Avançando no assunto abordado em artigo anterior sobre as famosas separadas*, hoje vamos aprofundar a questão das mulheres comuns que compartilham a mesma sina de ficarem sem parceiros fixos, talvez pelo resto das suas vidas.
Nunca é tarde para enfatizar que a nossa sociedade, apesar de toda a modernidade alardeada, abriga no seu cerne preconceitos inquebrantáveis. Ora, um deles é determinante da mulher separada se converter numa espécie de pária solteirona, veladamente é lógico, e isto somado às idiossincrasias delas próprias, resulta no fenômeno que observamos amiúde no seio da nossa sociedade hipócrita e pseudamente liberal.
Então, vamos nos debruçar sobre a solterice crônica de um determinado perfil de mulheres: meia idade ao redor dos 30 anos, lindas, independentes, com filhos, carreira profissional em ascensão, modernas, liberais e desinibidas. Mas, há um problema, muitas delas não casam mais. Será por vontade própria, ou pela força das contingências citadas?
Segundo as minhas observações sobre o comportamento de alguns espécimes, a causa central do problema reside na malha de pré-requisitos que elas tecem em torno da escolha do novo marido. A saber, normalmente é exigido que o pretendente seja bonito, descompromissado, idade compatível, instrução superior e, principalmente, situação financeira comprovadamente sólida.
Ora, onde vamos encontrar este tipo de homem ideal buscado pelas descasadas? Primeiramente, ele praticamente não existe, pois o homem perfeito (se existe) sempre é gay, em segundo, os poucos exemplares hétero desta espécie são permanentemente assediados por nuvens de garotas lindas, jovens, desinibidas, desimpedidas e... por vezes ricas.
A única salvação da lavoura disponível para as nossas balzaquianas separadas, seria o afrouxamento dos crivos e a aceitação da hipótese de pegar um teúdo e manteúdo, a mesma solução esposada por figuras de peso do cenário feminino nacional, tais como Ana Maria Braga, Suzana Vieira, Marília Gabriela, Elba Ramalho, etc.
Porém, elas do alto do seu orgulho besta, apesar de satisfazerem suas necessidades afetivas com parceiros ocasionais, seguem esperando sozinhas pelo príncipe encantado que teima em nunca aparecer. Já é hora de revelar que certamente ele não existe, até porque as nossas primadonas temem beijar sapos e lhes dar a chance de virar príncipes.
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