Com o objetivo de garantir uma navegação mais segura aos internautas e prevenir formas de violência online como o ciberbulliyng, o Facebook anunciou duas novas ferramentas de segurança que possibilitam maior participação dos usuários na prevenção e na denúncia de casos de violência dentro da rede social. O anúncio foi feito no dia 10 de março durante uma conferência para prevenção do bullying, organizada pela Casa Branca em Washington (EUA), que também contou com a participação do presidente Barack Obama.
Nas próximas semanas, os usuários poderão enviar mensagens particulares a outros usuários autores de conteúdos ofensivos ou que violam os termos de uso do Facebook. Além disso, os usuários que decidirem relatar algum tipo de conteúdo diretamente ao Facebook poderão agora incluir outros usuários à mensagem como pais ou professores.
O Facebook também irá melhorar o Centro de Segurança do sistema com mais recursos multimídias, como vídeos educacionais, artigos de especialistas e materiais para download. Esse conteúdo poderá ser baixado ou compartilhado com o objetivo de difundir o conhecimento sobre segurança na internet.
O anúncio dessas novidades foi publicado por meio de nota na página de segurança do Facebook. Para ler a íntegra da nota e obter mais informações, acesse:
Nas próximas semanas, os usuários poderão enviar mensagens particulares a outros usuários autores de conteúdos ofensivos ou que violam os termos de uso do Facebook. Além disso, os usuários que decidirem relatar algum tipo de conteúdo diretamente ao Facebook poderão agora incluir outros usuários à mensagem como pais ou professores.
O Facebook também irá melhorar o Centro de Segurança do sistema com mais recursos multimídias, como vídeos educacionais, artigos de especialistas e materiais para download. Esse conteúdo poderá ser baixado ou compartilhado com o objetivo de difundir o conhecimento sobre segurança na internet.
O anúncio dessas novidades foi publicado por meio de nota na página de segurança do Facebook. Para ler a íntegra da nota e obter mais informações, acesse:
Bullying: O drama de quem sofre em silêncio na escola
Uma a cada cinco crianças é alvo de bullying no Brasil
Uma a cada cinco crianças brasileiras sofre algum tipo de constrangimento no ambiente escolar. Segundo reportagem especial da Rádio Bandeirantes, agredidos e agressores estão em sua maioria na adolescência entre 11 e 15 anos. Mas a ação é verificada com menor frequência entre crianças de 6 e 7 anos.
De acordo especialistas, tirar sarro ou fazer chacota com amigos da mesma idade são atitudes naturais, mas apenas até um determinado momento. Quando a brincadeira provoca humilhação ou menosprezo está configurada a prática de bullying, termo em inglês para um fenômeno que passou a ser pesquisado recentemente.
O bullying faz parte do dia-dia de estudantes de todas as classes sociais e é definido por uma série de ações intencionais e repetitivas cometidas contra um colega. O objetivo do autor é causar dor, medo e sofrimento, além de assegurar poder dentro de um determinado grupo.
A série de reportagens "Ação sem Reação" vai ao ar pela Rádio Bandeirantes ao longo desta semana, quando muitas escolas iniciam o ano letivo. Na 1ª reportagem, vítimas de bullying contam os traumas que ficaram depois de serem assediadas
De acordo especialistas, tirar sarro ou fazer chacota com amigos da mesma idade são atitudes naturais, mas apenas até um determinado momento. Quando a brincadeira provoca humilhação ou menosprezo está configurada a prática de bullying, termo em inglês para um fenômeno que passou a ser pesquisado recentemente.
O bullying faz parte do dia-dia de estudantes de todas as classes sociais e é definido por uma série de ações intencionais e repetitivas cometidas contra um colega. O objetivo do autor é causar dor, medo e sofrimento, além de assegurar poder dentro de um determinado grupo.
A série de reportagens "Ação sem Reação" vai ao ar pela Rádio Bandeirantes ao longo desta semana, quando muitas escolas iniciam o ano letivo. Na 1ª reportagem, vítimas de bullying contam os traumas que ficaram depois de serem assediadas
Bullying contra alunos com deficiência
A violência moral e física contra estudantes com necessidades especiais é uma realidade velada. Saiba o que fazer para reverter essa situação
Um ou mais alunos xingam, agridem fisicamente ou isolam um colega, além de colocar apelidos grosseiros. Esse tipo de perseguição intencional definitivamente não pode ser encarado só como uma brincadeira natural da faixa etária ou como algo banal, a ser ignorado pelo professor. É muito mais sério do que parece. Trata-se de bullying. A situação se torna ainda mais grave quando o alvo é uma criança ou um jovem com algum tipo de deficiência - que nem sempre têm habilidade física ou emocional para lidar com as agressões.
Tais atitudes costumam ser impulsionadas pela falta de conhecimento sobre as deficiências, sejam elas físicas ou intelectuais, e, em boa parte, pelo preconceito trazido de casa. Em pesquisa recente sobre o tema, realizada com 18 mil estudantes, professores, funcionários e pais, em 501 escolas em todo o Brasil, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) constatou que 96,5% dos entrevistados admitem o preconceito contra pessoas com deficiência. Colocar em prática ações pedagógicas inclusivas para reverter essa estatística e minar comportamentos violentos e intolerantes é responsabilidade de toda a escola.
