Ele pode ser tímido, apaixonado, furtivo, rápido ou parecer infinito. Não importa como ou quando, o beijo é um gesto que está intimamente ligado aos relacionamentos amorosos da maioria das sociedades atuais.
Todo mundo sabe que beijar é prazeroso e a sensação de bem estar depois de colar os lábios em alguém não é apenas fruto da emoção do momento.
Há dois anos, uma equipe de pesquisadores americanos se reuniu para estudar os efeitos do ato e chegou à conclusão de que ele reduz significativamente o hormônio do estresse em ambos os sexos.
Além disso, o movimento que requer nada menos do que 29 músculos - 12 no lábio e 17 na língua -, também favorece a criação de laços afetivos, principalmente nos homens.
"O beijo é uma união, uma fusão com outro", explica a psicóloga Eloísa Penna, da PUC. "É a manifestação de um carinho íntimo e um momento de aproximação."
Ela destaca que o caráter de intimidade do gesto é uma das preliminares para o ato sexual e também uma abertura psicológica a outra pessoa. "É uma síntese de interpenetração física e emocional", explica.
História
O interesse sobre o beijo é tanto que já rendeu livros específicos sobre o assunto, como "The Science of Kissing: What Our Lips Are Telling Us" (A Ciência do Beijo: O Que Nossos Lábios Estão Dizendo), da cientista e escritora Sheril Kirshenbaum, que investiga o ósculo - forma em desuso para designar o gesto - através da história humana.
O volume de Kirshenbaum conta que os primeiros registros do beijo datam de 1500 a.C. e foram encontrados em textos indianos nos quais é baseada a religião hindu. Bem conhecido pelos antigos gregos e romanos, que o difundiram, o gesto foi usado com restrição na Idade Média, mas nunca deixou de ser dado ou trocado e popularizou-se ainda mais até os dias de hoje.
No século 19, o naturalista Charles Darwin, pai da Teoria da Evolução, também ficou intrigado pelo beijo e formulou a hipótese de que ele seria um ação inata aos humanos, presente na espécie desde os seus primórdios, embora condicionado às normas sociais de cada grupo.
A poesia e o beijo
A manifestação de carinho já foi e continua a ser objeto de inspiração para muitos escritores e poetas, que ao sonhar ou reviver na mente o beijo com a pessoa amada, criaram belas frases. Leia algumas delas e inspire-se você também:
"A melhor definição de amor não vale um beijo de moça namorada." - Machado Assis, escritor brasileiro.
"A única linguagem verdadeira no mundo é o beijo." - Alfred Musset, dramaturgo e novelista francês.
"O amor é grande, mas cabe no breve espaço de beijar." - Carlos Drummont de Andrade, poeta brasileiro.
"Beije-me, e você verá o quão importante sou" - Sylvia Plath, poetisa americana.
"Um beijo, afinal de contas, o que é? Um juramento feito um pouco mais de perto, uma promessa..." - Edmond Rostand, poeta e escritor francês.
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