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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

PRECONCEITO – Usuária do Twitter responderá por crime contra nordestinos


A repercussão gerada pelos tweets preconceituosos em relação aos nordestinos, responsabilizando-os pela vitória de Dilma Rousseff – considerando o resultado da eleição como algo pejorativo -, foi parar na Justiça e pode não ficar restrita à estudante de direito Mayra Petruso.
O Tweet de garota ajudou a iniciar avalanche de mensagens contra nordestinos, mas ela não foi única.
A OAB-PE vai entrar com uma notícia-crime no Ministério Público Federal em São Paulo contra a usuária por ela ter postado, no domingo à noite, o tweet: “‘Nordestisto’ não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado”, escrito desta forma, com erro de português.
“A notícia-crime é contra Mayara Petruso porque, pelas informações que temos e por uma matéria publicada no Diário de Pernambuco, foi ela quem começou com as mensagens preconceituosas no Twitter entre a noite de domingo e madrugada de segunda-feira”, afirmou Henrique Mariano.
“Isso não significa que não possamos, no transcorrer do processo, oferecer notícia-crime às outras pessoas que também postaram mensagens preconceituosas”, afirma.
“Estou concluindo a peça. Pretendemos apresentá-la no Ministério Público Federal, que é quem tem a competência para analisar o caso”, reforça Mariano.
Segundo Mariano, Mayara, que “está devidamente identificada com nome e foto”, será alvo de duas ações: uma por racismo e outra por “incitação pública ao ato delituoso”. A primeira estipula pena de 2 a 5 anos de detenção, e a segunda, de 3 a 6 meses de reclusão ou multa.
“Entendemos porque ela incitou publicamente um crime por ter escrito e publicado ‘mate um nordestino afogado’”, diz.
Com toda a polêmica, o perfil de Mayara Petruso no Twitter (@mayarapetruso) foi apagado.
“É inadmissível”, diz OAB-PE
O racismo por si só não pode ser tolerado, continua Mariano. Mas a situação é ainda mais grave, afirma, por se tratar de “estudante de Direito”.
“É inadmissível que uma futura profissional do Direito, que terá por obrigação defender os direitos humanos, faça uma coisa dessas. Por isso vamos oficiar a OAB de São Paulo para saber se a moça está inscrita como estagiária no órgão”, diz.
“Se estiver, vamos pedir a instauração de procedimento no tribunal de ética da OAB”.
O papai vai colocar de castigo!
‘Se ela escreveu aquilo, vai ter que pagar’, diz pai de estudante acusada de racismo. “A gente acha que os tempos são modernos, mas ainda é como Roma. O pessoal mata e depois aplaude”, disse à Folha Antonino Petruso, pai da estudante Mayara Petruso.
Dono do Supermercado do Papai, em Bragança Paulista (interior de São Paulo), onde mora, Antonino diz não ter um bom relacionamento com Mayara. Tampouco se dão bem, segundo Antonino, a estudante e as três irmãs dela.
A garota é fruto de um relacionamento extraconjugal dele.
Ele afirma que vai repensar se continua com os depósitos bancários mensais na conta da filha. A ajuda financeira, explicou, era voluntária, pois ela já é maior de idade.
“Tenho raiva de quem faz preconceito, seja amarelo, branco, azul, pobre, rico. Se ela realmente escreveu aquilo, vai ter que pagar.”
Ele também disse ter estranhado a posição da filha. A garota, segundo Antonino, é “carinhosa” e “adora bichos”.
Estudante do sexto período, Mayara não tem ido às aulas. A faculdade onde estuda fica próxima ao apartamento onde mora sozinha, no bairro da Liberdade, no centro de São Paulo.
A Folha esteve na casa apontada por familiares como sendo da mãe dela, em Bragança Paulista. A princípio, um homem atendeu e disse que a mulher poderia ser encontrada no salão de beleza vizinho ao endereço.
Uma funcionária do estabelecimento, contudo, disse que não conhecia nem a mãe, nem a garota.
Depois, voltou atrás e afirmou se tratar “de um caso delicado”. Disse que Mayara “vai falar quando tiver de falar”.
Observação:Essa otaria foi demitida dia 03/11/2010 kkkkkkkkkkk

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