Conversar abertamente sobre a deficiência derruba barreirasQuando a professora Maria de Lourdes Neves da Silva, da EMEF Professora Eliza Rachel Macedo de Souza, na capital paulista, recebeu Gabriel**, a reação dos colegas da 1ª série foi excluir o menino - na época com 9 anos de idade - do convívio com a turma. "A fisionomia dele assustava as crianças. Resolvi explicar que o Gabriel sofreu má-formação ainda na barriga da mãe. Falamos sobre isso numa roda de conversa com todos (leia no quadro abaixo outros encaminhamentos para o problema). Eles ficaram curiosos e fizeram perguntas ao colega sobre o cotidiano dele. Depois de tudo esclarecido, os pequenos deixaram de sentir medo", conta. Hoje, com 13 anos, Gabriel continua na escola e estuda na turma da professora Maria do Carmo Fernandes da Silva, que recebe capacitação do Centro de Formação e Acompanhamento à Inclusão (Cefai), da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, e está sempre discutindo a questão com os demais educadores. "A exclusão é uma forma de bullying e deve ser combatida com o trabalho de toda a equipe", afirma. De fato, um bom trabalho para reverter situações de violência passa pela abordagem clara e direta do que é a deficiência. De acordo com a psicóloga Sônia Casarin, diretora do S.O.S. Down - Serviço de Orientação sobre Síndrome de Down, em São Paulo, é normal os alunos reagirem negativamente diante de uma situação desconhecida. Cabe ao professor estabelecer limites para essas reações e buscar erradicá-las não pela imposição, mas por meio da conscientização e do esclarecimento.
Não se trata de estabelecer vítimas e culpados quando o assunto é o bullying. Isso só reforça uma situação polarizada e não ajuda em nada a resolução dos conflitos. Melhor do que apenas culpar um aluno e vitimizar o outro é desatar os nós da tensão por meio do diálogo. Esse, aliás, deve extrapolar os limites da sala de aula, pois a violência moral nem sempre fica restrita a ela. O Anexo Eustáquio Júnio Matosinhos, ligado à EM Newton Amaral Franco, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, encontrou no diálogo coletivo a solução para uma situação provocada por pais de alunos. Este ano, a escola recebeu uma criança de 4 anos com deficiência intelectual e os pais dos coleguinhas de turma foram até a Secretaria de Educação pedir que o menino fosse transferido. A vice-diretora, Leila Dóris Pires, conta que a solução foi fazer uma reunião com todos eles. "Convidamos o diretor de inclusão da secretaria e um ativista social cadeirante para discutir a questão com esses pais. Muitos nem sabiam o que era esse conceito. A atitude deles foi motivada por total falta de informação e, depois da reunião, a postura mudou."
Seis soluções práticas- Conversar sobre a deficiência do aluno com todos na presença dele.
- Adaptar a rotina para facilitar a aprendizagem sempre que necessário.
- Chamar os pais e a comunidade para falar de bullying e inclusão.
- Exibir filmes e adotar livros em que personagens com deficiência vivenciam contextos positivos.
- Focar as habilidades e capacidades de aprendizagem do estudante para integrá-lo à turma.
- Elaborar com a escola um projeto de ação e prevenção contra o bullying.
Um ou mais alunos xingam, agridem fisicamente ou isolam um colega, além de colocar apelidos grosseiros. Esse tipo de perseguição intencional definitivamente não pode ser encarado só como uma brincadeira natural da faixa etária ou como algo banal, a ser ignorado pelo professor. É muito mais sério do que parece. Trata-se de bullying. A situação se torna ainda mais grave quando o alvo é uma criança ou um jovem com algum tipo de deficiência - que nem sempre têm habilidade física ou emocional para lidar com as agressões.
Tais atitudes costumam ser impulsionadas pela falta de conhecimento sobre as deficiências, sejam elas físicas ou intelectuais, e, em boa parte, pelo preconceito trazido de casa. Em pesquisa recente sobre o tema, realizada com 18 mil estudantes, professores, funcionários e pais, em 501 escolas em todo o Brasil, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) constatou que 96,5% dos entrevistados admitem o preconceito contra pessoas com deficiência. Colocar em prática ações pedagógicas inclusivas para reverter essa estatística e minar comportamentos violentos e intolerantes é responsabilidade de toda a escola.
Conversar abertamente sobre a deficiência derruba barreirasQuando a professora Maria de Lourdes Neves da Silva, da EMEF Professora Eliza Rachel Macedo de Souza, na capital paulista, recebeu Gabriel**, a reação dos colegas da 1ª série foi excluir o menino - na época com 9 anos de idade - do convívio com a turma. "A fisionomia dele assustava as crianças. Resolvi explicar que o Gabriel sofreu má-formação ainda na barriga da mãe. Falamos sobre isso numa roda de conversa com todos (leia no quadro abaixo outros encaminhamentos para o problema). Eles ficaram curiosos e fizeram perguntas ao colega sobre o cotidiano dele. Depois de tudo esclarecido, os pequenos deixaram de sentir medo", conta. Hoje, com 13 anos, Gabriel continua na escola e estuda na turma da professora Maria do Carmo Fernandes da Silva, que recebe capacitação do Centro de Formação e Acompanhamento à Inclusão (Cefai), da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, e está sempre discutindo a questão com os demais educadores. "A exclusão é uma forma de bullying e deve ser combatida com o trabalho de toda a equipe", afirma. De fato, um bom trabalho para reverter situações de violência passa pela abordagem clara e direta do que é a deficiência. De acordo com a psicóloga Sônia Casarin, diretora do S.O.S. Down - Serviço de Orientação sobre Síndrome de Down, em São Paulo, é normal os alunos reagirem negativamente diante de uma situação desconhecida. Cabe ao professor estabelecer limites para essas reações e buscar erradicá-las não pela imposição, mas por meio da conscientização e do esclarecimento.
