Páginas

sábado, 27 de novembro de 2010

Mulher negra

Falar da mulher, sendo mulher parece tarefa fácil, mas não é. Ser mulher não é difícil só porque temos TPM, cólicas, responsabilidades com a casa, com os filhos, e problemas conjugais. È muito mais complexo. Ser mulher numa sociedade em que o homem detém o poder, em que existe discriminação e preconceito não é fácil.
Poderia falar aqui falar sobre diversas mulheres importantes para o mundo e/ou para o Brasil, tenho certeza que teríamos vários nomes para serem lembrados. Contudo, quero falar sobre a mulher negra brasileira. Gostaria de inferir que se ser mulher não é fácil, imagine ser mulher e negra, num país que continua discriminando as minorias.
Recordemos ao passado, aos livros de História mais especificamente, em que a mulher negra brasileira aparece cheia de estereótipos, que enfatizam sua desqualificação social, sua "inferioridade"aparece como a escrava, a cozinheira, a “mãe-preta”, aparece com a imagem do corpo sexualizado.
A situação da mulher negra brasileira na atualidade mostra um prolongamento da época escravocrata. Cabiam a elas as tarefas domésticas e cuidados dos filhos dos senhores de engenho E hoje, estamos distante disso? Quantas mulheres negras, continuam a ser as domésticas, as empregadas,as babás?
Repare, os papéis representados pelas atrizes negras, na maioria das vezes são papéis subservientes, a negra como empregada, prostituta, favelada. Claro, que uma ou outra, fez um papel de protagonista, ou interpretou uma personagem que não fosse empregada, pobre, mas convenhamos num país como o Brasil, em que a população afrodescendente é imensa, isso é ainda muito pouco, ou melhor pouquíssimo.Pesquisas mostram que a mulher negra possui menos nível de escolaridade, trabalha mais, recebe menos, é mais facilmente submetida à condição de pobreza e inferioridade.De fato, percebemos que é constante a discriminação racial na vida dessas mulheres. Entretanto, muitas, buscam estratégias para mostras suas capacidades e competências, para vencer as dificuldades, para superar os estereótipos e preconceitos..
Mesmo com tanto preconceito, é fundamental lembrar que muita coisa tem sido feita, é possível perceber a quantidade de mulheres negras nas universidades, em setores profissionais elitizados. Mulheres negras brasileiras que ingressaram na carreira artística como: Glória Maria, Taís Araújo, Alcione, Isabel Filardis e tantas outras, tem nos mostrado constantemente que a mulher negra tem mais que um corpo escultural, tem mais que bumbum, tem talento, esforço pessoal , capacidade de crescer cada vez mais. E quantas mulheres negras anônimas têm feito o mesmo? Certamente muitas.
Ainda há muito preconceito na sociedade brasileira tanto em relação ao gênero: a mulher, como também com a questão étnica: o negro. Imagine, então, como a mulher negra sofreu e/ou tem sofrido com preconceito étnico e de gênero?
Nós, mulheres independente de nossa cor, lutamos os 365 dia do ano, contra as desigualdades sociais, superação do preconceito, liberdade de expressão . Lutamos por o direito de sermos respeitadas e lutamos também, é claro, pelo direito de amar e sermos amadas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário