Foi publicada no Diário Oficial do Estado da última quarta-feira (1º), a Lei nº 13.044/08, que estabelece o uso de dispositivos eletrônicos, como pulseiras e tornozeleiras, para monitorar apenados dos regimes aberto e semi-aberto. A Lei, que estabelece normas suplementares de direito penitenciário, regula a vigilância eletrônica e dá outras providências, teve origem em projeto de lei do deputado Giovani Cherini, relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Conforme ele, o governo gasta R$ 1 mil por mês para manter um preso e o chip custará em torno de R$ 600,00 mensais.
Entre as regras, a Lei estabelece que o uso de tornozeleiras e pulseiras terá de ser autorizado, caso a caso, mediante decisão judicial e oitiva do Ministério Público. E mais: a vigilância eletrônica será para apenados que cometeram crimes mais graves.
Conforme o artigo 3º, o monitoramento tem como alvo os condenados por tráfico de drogas, terrorismo, crimes cometidos por quadrilhas, homicídio qualificado, latrocínio, extorsão (com morte), extorsão mediante seqüestro, estupro e atentado violento ao pudor. O mesmo artigo, porém, abre espaço para interpretações do Judiciário, que poderá determinar o uso dos dispositivos eletrônicos em apenados sentenciados por outros crimes que representem risco à sociedade.
O texto também disciplina a conduta dos presos submetidos à vigilância eletrônica. Eles terão de relatar à Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) eventuais falhas nos equipamentos. Antes de virar lei, sancionada pela Governadora do Estado, Yeda Crusius, o projeto foi aprovado pelos integrantes da CCJ e depois votado em plenário pelos deputados.
De acordo com o Promotor de Justiça Coordenador do CAO Criminal, David Medina da Silva, o aprimoramento dos mecanismos de fiscalização dos benefícios externos reduzirá os índices de reincidência. Ele espera que o Governo do Estado consiga implementar o sistema dentro de pouco tempo. “A estigmatização dos presos é uma realidade independentemente do uso de qualquer equipamento de segurança”, diz o Promotor, explicando que as pessoas que os apenados que recebem benefícios o fazem com a consciência dos seus empregadores quanto à sua condição prisional.
A Promotora de Justiça Sandra Goldman Ruwel, da Promotoria de Controle e Execução Criminal de Porto Alegre, acredita que deverá ser maior o rol dos presos a usar as tornozeleiras, não só os referidos no projeto, mas também aqueles que, pelas estatísticas, são os reincidentes contumazes. “Esses sim”, diz, “são os verdadeiros perigos para a sociedade. porque são condenados que cumprem pena com o objetivo de serem ressocializados e acabam foragidos e pegos, na sua grande maioria, em flagrante ou após terem cometido outros delitos. Trabalho há 4 anos na comissão de execução criminal e, infelizmente, tenho comprovado, diariamente, que grande parte dos reincidentes são presos oriundos dos regimes semiabertos e abertos, que voltam a reincidir e, muitos vezes, trazem com eles outros presos e novas vítimas”
Um dos grandes problemas, segundo a Promotora, é a falta de controle e acompanhamento de trabalho externo dos presos, da atividade que realizam fora do estabelecimento carcerário. Sandra Goldman crê que a vigilância eletrônica, “antes de uma afronta aos direitos humanos e à incolumidade às pessoas, como gostam de discursar os demagogos, além de permitir uma melhor inserção dos apenados na sociedade, garante um monitoramento mais eficaz dos mesmos”.
Entre as regras, a Lei estabelece que o uso de tornozeleiras e pulseiras terá de ser autorizado, caso a caso, mediante decisão judicial e oitiva do Ministério Público. E mais: a vigilância eletrônica será para apenados que cometeram crimes mais graves.
Conforme o artigo 3º, o monitoramento tem como alvo os condenados por tráfico de drogas, terrorismo, crimes cometidos por quadrilhas, homicídio qualificado, latrocínio, extorsão (com morte), extorsão mediante seqüestro, estupro e atentado violento ao pudor. O mesmo artigo, porém, abre espaço para interpretações do Judiciário, que poderá determinar o uso dos dispositivos eletrônicos em apenados sentenciados por outros crimes que representem risco à sociedade.
O texto também disciplina a conduta dos presos submetidos à vigilância eletrônica. Eles terão de relatar à Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) eventuais falhas nos equipamentos. Antes de virar lei, sancionada pela Governadora do Estado, Yeda Crusius, o projeto foi aprovado pelos integrantes da CCJ e depois votado em plenário pelos deputados.
De acordo com o Promotor de Justiça Coordenador do CAO Criminal, David Medina da Silva, o aprimoramento dos mecanismos de fiscalização dos benefícios externos reduzirá os índices de reincidência. Ele espera que o Governo do Estado consiga implementar o sistema dentro de pouco tempo. “A estigmatização dos presos é uma realidade independentemente do uso de qualquer equipamento de segurança”, diz o Promotor, explicando que as pessoas que os apenados que recebem benefícios o fazem com a consciência dos seus empregadores quanto à sua condição prisional.
A Promotora de Justiça Sandra Goldman Ruwel, da Promotoria de Controle e Execução Criminal de Porto Alegre, acredita que deverá ser maior o rol dos presos a usar as tornozeleiras, não só os referidos no projeto, mas também aqueles que, pelas estatísticas, são os reincidentes contumazes. “Esses sim”, diz, “são os verdadeiros perigos para a sociedade. porque são condenados que cumprem pena com o objetivo de serem ressocializados e acabam foragidos e pegos, na sua grande maioria, em flagrante ou após terem cometido outros delitos. Trabalho há 4 anos na comissão de execução criminal e, infelizmente, tenho comprovado, diariamente, que grande parte dos reincidentes são presos oriundos dos regimes semiabertos e abertos, que voltam a reincidir e, muitos vezes, trazem com eles outros presos e novas vítimas”
Um dos grandes problemas, segundo a Promotora, é a falta de controle e acompanhamento de trabalho externo dos presos, da atividade que realizam fora do estabelecimento carcerário. Sandra Goldman crê que a vigilância eletrônica, “antes de uma afronta aos direitos humanos e à incolumidade às pessoas, como gostam de discursar os demagogos, além de permitir uma melhor inserção dos apenados na sociedade, garante um monitoramento mais eficaz dos mesmos”.
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