Quem está passando por uma separação sabe bem a dor que isso causa e como é difícil manter o equilíbrio e a serenidade. Nesse momento nos sentimos tão sem valor, que não encontramos forças para fazer algo por nós mesmos ou ainda, não acreditamos sermos merecedores de nada que possa fazer nos sentir bem, como se houvesse uma culpa oculta pelos próprios sentimentos. Há uma mistura de sentimentos: culpa, abandono, raiva, medo, rancor, tristeza, frustração, impotência, dor, solidão e não sabemos o que fazer com cada um deles.
Muitas pessoas têm a tendência a negar os seus sentimentos, agindo como se eles não existissem dentro dela. É como se houvesse uma cobrança interna e muitas vezes, externa, de que não se deve sofrer e muito menos, demonstrar seu sofrimento. Como não sofrer quando nos sentimos abandonados em nosso amor, em nossos sonhos? Negar o que sente é o caminho menos indicado, pois se não deixar esses sentimentos virem à tona, reprimindo tudo que sente, eles poderão buscar outra forma de serem expressos, em geral através de nosso corpo. Por isso, por mais que esteja doendo, e em geral a dor é muito intensa, enfrente tudo que sentir. Chore, fique triste, mas permita-se sentir.
Separar-se de quem se ama não é uma tarefa das mais fáceis, ainda que o relacionamento estava sendo destrutivo, ainda que aquilo que você chame de amor venha a descobrir que não era amor. É um momento de muita dor, como se tivessem atingido a nossa própria alma, que agora sangra de tal forma que parece não se cicatrizar nunca. As emoções ficam mais expostas e a razão parece sequer existir. Ficamos totalmente sem defesas e, assim, sem proteção. E o que mais nos pedem é que sejamos racionais. Como, quando tudo é sentido com tal intensidade que parece não existir espaço para a razão?
Separar-se de quem se ama não é uma tarefa das mais fáceis. É comum nessa hora esquecer-se de tudo que causou sofrimento, e do quanto os valores eram muito diferentes. Geralmente a pessoa pela qual nos separamos está muito distante daquela com a qual começamos o relacionamento. Essa pode ser uma das causas da dificuldade em aceitar a separação, pois ficamos sempre esperando que um dia essa pessoa volte a ser quem um dia conhecemos e amamos, ou quem idealizamos. Lembramos tudo que foi vivido de bom, dos momentos agradáveis, das juras de amor eterno, dos sonhos. Mas há quanto tempo será que você já estava sonhando sozinho? Uma relação é feita a dois, lembra-se?
É evidente que a indiferença do outro nos causa muita dor, que parece levar sua vida muito bem, mesmo sem nos ter mais ao seu lado. Muitas vezes nos prendemos mais nas palavras do que nas atitudes e na falta delas.Se alguém te deixou, será que merece suas lágrimas, suas noites em claro, sua autodestruição? O que adianta ficar ligando, procurando quem não quer mais manter o relacionamento? O que irá conquistar ao insistir naquilo que não existe mais, a não ser mais sofrimento? Mas como enfrentar esse momento doloroso de separação? Apesar da perda, dos erros e feridas, podemos e, devemos, fazer algo para conseguirmos suportar esse momento tão cruel e que parece não ter fim.
- Não negue os acontecimentos, nem o que sente, nem sua dor. Por mais que esteja doendo, enfrente sua realidade, pois só assim conseguirá transformá-la. Respeite todos os seus sentimentos.
- Resista a tentação de querer se vingar com o intuito de fazer com que o outro sofra tanto quanto está sofrendo. Assuma a raiva que está sentindo por estar passando por isso, e lembre-se que ao ficar pensando nas diversas formas de se vingar, só estará mantendo o sofrimento que tanto quer se libertar.
- Ficar gritando para o mundo do que aconteceu, ligando ou enviando e-mails contando o que aconteceu a todos, não irá diminuir seu sofrimento, só fará com que se exponha para pessoas que nem sempre são dignas de sua confiança. Procure ser cuidadoso com quem irá desabafar para que não ouça mais cobranças além das que você mesmo se faz. Se não há quem o compreenda, escreva tudo que estiver sentindo em uma folha de papel, ou no computador, isso poderá ajudá-lo a entender melhor seus sentimentos e trará algum alívio.
- Procurar um outro amor de maneira desesperada, ou desejar se envolver com alguém por horas ou dias, também não irá curar sua dor. Poderá apenas amenizá-la um pouco, mas quando estiver sozinho novamente com seus pensamentos e sentimentos, tudo irá retornar com a mesma intensidade de quando fugiu nos braços de alguém. Pense que ao se envolver com outra pessoa impulsionado apenas por sua carência, poderá iniciar uma relação mais destrutiva que a anterior.
