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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

ESTÃO ACABANDO COM NOSSAS MULHERES!


ATE QUANDO ESSES MERDAS DE HOMENS VAI COMETER ESSES CRIMES E CONTINUAR IMPUNES ???? PQP ME REVOLTA MUITO ISSO.
Estou farta de tantas coisas feitas de mal para nós mulheres Estou farta de ver as mulheres se calando em nome do amor ? Quem ama não machuca,não mata e pior não faz vc se senti um lixo. Se ame pois só assim o mundo e as pessoas passaram a te amar mais ainda .Não seja mais uma estatística!
Denúncias de violência doméstica contra mulher crescem 112% em 2010
Governo atribui alta ao maior acesso das mulheres ao serviço Ligue 180.
Proporcionalmente à população feminina, DF, SP e PA tiveram mais queixas.O serviço de denúncia Ligue 180, específico para receber queixas de violência doméstica contra a mulher, registrou alta de 112% de janeiro a julho deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (3) pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, que criou a central em 2005. Comente esta notícia

O disque-denúncia registrou 343.063 atendimentos nos sete primeiros meses de 2010 contra 161.774 nos mesmos meses de 2009 - veja no quadro ao lado o total de ligações por estado.

Para o governo, o crescimento da busca pelo serviço "reflete um maior acesso da população a meios de comunicação, vontade de se manifestar acerca do fenômeno da violência de gênero, ao fortalecimento da rede de atendimento às mulheres e ao empoderamento da população feminina local".

A busca de informações sobre a Lei Maria da Penha, lei 13.340/2006, corresponde a 50% do total de informações prestadas pelo Ligue 180. A Lei Maria da Penha completa quatro anos de sanção nesta semana.

A farmacêutica Maria da Penha Fernandes, que lutou pela condenação de seu agressor e deu nome à lei contra violência doméstica, afirmou que o número de denúncias deve crescer ainda mais. "Nós vamos nos surpreender muito mais com os números a medida em que as pessoa forem se conscientizando da necessidade de denunciar. E as cidades que não têm os equipamentos, passarem a fazer a divulgação", afirmou ao chegar para apresentação dos dados de violência doméstica. Perfil de agredidas e agressores
O perfil de quem agride é parecido com o de quem é agredida. A maioria das mulheres que ligou para a central tem entre 25 e 50 anos (67,3%) e nível fundamental de escolaridade (48,3%). Nas queixas, a maioria apontou que os agressores têm entre 20 e 45 anos (73,4%) e também nível fundamental de escolaridade (55,3%).

Das mulheres que entraram em contato com a central, de acordo com a secretaria, 72,1% vivem com o agressor, sendo que 57,9% são casadas ou têm união estável. Outros 14,7% prestaram queixa contra o ex-namorado ou ex-companheiro.

Por estado
Considerando a quantidade de ligações por estado, São Paulo teve o maior registro, seguido por Bahia e Rio de Janeiro. Quando a análise é feita considerando a quantidade de ligações a cada 50 mil mulheres de cada estado, o Distrito Federal fica em primeiro com 267 ligações a cada 50 mil mulheres. Em seguida, estão o Tocantins, com 245 queixas a cada 50 mil mulheres e o Pará, com 237 queixas a cada 50 mil mulheres.

A ministra Nilcéia Freire destacou que a situação em Santa Catarina e no Pará comprovam que o aumento de ligações não se relaciona ao crescimento da violência. "A ministra citou como exemplos Santa Catarina, o 15º em número de ligações, e Pará, o oitavo no ranking.

"São múltiplas as interpretações, mas certamente está faltando no estado de Santa Catarina a ação das próprias autoridades locais no sentido de divulgar o serviço e campanhas. Isso acontecia no estado do Pará. É muito bom que as pessoas procurem a central, pois lá vão receber informações e denunciar quando forem mal atendidas."