Não se trata de estabelecer vítimas e culpados quando o assunto é o bullying. Isso só reforça uma situação polarizada e não ajuda em nada a resolução dos conflitos. Melhor do que apenas culpar um aluno e vitimizar o outro é desatar os nós da tensão por meio do diálogo. Esse, aliás, deve extrapolar os limites da sala de aula, pois a violência moral nem sempre fica restrita a ela. O Anexo Eustáquio Júnio Matosinhos, ligado à EM Newton Amaral Franco, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, encontrou no diálogo coletivo a solução para uma situação provocada por pais de alunos. Este ano, a escola recebeu uma criança de 4 anos com deficiência intelectual e os pais dos coleguinhas de turma foram até a Secretaria de Educação pedir que o menino fosse transferido. A vice-diretora, Leila Dóris Pires, conta que a solução foi fazer uma reunião com todos eles. "Convidamos o diretor de inclusão da secretaria e um ativista social cadeirante para discutir a questão com esses pais. Muitos nem sabiam o que era esse conceito. A atitude deles foi motivada por total falta de informação e, depois da reunião, a postura mudou."
Seis soluções práticas- Conversar sobre a deficiência do aluno com todos na presença dele.
- Adaptar a rotina para facilitar a aprendizagem sempre que necessário.
- Chamar os pais e a comunidade para falar de bullying e inclusão.
- Exibir filmes e adotar livros em que personagens com deficiência vivenciam contextos positivos.
- Focar as habilidades e capacidades de aprendizagem do estudante para integrá-lo à turma.
- Elaborar com a escola um projeto de ação e prevenção contra o bullying.
Antecipar o que vai ser estudado dá mais segurança ao aluno
No CAIC EMEIEF Antônio Tabosa Rodrigues, em Cajazeiras, a 460 quilômetros de João Pessoa, a solução para vencer o bullying foi investir, sobretudo, na aprendizagem. Ao receber José, um garoto de 12 anos com necessidades educacionais especiais, a professora Maria Aparecida de Sousa Silva Sá passou a conviver com a hostilidade crescente da turma de 6ª série contra ele. "Chamavam o José de doido, o empurravam e o machucavam. Como ele era apegado à rotina, mentiam para ele, dizendo que a aula acabaria mais cedo. Isso o desestabilizava e o fazia chorar", lembra. Percebendo que era importante para o garoto saber como o dia seria encaminhado, a professora Maria Aparecida resolveu mudar: "Passei a adiantar para o José, em cada aula, o conteúdo que seria ensinado na seguinte. Assim, ele descobria antes o que iria aprender".
Nas aulas seguintes, o aluno, que sempre foi quieto, começou a participar ativamente. Ao notar que ele era capaz de aprender, a turma passou a respeitá-lo. "Fiquei emocionada quando os garotos que o excluíam começaram a chamá-lo para fazer trabalhos em grupo", conta. Depois da intervenção, as agressões cessaram. "O caminho é focar as habilidades e a capacidade de aprender. Quando o aluno participa das aulas e das atividades, exercitando seu papel de aprendiz e contribuindo com o grupo, naturalmente ele é valorizado pela turma. E o bullying, quando não cessa, se reduz drasticamente", analisa Silvana Drago, responsável pela Diretoria de Orientação Técnica - Educação Especial, da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo.
Samara Oliboni, psicóloga e autora de tese de mestrado sobre bullying, diz que é preciso pensar a questão de forma integrada. "O professor deve analisar o meio em que a criança vive, refletir se o projeto pedagógico da escola é inclusivo e repensar até seu próprio comportamento para checar se ele não reforça o preconceito e, consequentemente, o bullying. Se ele olha a criança pelo viés da incapacidade, como pode querer que os alunos ajam de outra forma?", reflete. A violência começa em tirar do aluno com deficiência o direito de ser um participante do processo de aprendizagem. É tarefa dos educadores oferecer um ambiente propício para que todos, especialmente para os que têm deficiência, se desenvolvam. Com respeito e harmonia.
** Os nomes dos alunos foram trocados para preservar a identidade
No CAIC EMEIEF Antônio Tabosa Rodrigues, em Cajazeiras, a 460 quilômetros de João Pessoa, a solução para vencer o bullying foi investir, sobretudo, na aprendizagem. Ao receber José, um garoto de 12 anos com necessidades educacionais especiais, a professora Maria Aparecida de Sousa Silva Sá passou a conviver com a hostilidade crescente da turma de 6ª série contra ele. "Chamavam o José de doido, o empurravam e o machucavam. Como ele era apegado à rotina, mentiam para ele, dizendo que a aula acabaria mais cedo. Isso o desestabilizava e o fazia chorar", lembra. Percebendo que era importante para o garoto saber como o dia seria encaminhado, a professora Maria Aparecida resolveu mudar: "Passei a adiantar para o José, em cada aula, o conteúdo que seria ensinado na seguinte. Assim, ele descobria antes o que iria aprender".