- Caso esteja tendo algum sintoma físico, relacione com sua dor emocional e pense o que pode estar representando.
- Perceba se o que está machucando mais é realmente a falta da pessoa que se foi ou o sentimento de rejeição que está sentindo.
- Se havia sofrimento, por que quer voltar? Será que ainda não busca o relacionamento que idealizou e que estava muito distante da realidade?Pense um pouco mais sobre isso. Analise, explore, reflita sobre tudo que aconteceu, considerando a realidade dos fatos e não aquilo que gostaria que tivesse acontecido.
- Evite ter pena de si mesmo. Autopiedade não faz bem a ninguém, nem ficar no papel de vítima, culpando o outro por tudo que aconteceu. Assuma sua responsabilidade na relação.
- Em situações de perda tendemos a ficar inseguros, com a autoestima baixa e sem amor-próprio e assim, sentimos muita dificuldade em fazer algo por nós. Relembre como era sua vida antes desse relacionamento. Quantas coisas não deixou de fazer por você? Quantas pessoas não deixou de ver? Retome sua vida. Pense em algo que o faça se sentir bem e comece a se cuidar com muito carinho.
- Não coloque seu valor pessoal nas mãos de ninguém. Não é porque alguém não valorizou quem você é que isso significa que não tem valor. Com certeza você tem muito valor, mas o importante é que você reconheça isso.
É nesse momento que poderá perceber a força que há dentro de você, e que o caminho por mais árduo que possa parecer nesse momento, poderá ser tornar muito mais iluminado, se permitir que sua própria luz o conduza!
Fonte: Rosemeire Zago - www.stum.com.br
Muitas pessoas têm a tendência a negar os seus sentimentos, agindo como se eles não existissem dentro dela. É como se houvesse uma cobrança interna e muitas vezes, externa, de que não se deve sofrer e muito menos, demonstrar seu sofrimento. Como não sofrer quando nos sentimos abandonados em nosso amor, em nossos sonhos? Negar o que sente é o caminho menos indicado, pois se não deixar esses sentimentos virem à tona, reprimindo tudo que sente, eles poderão buscar outra forma de serem expressos, em geral através de nosso corpo. Por isso, por mais que esteja doendo, e em geral a dor é muito intensa, enfrente tudo que sentir. Chore, fique triste, mas permita-se sentir.
Separar-se de quem se ama não é uma tarefa das mais fáceis, ainda que o relacionamento estava sendo destrutivo, ainda que aquilo que você chame de amor venha a descobrir que não era amor. É um momento de muita dor, como se tivessem atingido a nossa própria alma, que agora sangra de tal forma que parece não se cicatrizar nunca. As emoções ficam mais expostas e a razão parece sequer existir. Ficamos totalmente sem defesas e, assim, sem proteção. E o que mais nos pedem é que sejamos racionais. Como, quando tudo é sentido com tal intensidade que parece não existir espaço para a razão?
Separar-se de quem se ama não é uma tarefa das mais fáceis. É comum nessa hora esquecer-se de tudo que causou sofrimento, e do quanto os valores eram muito diferentes. Geralmente a pessoa pela qual nos separamos está muito distante daquela com a qual começamos o relacionamento. Essa pode ser uma das causas da dificuldade em aceitar a separação, pois ficamos sempre esperando que um dia essa pessoa volte a ser quem um dia conhecemos e amamos, ou quem idealizamos. Lembramos tudo que foi vivido de bom, dos momentos agradáveis, das juras de amor eterno, dos sonhos. Mas há quanto tempo será que você já estava sonhando sozinho? Uma relação é feita a dois, lembra-se?
É evidente que a indiferença do outro nos causa muita dor, que parece levar sua vida muito bem, mesmo sem nos ter mais ao seu lado. Muitas vezes nos prendemos mais nas palavras do que nas atitudes e na falta delas.Se alguém te deixou, será que merece suas lágrimas, suas noites em claro, sua autodestruição? O que adianta ficar ligando, procurando quem não quer mais manter o relacionamento? O que irá conquistar ao insistir naquilo que não existe mais, a não ser mais sofrimento? Mas como enfrentar esse momento doloroso de separação? Apesar da perda, dos erros e feridas, podemos e, devemos, fazer algo para conseguirmos suportar esse momento tão cruel e que parece não ter fim.
- Não negue os acontecimentos, nem o que sente, nem sua dor. Por mais que esteja doendo, enfrente sua realidade, pois só assim conseguirá transformá-la. Respeite todos os seus sentimentos.
- Resista a tentação de querer se vingar com o intuito de fazer com que o outro sofra tanto quanto está sofrendo. Assuma a raiva que está sentindo por estar passando por isso, e lembre-se que ao ficar pensando nas diversas formas de se vingar, só estará mantendo o sofrimento que tanto quer se libertar.
- Ficar gritando para o mundo do que aconteceu, ligando ou enviando e-mails contando o que aconteceu a todos, não irá diminuir seu sofrimento, só fará com que se exponha para pessoas que nem sempre são dignas de sua confiança. Procure ser cuidadoso com quem irá desabafar para que não ouça mais cobranças além das que você mesmo se faz. Se não há quem o compreenda, escreva tudo que estiver sentindo em uma folha de papel, ou no computador, isso poderá ajudá-lo a entender melhor seus sentimentos e trará algum alívio.
- Procurar um outro amor de maneira desesperada, ou desejar se envolver com alguém por horas ou dias, também não irá curar sua dor. Poderá apenas amenizá-la um pouco, mas quando estiver sozinho novamente com seus pensamentos e sentimentos, tudo irá retornar com a mesma intensidade de quando fugiu nos braços de alguém. Pense que ao se envolver com outra pessoa impulsionado apenas por sua carência, poderá iniciar uma relação mais destrutiva que a anterior.
- Caso esteja tendo algum sintoma físico, relacione com sua dor emocional e pense o que pode estar representando.
- Perceba se o que está machucando mais é realmente a falta da pessoa que se foi ou o sentimento de rejeição que está sentindo.
- Se havia sofrimento, por que quer voltar? Será que ainda não busca o relacionamento que idealizou e que estava muito distante da realidade?Pense um pouco mais sobre isso. Analise, explore, reflita sobre tudo que aconteceu, considerando a realidade dos fatos e não aquilo que gostaria que tivesse acontecido.
- Evite ter pena de si mesmo. Autopiedade não faz bem a ninguém, nem ficar no papel de vítima, culpando o outro por tudo que aconteceu. Assuma sua responsabilidade na relação.
- Em situações de perda tendemos a ficar inseguros, com a autoestima baixa e sem amor-próprio e assim, sentimos muita dificuldade em fazer algo por nós. Relembre como era sua vida antes desse relacionamento. Quantas coisas não deixou de fazer por você? Quantas pessoas não deixou de ver? Retome sua vida. Pense em algo que o faça se sentir bem e comece a se cuidar com muito carinho.
- Não coloque seu valor pessoal nas mãos de ninguém. Não é porque alguém não valorizou quem você é que isso significa que não tem valor. Com certeza você tem muito valor, mas o importante é que você reconheça isso.
É nesse momento que poderá perceber a força que há dentro de você, e que o caminho por mais árduo que possa parecer nesse momento, poderá ser tornar muito mais iluminado, se permitir que sua própria luz o conduza!
Fonte: Rosemeire Zago - www.stum.com.br
Pessoas que entram e passam em nossas vidas!
Fonte: Stella Florence - iTodas
Era uma rua, mais uma entre milhares de ruas iguais, quando constatei algo bastante comum: eu havia me perdido, de novo (meu senso de direção é próximo do inexistente). Já inventaram um troço chamado GPS, eu sei, mas por que eu me endividaria para comprar um se nem carro tenho?
Mas nada disso importa: o fato em questão é que eu me perdi. E, nessa perdição, me vi diante de um bar. Achei curioso que meus passos tenham me levado, mesmo que tontos e cegos, justamente àquele bar, no qual eu havia conhecido um certo homem tempos atrás.
Já que eu estava mesmo perdida e seguir para a esquerda ou direita não faria diferença, entrei no bar vazio e pedi um chá gelado. Sozinha e em silêncio (confesso que esta é uma das minhas modalidades preferidas de existir) me lembrei do que houve na noite em que eu e o certo homem nos conhecemos, de tudo o que veio depois por causa daquela específica noite e do quanto eu gostaria de voltar no tempo para nunca, jamais, de modo algum ter sequer saído de casa por toda a semana (incluo a semana inteira só para garantir minha ausência naquele momento).
Há homens assim, que, quando olhamos para trás, apenas nos provocam um suspiro e a frase "como eu gostaria de não tê-lo conhecido!". Bem, mas eu o conheci. E uma das coisas que aquele homem mais repetia é que o importante na vida são apenas os bons momentos que passamos, que isso é tudo e é o máximo que podemos abocanhar dela.
Pois era mentira dele - ou, mais precisamente, uma teoria equivocada. Os momentos que criamos ou de que somos vítima não são o mais importante da vida, eles não são isolados flocos de espuma a se desfazerem com o escoar das horas. O mais importante, o realmente fundamental, é a consequência que cada momento gera, consequência que se ligará a outra, a outra e a mais outra, a nos seguir como um dragão chinês, cada dia mais longo.
