Outro ponto muito importante e bem sensível da relação é a questão dos filhos, pois antes somente eram dois para corrigirem as diferenças entre si. Com a chegada do primeiro filho, o casal necessita de muita união para entrarem em uma mesma sintonia em relação aos desafios da maternidade. Neste momento, novamente as diferenças de ideias, valores, educação e comportamento em relação ao filho recém chegado exigem do casal que amadureçam a relação buscando ainda mais os pontos em comum, bem como a flexibilidade perante a necessidade de mudança. Casamento é um contínuo processo e flexibilidade para que possa haver a evolução positiva da relação. Um casal que busca construir o amadurecimento da relação é um casal que se preocupa em sustentar a harmonia entre si, bem como, a compreensão mútua para que o amor que sentem um pelo outro seja a base a ser sustentada. É importante que se desenvolva uma consciência do que realmente é viver uma vida a dois, principalmente no tocante as ilusões que cada um carrega dentro de si sobre o outro. Viver a dois significa conhecer profundamente um ao outro, reconhecer as capacidades um do outro, acolher as dificuldades um do outro e ambos nutrirem o compartilhamento e o companheirismo para serem cúmplices um do outro. A maioria das pessoas em geral pensa que o amor é sempre o mesmo e, acabam comparando o relacionamento do hoje com aquilo que foi no passado, como um ponto de referência. Porém, tudo muda o tempo inteiro e assim, nós também mudamos bem como as situações de nossa existência. No início do relacionamento há uma forte atração física muito necessária, e uma grande necessidade de se passar mais tempo juntos; há maior entrozamento, maior paciência, delicadezas, gentilezas, troca de presentes e se dedica maior tempo à relação. Com o passar do tempo, o amor vai mudando de acordo com os acontecimentos que afetam a relação. Contudo, isto não significa que seja negativo, pois quando há o verdadeiro amor entre o casal a mudança se torna natural. Desta forma, com o amadurecimento pessoal do casal, o amor passa a ser manifestado de outras formas, mantendo-se a união, o carinho, o desejo, o companheirismo, a admiração e a amizade tão necessária para que haja a cumplicidade e o acolhimento um do outro. É fundamental que se compreenda que a mudança é natural, que nada nem o amor se mantém durante anos sem mudar absolutamente nada e saber distinguir a mudança natural que sustenta a chama, a essência do amor quando este é verdadeiro da perda do interesse pelo companheiro(a). Muitos casais pensam que se encontram no caso de não existir mais o amor entre si, simplesmente porque o desejo sexual já não é mais tão fogoso quanto era no passado, onde hoje se passa mais tempo entre os relacionamentos sexuais. É importante que se observe que o essencial não é a quantidade de relações sexuais entre o casal, mas sim, a qualidade das mesmas. Com o passar do tempo, quando existe o amor verdadeiro o sexo passa a importar pela sua essência, ou seja, pela oportunidade da troca entre o casal, da oportunidade de estarem juntos na intimidade, nutrindo o amor, o carinho, a entrega e a própria intimidade. Depois de tantos anos juntos o casal valoriza mais o que é essencial e, assim, nutre um comportamento mais maduro perante a própria relação. Para se manter a chama do amor acesa, mesmo após tendo passado muitos anos de casamento é importante: - Que seja considerada natural as transformações da relação, sabendo sustentar o amor verdadeiro.
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domingo, 5 de junho de 2011
Como manter a chama acesa
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