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sábado, 19 de março de 2011

SOS alerta sobre prevenção de conjuntivite e hepatite


        A Secretaria da Saúde do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (SAS), por meio do médico gestor de Saúde, Geraldo Danzi Salvia Filho, alerta para os cuidados necessários a fim de se evitar a contaminação e propagação da conjuntivite e da hepatite. Devido ao alto poder de contágio, as conjuntivites virais são as responsáveis pela maioria dos surtos e epidemias. Aos primeiros sintomas o médico clínico ou o oftalmologista devem ser procurados para se estabelecer o diagnóstico correto e se instituir o tratamento adequado.
        Já as hepatites são inflamações que acometem o fígado. Podem ser causadas por substâncias tóxicas e álcool. No entanto, os agentes responsáveis pela grande maioria dos casos são os vírus dos tipos A, B e C.
Prevenção de Conjuntivite
A conjuntivite aguda é a inflamação da conjuntiva - uma
fina membrana que recobre e protege os olhos e
também a aparte interna das pálpebras. Pode ser
causada menos frequentemente por fatores alérgicos e
substâncias irritativas. Na maior parte das vezes, é
causada por agentes infecciosos: bactérias e vírus.
Devido ao alto poder de contágio, as conjuntivites virais
são as responsáveis pela maioria dos surtos e epidemias.

