” e reforça a sensação de vazio. Isso porque temos uma capacidade de ter vários orgasmos seguidos, ao contrário do homem, que precisa daquele tempinho de recuperação. Com amantes de uma vez só, geralmente ficamos frustradas, segundo Gikovate. Já para os homens, cujo estimulo visual é o principal determinante da excitação, o sexo pelo sexo perde o sentido assim que ele consegue concretizar esse desejo visual. Achei interessante, mas fiquei pensando que, nos dois casos, basta arrumar vários parceiros para acabar o problema, não?

Mas mesmo que eu esteja errada, nem dá para ficar feliz, já que para o outro tipo de traição, aquela que envolve 

Só beijo na boca não é traição?

Foto:Chris Clinton

Imagino que a resposta de muitas de vocês à pergunta do título seja parecida com a minha: óbvio que é! Mas não foi isso que 50% dos homens que participaram de uma enquete feita pela revista Cosmopolitan inglesaresponderam (foram entrevistados 1000 homens e mulheres, mas eles não especificaram qual a porcentagem de cada um). Para eles, só beijar na boca não é traição. Será que os brasileiros também pensam assim? E vocês, o que  acham disso?