Nas aulas seguintes, o aluno, que sempre foi quieto, começou a participar ativamente. Ao notar que ele era capaz de aprender, a turma passou a respeitá-lo. "Fiquei emocionada quando os garotos que o excluíam começaram a chamá-lo para fazer trabalhos em grupo", conta. Depois da intervenção, as agressões cessaram. "O caminho é focar as habilidades e a capacidade de aprender. Quando o aluno participa das aulas e das atividades, exercitando seu papel de aprendiz e contribuindo com o grupo, naturalmente ele é valorizado pela turma. E o bullying, quando não cessa, se reduz drasticamente", analisa Silvana Drago, responsável pela Diretoria de Orientação Técnica - Educação Especial, da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo.
Samara Oliboni, psicóloga e autora de tese de mestrado sobre bullying, diz que é preciso pensar a questão de forma integrada. "O professor deve analisar o meio em que a criança vive, refletir se o projeto pedagógico da escola é inclusivo e repensar até seu próprio comportamento para checar se ele não reforça o preconceito e, consequentemente, o bullying. Se ele olha a criança pelo viés da incapacidade, como pode querer que os alunos ajam de outra forma?", reflete. A violência começa em tirar do aluno com deficiência o direito de ser um participante do processo de aprendizagem. É tarefa dos educadores oferecer um ambiente propício para que todos, especialmente para os que têm deficiência, se desenvolvam. Com respeito e harmonia.
** Os nomes dos alunos foram trocados para preservar a identidade
Estudante vítima de bullying assistirá a aulas acompanhado da mãe em SP
Menino de 9 anos frequenta colégio de Rubiácea, no interior de SP.
Decisão foi tomada pela Polícia Civil, Conselho Tutelar e a escola.
Um estudante de 9 anos de Rubiácea, a 558 km da capital paulista, que vinha sofrendo bullying por parte de colegas de escola, vai assistir às aulas junto com a mãe. Essa foi a solução encontrada pela Polícia Civil, Conselho Tutelar e a escola para que o garoto não seja reprovado.
A partir do próximo ano, o menino deve estudar em outra escola, em Guararapes. A polícia ouviu professores, alunos e funcionários da escola. O delegado Getúlio Nardo, responsável pelo caso, informou que todos se comprometeram a evitar situações semelhantes na escola. De acordo com ele, a polícia procurou agir de maneira a educar, em vez de punir os estudantes.
Decisão foi tomada pela Polícia Civil, Conselho Tutelar e a escola.
Um estudante de 9 anos de Rubiácea, a 558 km da capital paulista, que vinha sofrendo bullying por parte de colegas de escola, vai assistir às aulas junto com a mãe. Essa foi a solução encontrada pela Polícia Civil, Conselho Tutelar e a escola para que o garoto não seja reprovado.
A partir do próximo ano, o menino deve estudar em outra escola, em Guararapes. A polícia ouviu professores, alunos e funcionários da escola. O delegado Getúlio Nardo, responsável pelo caso, informou que todos se comprometeram a evitar situações semelhantes na escola. De acordo com ele, a polícia procurou agir de maneira a educar, em vez de punir os estudantes.
'Fui chamada de prostituta', diz garota agredida em escola em SP
Garota teve escoriações no antebraço e ferimento
na orelha (Foto: Letícia Macedo/G1)
na orelha (Foto: Letícia Macedo/G1)
Aluna disse que colegas riem dela; suspeitas de agressão negam provocação.
Escola fará reunião para tentar solucionar conflito nesta quinta-feira (28).
Uma das garotas que foi agredida na Escola Estadual Adhemar Bolina, em Biritiba Mirim, na região de Mogi das Cruzes, disse que parte dos colegas agora faz graça com a violência sofrida.
Na quarta-feira (27), após voltar à escola, a menina de 14 anos disse ter sido alvo de chacota. “Foi um dia ruim. [Alguns colegas de sala] têm dó, mas outros ficam rindo porque eu apanhei”, disse.
As brigas têm se tornado frequentes; mais de uma já foi, inclusive, filmada por celulares.
A aluna da 8ª série que se disse alvo de chacotas foi agredida na sexta-feira (22), a última confusão registrada. Ela se disse vítima de bullying desde o início do ano letivo e fez um boletim de ocorrência depois de apanhar das colegas de classe. As suspeitas, no entanto, negaram ao G1 ter provocado a confusão. Uma delas disse ter entrado apenas para separar a briga.
A garota agredida afirmou que uma colega de classe de 15 anos é quem mais lhe importuna. “Ela fala assim: ‘você se acha, mas compra roupa no brechó’."
A confusão teve início na última sexta em sala de aula. Segundo ela, uma amiga da colega de classe de 15 anos a ofendeu, chamando-a de "prostituta". Já no pátio, ela disse ter sido atacada por quatro garotas. O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) apontou escoriações na região frontal, no antebraço e um ferimento na orelha da garota.