Premiações
Durante a apresentação dos dados sobre o Ligue 180, a Secretaria de Políticas para as Mulheres concedeu a algumas personalidades o 1º Prêmio Boas Práticas na Aplicação, Divulgação ou Implementação da Lei Maria da Penha. Foram premiados o Instituto Avon, o Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher (Nepem), da Universidade Federal de Minas Gerais, o estado de Goiás.Já fui visita a casa de sofia em que moram mulheres vítimas de violência doméstica. Elas contaram que sofreram agressões por vários anos, mas decidiram denunciar seus ex-companheiros e hoje vivem em locais sigilosos. Confira ao lado vídeo com depoimentos de algumas mulheres.

Dos atendimentos registrados neste ano pelo Ligue 180, a maioria se deveu a crimes de lesão corporal. Em seguida, vieram as ameaças, conforme dos dados do balanço. Juntos, os dois tipos de queixas somaram 70% dos registros do Ligue 180. A Secretaria de Políticas para as Mulheres informou que esses crimes também são os mais registrados por mulheres nas delegacias.
Os relatos de violência somaram 62.301 registros, sendo que 36.059 foram de violência física; 16.071 de violência psicológica; 7.597 de violência moral; 826 de violência patrimonial; e 1.280 de violência sexual.

Na avaliação da secretaria, o total de registros de ameaças - em 8.913 situações - mostra que é preciso atenção a esse tipo de queixa.

A ministra da Secretaria das Políticas para as Mulheres, Nilcéia Freire, afirmou que "não se pode subestimar" as ameaças sofridas pelas mulheres. "Não se pode subestimar as ameaças e por isso nós consideramos ameaças como fator de risco. Os homens violentos, os agressores, eles não estão brincando em geral quando ameaçam suas mulheres. São crimes anunciados e que, portanto, não podem ser subestimados."

São Paulo foi o estado que mais registrou ameaças (1.412), seguido por Rio de Janeiro (818) e Minas Gerais (555).

A ministra lembrou o caso do ex-goleiro do Flamengo Bruno Souza, suspeito pelo desaparecimento da ex-namorada Eliza Samudio, considerada morta pela polícia. Eliza desapareceu enquanto tentava comprovar que seu filho era de Bruno. Quando estava grávida, ainda em 2009, Eliza havia pedido proteção policial com base na Lei Maria da Penha, mas uma juíza entendeu que não era caso para a aplicação da lei por não haver relacionamento estável. Encaminhou a questão para vara criminal. A abrangência da lei é tema de divergência no Judiciário.

"Naquele caso da Eliza, particularmente, o inquérito foi aberto no âmbito do Judiciário e o que houve foi uma interpretação da juíza responsável de que aquele caso não se enquadrava na Lei Maria da Penha. Uma interpretação com a qual estamos em desacordo por ela ter manifestado preconceito em torno da própria vítima", afirmou Nilcéia.

Os relatos de violência somaram 62.301 registros, sendo que 36.059 foram de violência física; 16.071 de violência psicológica; 7.597 de violência moral; 826 de violência patrimonial; e 1.280 de violência sexual. Foram registrados 239 casos de cárcere privado.

O balanço mostra também que em 68,1% dos casos a violência contra a mulher é presenciada pelos filhos. Além disso, em 16,2% das situações o filho sofre a violência junto com a mãe.
em que moram mulheres vítimas de violência doméstica. Elas contaram que sofreram agressões por vários anos, mas decidiram denunciar seus ex-companheiros e hoje vivem em locais sigilosos. Confira ao lado vídeo com depoimentos de algumas mulheres.

Dos atendimentos registrados neste ano pelo Ligue 180, a maioria se deveu a crimes de lesão corporal. Em seguida, vieram as ameaças, conforme dos dados do balanço. Juntos, os dois tipos de queixas somaram 70% dos registros do Ligue 180. A Secretaria de Políticas para as Mulheres informou que esses crimes também são os mais registrados por mulheres nas delegacias.
Os relatos de violência somaram 62.301 registros, sendo que 36.059 foram de violência física; 16.071 de violência psicológica; 7.597 de violência moral; 826 de violência patrimonial; e 1.280 de violência sexual.

Na avaliação da secretaria, o total de registros de ameaças - em 8.913 situações - mostra que é preciso atenção a esse tipo de queixa.

