É curioso como se nota, de imediato, se uma mensagem que nos é enviada foi escrita por um homem ou por uma mulher.
Há um certo sabor estranho nas palavras femininas, ainda que elas sejam rudes. Há uma doçura escondida nas entrelinhas – um misto de emoção e sensualidade.
Por mais racionais que sejam a Mônica, a Isabela, a Camila, a Karina, a Lúcia, a Lisa e tantas que Deus nos deu de presente para nos confortar nas horas tristes e rir em dupla nos momentos de alegria, há sempre uma ponta de lirismo e graciosidade em seus textos.
Palavras de mulher são alguma coisa que tem perfume de flores – são rosas, margaridas, lírios e crisântemos de letras.
Os abraços que elas nos mandam são mais calorosos que os masculinos – destes, sequer sentimos pouco porque, às vezes, não são verdadeiros: são mera formalidade.
Quando elas encerram seus discursos com beijos e beijinhos aí, então, nos arrepiamos da cabeça aos pés. Pois essa demonstração de carinho e meiguice, mesmo de longe, penetra em nossos corações como se elas estivessem diante de nós, praticando o afeto.
De onde vem esse gosto de ternura, a sensação de que temos um anjo nos protegendo, quando elas nos escrevem?
É ancestral. É a manisfetação maternal, onde espaço e tempo se confundem, mesmo que elas não tenham ainda nos recebido em seus ventres.
Nós as engravidamos com nosso sêmen. Elas nos engravidam com palavras.
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