Outro ladoAs duas apontadas como as principais agressoras, no entanto, negaram ter provocado a garota. A menina de 15 anos disse que só entrou para separar a briga. “Já me envolvi em confusão, mas dessa vez, não. Fui só separar a briga. Não foi muito, mas apanhei [na sexta-feira]”, afirmou.
A mãe da adolescente de 15 anos negou que a filha provoque confusões no colégio. “Ela até chorou de desgosto quando soube que estavam falando que ela tinha provocado a confusão”, afirmou a dona de casa. Para ela, a filha tem recebido um tratamento discriminatório na escola. “Ela já foi agredida. Fui reclamar na escola e ninguém fez nada”, disse.
A garota, porém, disse que não consegue se controlar quando é provocada. “Sabem que eu não aguento provocação. Sou esquentada”, disse ela que teve vários boletins de ocorrência registrados em 2010. Em maio, foram duas brigas com uma outra menina, o que a levou ao fórum. “Levamos um sermão. Para mim, resolveu. Para ela parece que não”, disse a garota de 15 anos.
A outra garota apontada como autora das agressões, suspeita de ofender a menina de 14 anos, disse que não foi ela quem começou a briga. "Foi ela quem falou que minha mãe era prostituta. E não o contrário", afirmou.
Escola fará reunião para tentar solucionar conflito nesta quinta-feira (28).
Uma das garotas que foi agredida na Escola Estadual Adhemar Bolina, em Biritiba Mirim, na região de Mogi das Cruzes, disse que parte dos colegas agora faz graça com a violência sofrida.
Na quarta-feira (27), após voltar à escola, a menina de 14 anos disse ter sido alvo de chacota. “Foi um dia ruim. [Alguns colegas de sala] têm dó, mas outros ficam rindo porque eu apanhei”, disse.
As brigas têm se tornado frequentes; mais de uma já foi, inclusive, filmada por celulares.
A aluna da 8ª série que se disse alvo de chacotas foi agredida na sexta-feira (22), a última confusão registrada. Ela se disse vítima de bullying desde o início do ano letivo e fez um boletim de ocorrência depois de apanhar das colegas de classe. As suspeitas, no entanto, negaram ao G1 ter provocado a confusão. Uma delas disse ter entrado apenas para separar a briga.
A garota agredida afirmou que uma colega de classe de 15 anos é quem mais lhe importuna. “Ela fala assim: ‘você se acha, mas compra roupa no brechó’."
A confusão teve início na última sexta em sala de aula. Segundo ela, uma amiga da colega de classe de 15 anos a ofendeu, chamando-a de "prostituta". Já no pátio, ela disse ter sido atacada por quatro garotas. O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) apontou escoriações na região frontal, no antebraço e um ferimento na orelha da garota.
Outro ladoAs duas apontadas como as principais agressoras, no entanto, negaram ter provocado a garota. A menina de 15 anos disse que só entrou para separar a briga. “Já me envolvi em confusão, mas dessa vez, não. Fui só separar a briga. Não foi muito, mas apanhei [na sexta-feira]”, afirmou.
A mãe da adolescente de 15 anos negou que a filha provoque confusões no colégio. “Ela até chorou de desgosto quando soube que estavam falando que ela tinha provocado a confusão”, afirmou a dona de casa. Para ela, a filha tem recebido um tratamento discriminatório na escola. “Ela já foi agredida. Fui reclamar na escola e ninguém fez nada”, disse.
A garota, porém, disse que não consegue se controlar quando é provocada. “Sabem que eu não aguento provocação. Sou esquentada”, disse ela que teve vários boletins de ocorrência registrados em 2010. Em maio, foram duas brigas com uma outra menina, o que a levou ao fórum. “Levamos um sermão. Para mim, resolveu. Para ela parece que não”, disse a garota de 15 anos.
A outra garota apontada como autora das agressões, suspeita de ofender a menina de 14 anos, disse que não foi ela quem começou a briga. "Foi ela quem falou que minha mãe era prostituta. E não o contrário", afirmou.
Professores mediadoresDe acordo com a Secretaria da Educação, quatro garotas foram suspensas devido à confusão e os pais delas, convocados para uma reunião de conselho nesta quinta-feira (28), da qual participarão também a direção, funcionários do colégio e um representante da Diretoria de Ensino. A Diretoria de Ensino de Mogi das Cruzes solicitou que dois professores mediadores comecem a trabalhar na escola para evitar novos conflitos.
Brigas entre alunos
O presidente do Conselho Tutelar de Biritiba Mirim, Alexandre Batista de Araújo, afirmou que foram notificadas cinco denúncias de brigas em colégios estaduais e municipais do município, mas disse que ainda é cedo para dizer que Biritiba Mirim enfrenta um problema.
“Apenas em 60 ou 90 dias teremos um levantamento sobre esses incidentes e poderemos concluir se é ou não alarmante”, declarou. Sobre a agressão ocorrida na última sexta, Araújo disse que o caso corre em sigilo e que, por isso, não pode dar detalhes.