Quando um momento acaba, são com suas consequências que iremos viver todas as outras infinitas horas da nossa vida. Mesmo que nos especializemos em não fazer nada, esse nada também trará em si um efeito inevitável. Desse modo, a cada ano, a cada aniversário, a cada carnaval, eu, você, aquele homem, todos nós, levamos um número cada vez maior de consequências nas nossas costas, sejam elas boas ou más, asas ou âncoras. (Eis uma esperança: a cada atitude intencionalmente boa, um resultado bom nos acompanhará. O tal dragão chinês pode adquirir várias formas, afinal).
Portanto, é mentira que tudo o que a vida nos dá é uma sensação inofensiva e desconectada após a outra, um fluir ininterrupto de trechos de sol ou chuva, de sinais fechados ou abertos. A vida é muitíssimo mais do que isso. Ela é consequência, meu caro. E, mesmo que você finja, mesmo que você fuja, mesmo que você minta, em algum momento, nesta vida ou na outra, você também irá sentir o peso de cada uma das suas ações.
*Stella Florence nasceu em 67, tem uma filha, 30 tatuagens e oito livros, entre eles "Hoje Acordei Gorda" e "32 - 32 anos, 32 homens, 32 tatuagens". A mescla de humor e drama, além do verbo ácido, se tornou a marca registrada de sua literatura. Stella é tão alucinada por Gabriel García Márquez que sua cama (sim, sua cama!) tem o mesmo apelido do escritor colombiano: Gabo. Cada louco com sua mania...
Era uma rua, mais uma entre milhares de ruas iguais, quando constatei algo bastante comum: eu havia me perdido, de novo (meu senso de direção é próximo do inexistente). Já inventaram um troço chamado GPS, eu sei, mas por que eu me endividaria para comprar um se nem carro tenho?
Mas nada disso importa: o fato em questão é que eu me perdi. E, nessa perdição, me vi diante de um bar. Achei curioso que meus passos tenham me levado, mesmo que tontos e cegos, justamente àquele bar, no qual eu havia conhecido um certo homem tempos atrás.
Já que eu estava mesmo perdida e seguir para a esquerda ou direita não faria diferença, entrei no bar vazio e pedi um chá gelado. Sozinha e em silêncio (confesso que esta é uma das minhas modalidades preferidas de existir) me lembrei do que houve na noite em que eu e o certo homem nos conhecemos, de tudo o que veio depois por causa daquela específica noite e do quanto eu gostaria de voltar no tempo para nunca, jamais, de modo algum ter sequer saído de casa por toda a semana (incluo a semana inteira só para garantir minha ausência naquele momento).
Há homens assim, que, quando olhamos para trás, apenas nos provocam um suspiro e a frase "como eu gostaria de não tê-lo conhecido!". Bem, mas eu o conheci. E uma das coisas que aquele homem mais repetia é que o importante na vida são apenas os bons momentos que passamos, que isso é tudo e é o máximo que podemos abocanhar dela.
Pois era mentira dele - ou, mais precisamente, uma teoria equivocada. Os momentos que criamos ou de que somos vítima não são o mais importante da vida, eles não são isolados flocos de espuma a se desfazerem com o escoar das horas. O mais importante, o realmente fundamental, é a consequência que cada momento gera, consequência que se ligará a outra, a outra e a mais outra, a nos seguir como um dragão chinês, cada dia mais longo.
Quando um momento acaba, são com suas consequências que iremos viver todas as outras infinitas horas da nossa vida. Mesmo que nos especializemos em não fazer nada, esse nada também trará em si um efeito inevitável. Desse modo, a cada ano, a cada aniversário, a cada carnaval, eu, você, aquele homem, todos nós, levamos um número cada vez maior de consequências nas nossas costas, sejam elas boas ou más, asas ou âncoras. (Eis uma esperança: a cada atitude intencionalmente boa, um resultado bom nos acompanhará. O tal dragão chinês pode adquirir várias formas, afinal).
Portanto, é mentira que tudo o que a vida nos dá é uma sensação inofensiva e desconectada após a outra, um fluir ininterrupto de trechos de sol ou chuva, de sinais fechados ou abertos. A vida é muitíssimo mais do que isso. Ela é consequência, meu caro. E, mesmo que você finja, mesmo que você fuja, mesmo que você minta, em algum momento, nesta vida ou na outra, você também irá sentir o peso de cada uma das suas ações.
*Stella Florence nasceu em 67, tem uma filha, 30 tatuagens e oito livros, entre eles "Hoje Acordei Gorda" e "32 - 32 anos, 32 homens, 32 tatuagens". A mescla de humor e drama, além do verbo ácido, se tornou a marca registrada de sua literatura. Stella é tão alucinada por Gabriel García Márquez que sua cama (sim, sua cama!) tem o mesmo apelido do escritor colombiano: Gabo. Cada louco com sua mania...
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