Entre 3 e 5% das mulheres têm esta alergia
Foto: Getty Images
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O caso é raro, mas acontece. Algumas mulheres, apesar de apaixonadas, apresentam alergia ao parceiro, ou melhor, ao sêmen dele , trazendo muito desconforto para a vida sexual e podendo até mesmo ser uma das causas de infertilidade do casal.
"A vagina é revestida de mucosa e às vezes há uma reação cruzada com as substâncias que compõem o esperma, como proteínas, que levam à reação alérgica. Mas é algo raro e que atinge cerca de 3 a 5% da população feminina apenas", contou Poliani Prizmic, ginecologista e obstetra da clínica Dr. José Bento, na capital paulista.
Alfonso Massaguer, ginecologista da Clínica Engravida de São Paulo (SP), contou que a alergia pode tanto acontecer apenas com um homem como com todos os parceiros que a mulher tiver ao longo da vida. "Às vezes algum medicamento ingerido pelo homem pode passar para o sêmen e para a saliva desencadeando a alergia na mulher", destacou o médico.
Os principais sintomas da alergia são coceira ou ardor após as relações sexuais, corrimento e a vagina pode ficar inchada e muito vermelha. "A dificuldade para engravidar também pode ser um indício, pois o organismo da mulher encara o espermatozoide como um corpo estranho e o mata", explicou Poliani.
"Há por volta de 10 a 15% dos casos de infertilidade que não possuem causa definida, sendo a alergia uma das várias possibilidades. Sabemos que o sistema imunológico feminino é muito importante no processo de gravidez e implantação do embrião, porém é um campo da medicina no qual estamos sempre descobrindo algo novo e os tratamentos para estas supostas alterações ainda não estão em grande parte validados", disse Massaguer.
Descobertas e tratamentos
Poliani contou que o diagnóstico de alergia ao sêmen do parceiro é muito difícil de ser realizado e há muita discussão no meio médico em relação a ele. "Realizamos diversos exames antes de constatar que o esperma é o problema e muitas vezes o resultado é contestável", afirmou.
O uso da camisinha é o método mais eficaz de evitar a alergia e seus transtornos. "Ela ainda protege contra DSTs e outras doenças que também podem ser transmitidas pelo sexo oral. Por isso ela deve ser sempre usada, inclusive nessa prática", frisou a ginecologista da Clínica José Bento.
Mas e quem quer ter filhos?
A alergia ao parceiro não é algo sério, embora ambos os médicos tenham citado que há casos raríssimos na literatura médica sobre choques anafiláticos em mulheres hipersensíveis. Todavia, é algo que merece atenção e que pode ser acompanhado pelo ginecologista.
Se houver o diagnóstico de alergia ao sêmen também não é necessário entrar em abstinência ou acreditar que não poderá ter filhos. "Para esses casos, é possível preparar uma vacina com esperma diluído e aplicar na mulher semanalmente em forma de injeção. Após três meses, o casal pode voltar a manter relações sem o uso do preservativo para tentar uma fertilização natural. Caso ela não aconteça, a inseminação artificial é uma alternativa", contou Poliani.
"A vagina é revestida de mucosa e às vezes há uma reação cruzada com as substâncias que compõem o esperma, como proteínas, que levam à reação alérgica. Mas é algo raro e que atinge cerca de 3 a 5% da população feminina apenas", contou Poliani Prizmic, ginecologista e obstetra da clínica Dr. José Bento, na capital paulista.
Alfonso Massaguer, ginecologista da Clínica Engravida de São Paulo (SP), contou que a alergia pode tanto acontecer apenas com um homem como com todos os parceiros que a mulher tiver ao longo da vida. "Às vezes algum medicamento ingerido pelo homem pode passar para o sêmen e para a saliva desencadeando a alergia na mulher", destacou o médico.
Os principais sintomas da alergia são coceira ou ardor após as relações sexuais, corrimento e a vagina pode ficar inchada e muito vermelha. "A dificuldade para engravidar também pode ser um indício, pois o organismo da mulher encara o espermatozoide como um corpo estranho e o mata", explicou Poliani.
"Há por volta de 10 a 15% dos casos de infertilidade que não possuem causa definida, sendo a alergia uma das várias possibilidades. Sabemos que o sistema imunológico feminino é muito importante no processo de gravidez e implantação do embrião, porém é um campo da medicina no qual estamos sempre descobrindo algo novo e os tratamentos para estas supostas alterações ainda não estão em grande parte validados", disse Massaguer.
Descobertas e tratamentos
Poliani contou que o diagnóstico de alergia ao sêmen do parceiro é muito difícil de ser realizado e há muita discussão no meio médico em relação a ele. "Realizamos diversos exames antes de constatar que o esperma é o problema e muitas vezes o resultado é contestável", afirmou.
O uso da camisinha é o método mais eficaz de evitar a alergia e seus transtornos. "Ela ainda protege contra DSTs e outras doenças que também podem ser transmitidas pelo sexo oral. Por isso ela deve ser sempre usada, inclusive nessa prática", frisou a ginecologista da Clínica José Bento.
Mas e quem quer ter filhos?
A alergia ao parceiro não é algo sério, embora ambos os médicos tenham citado que há casos raríssimos na literatura médica sobre choques anafiláticos em mulheres hipersensíveis. Todavia, é algo que merece atenção e que pode ser acompanhado pelo ginecologista.
Se houver o diagnóstico de alergia ao sêmen também não é necessário entrar em abstinência ou acreditar que não poderá ter filhos. "Para esses casos, é possível preparar uma vacina com esperma diluído e aplicar na mulher semanalmente em forma de injeção. Após três meses, o casal pode voltar a manter relações sem o uso do preservativo para tentar uma fertilização natural. Caso ela não aconteça, a inseminação artificial é uma alternativa", contou Poliani.
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