Imagens mostram cenas de violência dentro e fora de escolas em SP
SÃO PAULO - Imagens mostram cenas de violência entre estudantes, dentro e fora das escolas, em Biritiba Mirim, a 74 km da capital paulista, na região de Mogi das Cruzes. Em menos de 10 dias, o Conselho Tutelar do município já registrou cinco brigas envolvendo estudantes - número alto para uma cidade com três escolas e apenas 30 mil habitantes.Uma aluna foi agredida por quatro meninas quando saiu da escola. A garota conta que as meninas batem porque ela não usa roupas de grife ou porque ela é quieta durante as aulas, ao contrário das agressoras.
A diretora regional de Ensino, Teresa Lúcia dos Anjos, pensa em criar a figura do professor mediador, para tentar desenvolver o bom relacionamento entre os alunos.
O pai da menina agredida diz que a filha tem medo de ir à escola e apanhar de novo e tem se tornado cada vez mais quieta.
As brigas entre os estudantes não são o único problema das escolas paulistas. Na região de Bauru, o problema é a onda de vandalismo, com roubos e destruição do patrimônio escolar.
Em Sorocaba, o Ministério Público vai apurar a existência de gangues dentro das escolas públicas. Na escola Roque Conceição Martins, na zona norte de Sorocaba, um grupo de meninas aterroriza as colegas.
A família de uma estudante denunciou à polícia a ação de uma gangue de alunas que estaria agindo numa escola no bairro Mineirão, em Sorocaba, a 97 km de São Paulo. Além da adolescente, os primos e a mãe dela já foram agredidos.
Todos eles confirmam a existência da suposta gangue. No entanto, não é a primeira vez que há denúncias de gangues atuando em escolas públicas. Em março deste ano, os pais decidiram tirar a filha da escola Joaquim Izidoro Marins, também na zona norte, depois dela ser agredida por um grupo de meninas. Para o Ministério Público, são fatos graves, que vão ser investigados
O pai da menina agredida diz que a filha tem medo de ir à escola e apanhar de novo e tem se tornado cada vez mais quieta.
As brigas entre os estudantes não são o único problema das escolas paulistas. Na região de Bauru, o problema é a onda de vandalismo, com roubos e destruição do patrimônio escolar.
Em Sorocaba, o Ministério Público vai apurar a existência de gangues dentro das escolas públicas. Na escola Roque Conceição Martins, na zona norte de Sorocaba, um grupo de meninas aterroriza as colegas.
A família de uma estudante denunciou à polícia a ação de uma gangue de alunas que estaria agindo numa escola no bairro Mineirão, em Sorocaba, a 97 km de São Paulo. Além da adolescente, os primos e a mãe dela já foram agredidos.
Todos eles confirmam a existência da suposta gangue. No entanto, não é a primeira vez que há denúncias de gangues atuando em escolas públicas. Em março deste ano, os pais decidiram tirar a filha da escola Joaquim Izidoro Marins, também na zona norte, depois dela ser agredida por um grupo de meninas. Para o Ministério Público, são fatos graves, que vão ser investigados
Alunos bolivianos pagam para não apanhar em escola estadual de SP
Alunos imigrantes da escola estadual Padre Anchieta, no Brás (região central de São Paulo), pagam "pedágio" aos brasileiros para não apanhar fora da unidade. A informação é da reportagem de Raphael Marchiori publicada na edição desta terça-feira da Folha (íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL).
Para se sentirem seguros, os estrangeiros, principalmente bolivianos, pagam lanches na cantina ou dão aos brasileiros o que têm nos bolsos, mesmo que seja R$ 1. "Caso contrário, apanham do lado de fora da escola", diz Mário Roberto Queiroz, 49, professor de história e mediador --função criada pela Secretaria da Educação para trabalhar junto à comunidade escolar questões como atos de vandalismo, discriminação e violência.
A compra da "segurança" foi revelada à Folha por alunos e docentes. A própria direção da unidade confirma. Um aluno e um ex-aluno da escola, ambos de 16 anos, afirmam que os casos ocorrem pelo menos desde 2008. "Eles pedem R$ 1 ou R$ 2. Entreguei três vezes. Na quarta, apanhei", conta um deles, que está há 14 anos no Brasil
Para se sentirem seguros, os estrangeiros, principalmente bolivianos, pagam lanches na cantina ou dão aos brasileiros o que têm nos bolsos, mesmo que seja R$ 1. "Caso contrário, apanham do lado de fora da escola", diz Mário Roberto Queiroz, 49, professor de história e mediador --função criada pela Secretaria da Educação para trabalhar junto à comunidade escolar questões como atos de vandalismo, discriminação e violência.
A compra da "segurança" foi revelada à Folha por alunos e docentes. A própria direção da unidade confirma. Um aluno e um ex-aluno da escola, ambos de 16 anos, afirmam que os casos ocorrem pelo menos desde 2008. "Eles pedem R$ 1 ou R$ 2. Entreguei três vezes. Na quarta, apanhei", conta um deles, que está há 14 anos no Brasil
Pais e escola trocam acusações após bullying
Caso em que menino de 9 anos teve de lamber vaso sanitário acabou em transferência e expulsão em colégio tradicional
Ter as bochechas apertadas, ser beliscado e até virar alvo de gozação de toda a turma, até certo ponto, fazem parte dos percalços da convivência escolar. Mas e se a “brincadeira” é colocar a cabeça dentro do vaso sanitário e enfiar a língua dentro d’água, como L., de 9 anos, fez a pedido de alguns colegas?