A ministra da Secretaria das Políticas para as Mulheres, Nilcéia Freire, afirmou que "não se pode subestimar" as ameaças sofridas pelas mulheres. "Não se pode subestimar as ameaças e por isso nós consideramos ameaças como fator de risco. Os homens violentos, os agressores, eles não estão brincando em geral quando ameaçam suas mulheres. São crimes anunciados e que, portanto, não podem ser subestimados."

São Paulo foi o estado que mais registrou ameaças (1.412), seguido por Rio de Janeiro (818) e Minas Gerais (555).

A ministra lembrou o caso do ex-goleiro do Flamengo Bruno Souza, suspeito pelo desaparecimento da ex-namorada Eliza Samudio, considerada morta pela polícia. Eliza desapareceu enquanto tentava comprovar que seu filho era de Bruno. Quando estava grávida, ainda em 2009, Eliza havia pedido proteção policial com base na Lei Maria da Penha, mas uma juíza entendeu que não era caso para a aplicação da lei por não haver relacionamento estável. Encaminhou a questão para vara criminal. A abrangência da lei é tema de divergência no Judiciário.

"Naquele caso da Eliza, particularmente, o inquérito foi aberto no âmbito do Judiciário e o que houve foi uma interpretação da juíza responsável de que aquele caso não se enquadrava na Lei Maria da Penha. Uma interpretação com a qual estamos em desacordo por ela ter manifestado preconceito em torno da própria vítima", afirmou Nilcéia.

Os relatos de violência somaram 62.301 registros, sendo que 36.059 foram de violência física; 16.071 de violência psicológica; 7.597 de violência moral; 826 de violência patrimonial; e 1.280 de violência sexual. Foram registrados 239 casos de cárcere privado.

O balanço mostra também que em 68,1% dos casos a violência contra a mulher é presenciada pelos filhos. Além disso, em 16,2% das situações o filho sofre a violência junto com a mãe.

Os atendimentos mostram ainda que 39,6% das mulheres dizem sofrer violência desde o início da relação. Outras 57% afirmaram que são agredidas física ou psicologicamente todos os dias. Em mais da metade dos casos, as mulheres disseram correr risco de morte.A violência contra a mulher, seja ela qual for, não deve servir somente para as estatísticas, devem servir também para que o sistema judiciário seja mais agil e menos burocrático. O tempo que os processos ´sobem e descem´ é o suficiente para uma mulher perder a vida. CHEGA DE ESTATÍSTICAS. TRABALHEM
É preciso mais agilidade do estado, pois as pessoas que agridem as mulheres, faz sabendo da morosidade da justiça e aí é tarde para elas, é quando já perdeu a vida. Agora não sei porque tem gente com essa mentalidade.Eliza, Mércia, Eloá, Aline, Daniela, Maria. Infelizmente os casos de violência contra a mulher não são fatos isolados. Eliza Samudio há oito meses havia denunciado o jogador do Flamengo, Bruno Maria Islanine, assassinada em janeiro pelo ex-marido, fez oito denúncias antes de ser morta.

Segundo dados do Mapa da Violência no Brasil 2010, realizado pelo Instituto Sangari, entre os anos de 1997 e 2007, mais de 41.000 mulheres foram assassinadas no Brasil, um índice de 4,2 % por 100.000 habitantes, bem acima da média internacional. Entre os casos, a maioria dos agressores tinha algum tipo de relação conjugal com as mulheres, como identifica o Núcleo de Violência da Universidade de São Paulo.


A cada 15 segundos uma mulher é agredida no Brasil, conforme relata pesquisa da Fundação Perseu Abramo. Já na América Latina, segundo dados divulgados pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), 45% das mulheres da região já sofreram ameaças de seus parceiros.

A Lei Maria da Penha, aprovada em 2006, é uma legislação avançada, mas sua aplicação ainda é muito lenta e não há um sistema que garanta proteção às mulheres vítimas de violência. Apenas 7% dos municípios brasileiros possuem Delegacias da Mulher; as casas que acolhem mulheres em situação de violência, com endereço sigiloso, não dão conta da demanda. Além disso, quando alguns casos são pauta da grande mídia, geralmente tenta-se culpabilizar as mulheres, desqualificando-as e tentando justificar, de alguma maneira a agressão, como tem ocorrido no caso de Eliza.

