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Observação:As vezes as imagem falam muito mais que mil palavras,quem ama cuida.
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Eloá, 15 anos, assassinada pelo ex-namorado - Informativo nº 2
O que faltou à mídia destacar? Cruéis semelhançasFaltou relembrar as centenas de comportamentos semelhantes ao de Lindemberg Alves. Isto é, faltou dizer que o homicida passional é possessivo, egoísta, não suporta ser contrariado, é vingativo e muito perigoso; que este tipo de assassinato acontece todos os dias no país; e que Lindemberg Alves exibiu um comportamento tristemente conhecido, cujas características são a agressão, o ódio e a destruição do outro, e não a paixão e o amor. Como Pimenta Neves, Doca Street, Lindomar Castilho e inúmeros “homens de bem”, Lindemberg, frustrado e de posse de uma arma, relacionou-se com sua ex como se ela fosse sua propriedade e decidiu que seu fim deveria ser a morte. Durante 100 horas, os olhos e mentes de todo o país estiveram voltados para o ABC paulista, para as janelas do apartamento em que Eloá Cristina Pimentel foi mantida refém pelo ex-namorado, Lindemberg Alves, de 22 anos, armado com um revólver calibre 32. Durante 100 horas, os olhos e mentes de todo o país estiveram voltados para o ABC paulista, para as janelas do apartamento em que Eloá Cristina Pimentel foi mantida refém pelo ex-namorado, Lindemberg Alves, de 22 anos, armado com um revólver calibre 32. Seqüestro passional acaba em tragédiaDurante cinco dias os veículos de comunicação deram destaque ao seqüestro de Eloá. Os telejornais mostravam passo a passo as negociações com o seqüestrador. As principais fontes durante e após a desastrosa operação de resgate foram: médicos e médicas, o advogado, o promotor público, o comandante da operação e especialistas em resgate de reféns. “Tenho a impressão que Lindemberg sentia-se proprietário de Eloá. Até que ponto esse é o reflexo do machismo mesmo?” Este questionamento do jornalista Chico Pinheiro no SPTV de 20 de outubro aborda um aspecto que foi praticamente ignorado pelos profissionais de mídia e pela maioria dos especialistas em comportamento cultural e psíquico entrevistados na TV e no rádio. A ênfase principal foi no momento de desequilíbrio de Lindemberg. “Pode ter uma relação com machismo, essa coisa de posse, mas também com o distúrbio do rapaz. Ele não estava bem psicologicamente. Não sei se já tinha um desequilíbrio, mas o fim do namoro desencadeou o distúrbio”, afirmou a psicopedagoga Georgia Vassimon, do Instituto Sedes Sapientiae, no SPTV. No Jornal Hoje (18/10), o psicoterapeuta Eduardo Pereira Santos , professor-doutor da Universidade de São Paulo, acredita que Lindemberg Alves “agiu impensadamente. A tolerância é muito baixa à frustração. Então, dizer não a uma pessoa dessas é provocar a sua raiva e a sua ira”. O especialista apontou também a dificuldade de negociar com uma pessoa com essas características. “É uma situação bastante difícil porque a moeda de troca é passional, é uma pessoa mentalmente perturbada que responde hora sim, hora não. Ele não tem uma resposta sempre igual.” ---Publicado no Informativo Portal Violência Contra a Mulher nº 2. |
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