Pais e direção não souberam como agir no caso do aluno do 4.º ano do ensino fundamental da tradicional escola particular Ofélia Fonseca, no bairro de Higienópolis, em São Paulo. A história de L., assediado por colegas há um ano, provocou um jogo de empurra de responsabilidade entre família e escola.
Quando soube do episódio, a mãe de L., a jornalista Ana Paula Feitosa, de 38 anos, ficou muito nervosa e também incomodada com a falta de ação da escola, onde seu ex-marido havia estudado. “Fiquei sozinha nessa história. Achei um descaso”, conta ela, que diz ter procurado o colégio por várias vezes no último ano para tentar dar fim às chacotas contra o filho.
O dono do Ofélia Fonseca, Sergio Brandão, afirma que foram “tomadas as medidas” e diz estar “tristíssimo” com o caso, que culminou na transferência de L. e na expulsão de outro colega, supostamente um dos algozes. “Foi como perder um filho.”
Para Brandão, a fragmentação das famílias, com pais ausentes, atrapalha o ambiente escolar. “Às vezes, as crianças chegam chateadas e têm atitudes imprevisíveis. Elas não dão problema. Os adultos, sim.”
A história de L. não é um caso isolado de bullying em escola particular. Com medo da repercussão negativa, os colégios em geral abafam os episódios. Os pais, preocupados com o estigma, escondem a situação.
Ana Paula preferiu inverter a lógica do silêncio. Para se livrar da angústia que não passava, decidiu contar a história de seu filho. “Ele sempre foi fechadinho, imaturo e quietinho; é filho único. Mesmo assim, nunca achei que fosse acontecer com ele. Agora, sempre alguém vem com um caso para me contar.”
Para especialistas na área, a jornalista e o pai do menino, o técnico em eletrônica Marcelo Cortelazo, de 37 anos, agiram corretamente ao dividir a experiência com outras pessoas. A psicóloga Lídia Webber, do Núcleo de Análise de Comportamento do Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Paraná, diz que não é possível esconder esse tipo de situação.
A psicóloga considera saudável que o tema seja amplamente discutido pela sociedade. As escolas, tanto particulares como públicas, diz Lídia, não têm conseguido adotar estratégias eficientes para dar conta da violência entre as crianças e adolescentes – e ela tem se intensificado.
“Lá fora, o bullying é tratado na base da tolerância zero”, diz Lídia. E isso não significa que as crianças sejam punidas pelo Estado. Ao contrário, ao menor sinal de que algo anda mal, providências intensas são tomadas, envolvendo pais e direção. “O menino que faz o bullying tem de sofrer consequências, dentro da escola”, diz.
Para Miriam Abramovay, coordenadora de pesquisas da Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla), o acompanhamento escolar cuidadoso e constante é necessário.
No caso do Ofélia Fonseca, as medidas para sanar a situação de L., como conversas entre as crianças, para que elas se conscientizassem sobre o assunto, foram tomadas. “A escola, muitas vezes, faz alguma coisa. Mas essas ações precisam de tempo para amadurecer”, diz Cléo Fante, pedagoga da ONG Plan.
Ter as bochechas apertadas, ser beliscado e até virar alvo de gozação de toda a turma, até certo ponto, fazem parte dos percalços da convivência escolar. Mas e se a “brincadeira” é colocar a cabeça dentro do vaso sanitário e enfiar a língua dentro d’água, como L., de 9 anos, fez a pedido de alguns colegas?
Pais e direção não souberam como agir no caso do aluno do 4.º ano do ensino fundamental da tradicional escola particular Ofélia Fonseca, no bairro de Higienópolis, em São Paulo. A história de L., assediado por colegas há um ano, provocou um jogo de empurra de responsabilidade entre família e escola.
Quando soube do episódio, a mãe de L., a jornalista Ana Paula Feitosa, de 38 anos, ficou muito nervosa e também incomodada com a falta de ação da escola, onde seu ex-marido havia estudado. “Fiquei sozinha nessa história. Achei um descaso”, conta ela, que diz ter procurado o colégio por várias vezes no último ano para tentar dar fim às chacotas contra o filho.
O dono do Ofélia Fonseca, Sergio Brandão, afirma que foram “tomadas as medidas” e diz estar “tristíssimo” com o caso, que culminou na transferência de L. e na expulsão de outro colega, supostamente um dos algozes. “Foi como perder um filho.”
Para Brandão, a fragmentação das famílias, com pais ausentes, atrapalha o ambiente escolar. “Às vezes, as crianças chegam chateadas e têm atitudes imprevisíveis. Elas não dão problema. Os adultos, sim.”
A história de L. não é um caso isolado de bullying em escola particular. Com medo da repercussão negativa, os colégios em geral abafam os episódios. Os pais, preocupados com o estigma, escondem a situação.
Ana Paula preferiu inverter a lógica do silêncio. Para se livrar da angústia que não passava, decidiu contar a história de seu filho. “Ele sempre foi fechadinho, imaturo e quietinho; é filho único. Mesmo assim, nunca achei que fosse acontecer com ele. Agora, sempre alguém vem com um caso para me contar.”