O contexto histórico e social

Quando vemos casos de violência de homens contra mulheres devemos conseguir ver além do caso em si. Precisamos nos perguntar por que tantas mulheres são vítimas da violência e como se dão as relações de gênero dentro de uma sociedade capitalista.

Esse tipo de violência atinge principalmente as mulheres trabalhadoras, que encontram maior dificuldade de sair dessa situação. Além dos entraves afetivos e culturais – questões morais e de costumes da sociedade – as mulheres trabalhadoras possuem o obstáculo econômico. Em relatos coletados pela pesquisa Ibope sobre "A percepção da violência doméstica contra a mulher no Brasil", a falta de condições econômicas para viver sem o cônjuge é o principal motivo que mantém a mulher em uma relação na qual ela é agredida.

As mulheres não foram sempre oprimidas. Segundo Friedrich Engels, em seu livro A origem da família da propriedade privada e do Estado, a opressão da mulher coincide com o surgimento da propriedade privada e o fim do comunismo primitivo, quando os seres humanos passam a produzir além do suficiente para se viver, resultado de desenvolvimentos técnicos. Nesse momento, alguns passam a se apropriar da produção que antes era destinada a todos, acarretando o surgimento da propriedade privada. A partir desse momento, os homens, com o objetivo de garantir a herança aos seus filhos legítimos, passam a controlar as mulheres e seus corpos como se fosse uma de suas propriedades.

Percebe-se, então, que o pensamento patriarcal precede ao surgimento do capitalismo. No entanto, o patriarcalismo serve perfeitamente a esse sistema.

Para um sistema que explora toda uma classe trabalhadora para favorecer uma pequena parcela da população, a burguesia, a opressão e submissão das mulheres pelos homens, é um forte instrumento de manutenção de suas estruturas. Ao longo da história, por estarem dedicadas às atividades domésticas e à criação dos filhos, não tiveram seu trabalho reconhecido, e este ficou invisível.

Para que o Estado burguês não precise investir em creches, escolas, lavanderias coletivas ou restaurantes populares, responsabilizam-se as mulheres por essas tarefas. Assim, o salário dos trabalhadores pode ser muito menor, já que uma parte dos serviços que deveriam ser inclusos em seus gastos, não precisam ser pagos pelo patrão. Neste contexto, no qual a mulher é uma propriedade de seu cônjuge e responsável pelos afazeres domésticos, os homens encontram justificativas para agredi-las caso essas mulheres saiam destes padrões.

Para além do âmbito privado, a mulher, nos espaços públicos, tem de trabalhar tanto quanto o homem. Com isso ela é duplamente explorada, o que colabora com a sustentação do sistema capitalista.

Hoje, com o amplo desenvolvimento tecnológico, temos condições de produzir para que todos os seres humanos tenham condições de trabalhar, alimentar-se e viver dignamente. Temos condições de que mulheres e homens vivam em plena igualdade. No entanto, isso não interessa à pequena parcela da população favorecida pelo capitalismo, que se apropria de toda a riqueza produzida pela classe trabalhadora. Fazendo fortalecer essa sociedade na qual tudo é considerado mercadoria, inclusive as mulheres, que têm sua imagem utilizada indiscriminadamente em propaganda de todo tipo e expondo seus corpos de maneira a agradar os homens, tornando-as algo que se pode comprar.

Apenas com o fim do sistema capitalista e com a construção da sociedade socialista é que será possível acabar com essa opressão. Isso porque a opressão da mulher não é algo apenas cultural, mas tem bases concretas, materiais, fundamentais ao capitalismo. Dessa maneira, apenas com a mudança dessas bases é que será possível também transformar a vida das mulheres trabalhadoras, dando condições de se tornarem livres, como classe trabalhadora e como mulheres.
Os atendimentos mostram ainda que 39,6% das mulheres dizem sofrer violência desde o início da relação. Outras 57% afirmaram que são agredidas física ou psicologicamente todos os dias. Em mais da metade dos casos, as mulheres disseram correr risco de morte.

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