Sinais e sintomas comuns:
• Dor.
• Irritação.
• Vermelhidão.
• Prurido (coceira).
• Secreção.
Transmissão:
• Contato mão-olho-mão.
• Objetos contaminados.
• Contato do olho com água contaminada (piscinas).
O perigo de contágio, em geral, se estende até 7 dias após o início dos
sintomas. Os sintomas aparecem de 2 a 7 dias após o contágio. A doença, em
geral, tem um curso benigno com cura espontânea.
Prevenção:
• Lavagem freqüente das mãos com água e sabão.
• Limpeza das mãos com álcool gel (não dispensa a
lavagem das mãos quando estão visivelmente sujas).
• Evitar o contato com pacientes acometidos.
Doentes com conjuntivite infecciosa devem ter o cuidado de não coçar
os olhos, lavar com freqüência as mãos, separar objetos de uso pessoal
(toalha, fronhas, material de maquiagem), evitar piscinas, aglomerações,
reuniões, etc.
Aos primeiros sintomas o médico clínico ou o oftalmologista devem ser
procurados para se estabelecer o diagnóstico correto e se instituir o tratamento
adequado.
Geraldo Danzi Salvia Filho
Médico Gestor de Saúde
Prevenção da Hepatite
As Hepatites são inflamações, algumas vezes fatais, que acometem o
fígado. Podem ser causadas, menos frequentemente, por substâncias tóxicas,
álcool, porém os agentes responsáveis pela grande maioria dos casos são os
vírus dos tipos A, B e C.
Hepatite A
A Hepatite A é a mais freqüente. É doença benigna, de cura espontânea.
Estima-se que 70% da população brasileira já teve contato com o vírus. É mais
freqüente em locais onde os recursos de saneamento básico são precários, ou
em locais acometidos por enchentes ou alagamentos.
A principal via de contaminação é a fecal oral, ou seja, ingerir os vírus
eliminados nas fezes de pacientes infectados. O contato direto com secreções
de pessoas infectadas também pode propiciar o contágio da doença.
Sintomas:
• Febre.
• Anorexia (falta de apetite).
• Náuseas.
• Icterícia (amarelamento dos olhos e da pele).
• Urina escura.
• Fezes de cor clara.
• Dor abdominal.
• Fadiga.
• Aversão acentuada à fumaça do cigarro.
Nem todos os pacientes apresentam todos os sintomas. Alguns não
apresentam nenhum sintoma.
Transmissão:
• Ingestão de água ou alimentos contaminados.
• Contato com pessoas contaminadas, mais freqüentes
entre crianças pequenas que ainda não têm noções de
higiene.
• Não lavar as mãos após o manuseio   
de materiais
contaminados, inclusive fraldas.
• Ingerir alimentos manuseados por uma pessoa
infectada ou lavar as mãos em água contaminada pelo
vírus da Hepatite A.
• Comer frutos do mar crus ou mal cozidos provenientes
de locais onde a água está contaminada.
A transmissão pode ocorrer de alguns dias após o contágio até o
aparecimento da icterícia. O tempo entre a contaminação e o início dos
sintomas pode variar de 15 a 50 dias, período em que o paciente já transmite o
vírus sem saber.
Prevenção:
• Lavagem das mãos com água e sabão com freqüência,
principalmente após a utilização de sanitários e antes
de se alimentar.
• Limpeza das mãos com álcool gel (não dispensa a
lavagem quando as mãos estão visivelmente sujas).
• Evitar beber água não tratada de torneira ou bebidas
que contenham cubos de gelo feitos a partir dessa
água.
• Evitar comer frutas com cascas, verduras cruas, frutos
do mar, carne crua ou mal passada em bares ou
restaurantes.
• Em casa, lavar os vegetais com água corrente, deixar
de molho durante 10 minutos em uma solução caseira
de 1 colher de sopa de hipoclorito de sódio a 25% (água
sanitária) para cada litro de água, lavar novamente em
água corrente. Vinagre não mata os germes.
• Não utilizar roupas ou roupas de cama usadas por outra
pessoa, sem lavar e passar.
• Cozinhar, assar e fritar bem os alimentos.
• Não nadar nas águas de enchentes.
A Hepatite A, na quase totalidade dos casos, evolui para a cura
completa e a imunização natural do paciente, sem tratamento específico, em
30 dias. Em alguns casos podem persistir sintomas por até 6 meses. Em
pacientes com mais de 49 anos e nos portadores de doenças hepáticas
crônicas pode ter um curso com maior gravidade.
A vacina para a Hepatite A está disponível para aquisição no mercado e
promove imunidade completa, entretanto, não é fornecida pela rede pública,
apenas para pacientes de risco.
Hepatite B
A Hepatite B é uma doença muito freqüente que acomete todos os
países. Seu curso é mais grave que o da Hepatite A, com aproximadamente
20% dos pacientes evoluindo para hepatopatia crônica e cirrose hepática. O
vírus é transmitido pelo sangue, esperma e secreções vaginais. Assim, as
principais formas de infecção são muito similares às da transmissão do vírus da
Aids, ou seja, pode ocorrer pela relação sexual sem o uso de preservativo, pelo
compartilhamento de objetos contaminados (lâminas de barbear, escovas de
dente, alicates de unha, materiais para a colocação de piercing e para
tatuagens) entre outros equipamentos e objetos, como por usuários de drogas
injetáveis.
Transmissão:
• Contacto sexual sem preservativo.
• Uso de sangue ou hemoderivados contaminados.
• Utilização de drogas injetáveis.
• Contato com sangue ou secreções de pessoas
portadoras da doença.
• Gestação
A vacina é uma das principais medidas de prevenção e, segundo o
Ministério da Saúde, após tomar as três doses, mais de 90% dos adultos
jovens e 95% das crianças e adolescentes ficam imunizados contra a hepatite
B. Está disponível na rede pública para todos os recém nascidos e para os
adultos até os 24 anos de idade ( em 2012 será ampliada para 29 anos).
Outras medidas de prevenção incluem evitar comportamentos de risco
(usos de drogas injetáveis, relações sexuais com múltiplos parceiros sem uso
de preservativo, etc.)
Há tratamento para a doença instalada que pode evitar ou minimizar a
lesão hepática.
Hepatite C
Outra forma de hepatite bastante freqüente é a causada pelo vírus da
Hepatite C (HCV).
Diferentemente das hepatites A e B, a grande maioria dos casos de
Hepatite C não apresenta sintomas na fase aguda ou, se ocorrem, são muito
leves e semelhantes aos de uma gripe. Mais de 80% dos contaminados pelo
vírus da hepatite C desenvolverão hepatite crônica e só descobrirão que tem a
doença em exames por outros motivos, como por exemplo, para doação de
sangue. Outros casos, aparecerem até décadas após a contaminação.
A contaminação é feita por meio do contato com sangue, injeção
compartilhada ou acidentes profissionais com agulhas e outros objetos perfurocortantes
contaminados com sangue.
A transmissão sexual do HCV e da mãe para o feto não são freqüentes
Há tratamento para a fase aguda da Hepatite C, diminuindo o risco de
cronificação.
Geraldo Danzi Salvia Filho
Médico Gestor de Saúde
Fontes:
www.abcda saúde.com.br
www.msdonline.com.br

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