Para especialistas na área, a jornalista e o pai do menino, o técnico em eletrônica Marcelo Cortelazo, de 37 anos, agiram corretamente ao dividir a experiência com outras pessoas. A psicóloga Lídia Webber, do Núcleo de Análise de Comportamento do Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Paraná, diz que não é possível esconder esse tipo de situação.
A psicóloga considera saudável que o tema seja amplamente discutido pela sociedade. As escolas, tanto particulares como públicas, diz Lídia, não têm conseguido adotar estratégias eficientes para dar conta da violência entre as crianças e adolescentes – e ela tem se intensificado.
“Lá fora, o bullying é tratado na base da tolerância zero”, diz Lídia. E isso não significa que as crianças sejam punidas pelo Estado. Ao contrário, ao menor sinal de que algo anda mal, providências intensas são tomadas, envolvendo pais e direção. “O menino que faz o bullying tem de sofrer consequências, dentro da escola”, diz.
Para Miriam Abramovay, coordenadora de pesquisas da Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla), o acompanhamento escolar cuidadoso e constante é necessário.
No caso do Ofélia Fonseca, as medidas para sanar a situação de L., como conversas entre as crianças, para que elas se conscientizassem sobre o assunto, foram tomadas. “A escola, muitas vezes, faz alguma coisa. Mas essas ações precisam de tempo para amadurecer”, diz Cléo Fante, pedagoga da ONG Plan.
Legislação
Na opinião de alguns especialistas, parte da confusão sobre o que fazer ao se deparar com um caso de bullying na escola particular ocorre porque ninguém tem muito claro como agir. Há lacunas na legislação e faltam políticas específicas.
“Não existe na esfera federal uma política pública sobre isso”, diz Cléo. Projetos de lei tramitam no Congresso, tanto no sentido de prevenir a violência na escola como para criminalizar condutas. Um deles foi aprovado em julho pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados e alteraria a Lei de Diretrizes e Bases (LDB).
A proposta tem o objetivo de acabar com a “exclusão do aluno do grupo social, a injúria, calúnia e difamação, a perseguição, discriminação e uso de sites e redes sociais para incitar violência”.
No Estado de São Paulo também existe um projeto de lei. Em Santa Catarina e Rio Grande do Sul foram aprovadas normas nesse sentido. Políticas públicas também foram adotadas pela Secretaria Estadual de Educação paulista, como o Prevenção Também se Ensina.
“Os programas têm diminuído muito os casos de bullying”, diz Jurema Reis Corrêa Panza, coordenadora do departamento de educação preventiva da Fundação para o Desenvolvimento da Educação, ligada à secretaria.
Nem todos, porém, apostam em políticas públicas antibullying, como Arthur Fonseca Filho, do Conselho Estadual de Educação de São Paulo. “O melhor é que cada escola resolva a situação”, afirma.
Depoimento
ANA PAULA FEITOSA
MÃE DE VÍTIMA DE BULLYING
“Ele me ligou na quinta-feira (há duas semanas) e contou que tinha feito uma brincadeira ‘verdade ou desafio’ e teve de lamber a privada. Eu perguntei a ele por que fez isso e ele disse: ‘Mãe, você não está entendendo, eles iam me fazer dançar a dança da galinha.’ Gritei tanto ao telefone, não acreditei e chorei muito.”
Definição do termo
‘Bullying’ é empregado para designar a agressão física ou psicológica entre colegas, que ocorre repetidas vezes, sem motivação concreta.
“Não existe na esfera federal uma política pública sobre isso”, diz Cléo. Projetos de lei tramitam no Congresso, tanto no sentido de prevenir a violência na escola como para criminalizar condutas. Um deles foi aprovado em julho pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados e alteraria a Lei de Diretrizes e Bases (LDB).
A proposta tem o objetivo de acabar com a “exclusão do aluno do grupo social, a injúria, calúnia e difamação, a perseguição, discriminação e uso de sites e redes sociais para incitar violência”.
No Estado de São Paulo também existe um projeto de lei. Em Santa Catarina e Rio Grande do Sul foram aprovadas normas nesse sentido. Políticas públicas também foram adotadas pela Secretaria Estadual de Educação paulista, como o Prevenção Também se Ensina.
“Os programas têm diminuído muito os casos de bullying”, diz Jurema Reis Corrêa Panza, coordenadora do departamento de educação preventiva da Fundação para o Desenvolvimento da Educação, ligada à secretaria.
Nem todos, porém, apostam em políticas públicas antibullying, como Arthur Fonseca Filho, do Conselho Estadual de Educação de São Paulo. “O melhor é que cada escola resolva a situação”, afirma.
Depoimento
ANA PAULA FEITOSA
MÃE DE VÍTIMA DE BULLYING
“Ele me ligou na quinta-feira (há duas semanas) e contou que tinha feito uma brincadeira ‘verdade ou desafio’ e teve de lamber a privada. Eu perguntei a ele por que fez isso e ele disse: ‘Mãe, você não está entendendo, eles iam me fazer dançar a dança da galinha.’ Gritei tanto ao telefone, não acreditei e chorei muito.”
Definição do termo
‘Bullying’ é empregado para designar a agressão física ou psicológica entre colegas, que ocorre repetidas vezes, sem motivação concreta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário