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sábado, 23 de julho de 2011

Rainhas do crime


01 – Kelly Cyclone, a musa da festa do pó, é assassinada
Ela era conhecida na Bahia por namorar traficantes, mas acabou tendo seu nome envolvido com o comércio de cocaína. Kelly Sales Silva, 22 anos, a Kelly Cyclone, foi presa em fevereiro de 2010 por participar de um evento conhecido como “festa do pó na Boca do Rio”, mas suas fotos exibindo o corpo tatuado e posando com armas voltaram ao noticiário em julho de 2011, quando ela foi assassinada em Lauro de Freitas (BA), na região metropolitana de Salvador.
Segundo a polícia, a jovem estaria em companhia de traficantes que faziam uma série de roubos na região quando foi morta. A família de Kelly, porém, disse que ela havia participado de um show com uma das irmãs antes de ser morta e negou seu envolvimento com o crime. Os familiares acreditam que o crime seja passional e apontaram o suposto envolvimento de um ex-namorado de Kelly, filho de um policial.
02 – Por implante de silicone nos seios, Jucilene virou traficante
Jucilene Bacelar Silva, 22 anos, foi vítima da própria vaidade em julho de 2011. Segundo a polícia, a jovem aceitou fazer o transporte de uma pequena quantidade de maconha e crack do Paraguai até o Espírito Santo em troca de implantes de silicone nos seios. Acabou presa ao desembarcar em Vitória com os entorpecentes.
O envolvimento com o crime teria começado seis meses antes, ao ser apresentada a um traficante que lhe ofereceu R$ 2 mil para buscar drogas no país vizinho. Jucilene recusou a oferta, mas mudou de ideia quando o pagamento proposto foi uma cirurgia plástica. Uma semana depois da operação, ainda com os curativos no corpo, ela iniciou a viagem, que acabou mal-sucedida após uma denúncia anônima.
03 – Amigas suspeitas de arrombar mais de 100 casas
Apesar de jovens, elas são suspeitas de furtar pelo menos 100 casas em Santa Catarina. Em julho de 2011, Franciany Senff, a Fran, 24 anos, e Charlene Bittencourt, 21 anos, foram presas em flagrante em Governador Celso Ramos, na região metropolitana de Florianópolis, apontadas como integrantes de uma quadrilha especializada em invadir residências de veraneio desocupadas. Com elas, a polícia encontrou objetos levados nas ações.
Com a captura da dupla, a polícia não escondeu a surpresa com a personalidade de Franciany. Filha de um médico e de uma proprietária de um laboratório de análises químicas, a jovem seria a líder do grupo. “Ela é fria e extremamente inteligente”, disse na época o delegado Luiz Cláudio Rosa. Charlene foi apontada como membro de apoio da quadrilha.
04 – Jovem de 18 anos estrangula empresário em motel
Em Niterói (RJ), a aluna do 9º ano Verônica Verone, 18 anos, chamava a atenção na Escola Municipal João Monteiro pela beleza e pela agitada vida em festas de música eletrônica. Em maio de 2011, porém, sua foto com olhar provocante ganhou as páginas policiais depois de ela confessar ter estrangulado até a morte o empresário Fábio Gabriel Rodrigues, 33 anos, em um motel da cidade. Na ocasião, Verônica arrastou o corpo da vítima, que tinha 1,90 m, escada abaixo até a porta da garagem, onde ele foi encontrado. Câmeras registraram a jovem deixando o motel com o carro do empresário.
Segundo a defesa de Verônica, a jovem sofre de síndrome do pânico e toma medicamentos. O advogado dela disse que sua cliente reagiu quando o empresário tentou tirar sua roupa porque lembrou de uma suposta tentativa de abuso por parte de seu pai quando era criança. A defesa ainda nega que os dois tenham feito sexo e afirma que eles foram ao motel para ficaram “à vontade para beber”. Verônica foi presa dois dias depois.

05 – Universitária suspeita de matar pai por seguro de R$ 1,2 milhão
Um seguro de vida no valor R$ 1,2 milhão teria motivado uma universitária mineira a planejar a morte do próprio pai, em agosto de 2010. Érika Passarelli Vicentini Teixeira, 29 anos, passou a ser procurada pela polícia depois que um funcionário de uma seguradora desconfiou do caso. O pai dela, o empresário Mário José Teixeira Filho, foi encontrado morto em uma estrada na região metropolitana de Belo Horizonte.
De acordo com a polícia, pai e filha organizavam um golpe nas seguradoras para que a quantia pudesse ser recebida por Érika, mas os dois teriam se desentendido. A universitária, então, teria buscado ajuda do namorado e do sogro para executar o crime. Ela teve a prisão expedida.

06 – Miss é presa com “Beira-Mar do Paraná”
O glamour de ser uma miss durou apenas um ano para Suzimara Steff, 24 anos. Em 2009, ela ficou em segundo lugar no concurso Miss Curitiba, mas, em maio do ano seguinte, foi presa em uma operação da Polícia Federal contra o tráfico de cocaína no Estado. Segundo a PF, a modelo se envolveu com as operações da quadrilha após iniciar um relacionamento com Eder de Souza Conde, conhecido como Fernandinho Beira-Mar do Paraná, também preso na ação.
Frequentador da noite curitibana, Conde morava em uma mansão e seus bens foram avaliados pela polícia em R$ 10 milhões, entre eles carros como BMW, Porsche e uma Ferrari. Em depoimento à PF, ela teria admitido envolvimento com os negócios ilícitos do amado. Sua defesa, porém, afirmou que ela não tinha participação ativa no tráfico de drogas e que ela apenas havia confirmado o namoro com Conde à polícia.
07 – Assaltante se exibe com fotos na internet
Com fotos publicadas em sites de relacionamento, a ex-funcionária da administração da Central de Abastecimento (Ceasa) do Rio de Janeiro Fabiana Buriche dos Santos, 25 anos, parecia não temer a exposição, um comportamento atípico para alguém que era considerada foragida havia três anos. Mas, em novembro de 2007, Bia, como era conhecida, foi reconhecida pela imagens e presa devido a uma condenação por assalto. Para a polícia, ela seria informante de uma quadrilha que praticava os crimes.
A suspeita surgiu depois que dois homens foram presos pelo assalto a uma empresa de metalurgia na qual a jovem trabalhava: eles disseram que Bia era informante do grupo. Ela, no entanto, disse que sua prisão era um plano contra seu marido, que seria pré-candidato a vereador em São João de Meriti.



08 – Estudante é presa com namorado traficante
A apresentação de presos em uma operação contra o tráfico de drogas no Rio de Janeiro, em novembro de 2007, teria sido como tantas outras feitas frequentemente pela polícia se não fosse a presença, entre oito homens, de uma jovem de 18 anos. Algemada, Jéssica Albuquerque Corrêa, até então uma funcionária de um escritório de contabilidade que se preparava para prestar vestibular, se mostrava acuada diante dos flashes.
Jéssica era namorada do universitário Bruno Pompeu D’Urso, 18 anos, apontado como chefe de uma quadrilha que comprava drogas em favelas e revendia para jovens de classe média alta da zona sul do Rio. Ela foi acusada de participar do transporte dos entorpecentes, principalmente ecstasy. Um tio que morava com Jéssica chegou a afirmar, na época, que desaprovava o relacionamento dela com Bruno por considerar o jovem “arrogante”.
09 – Adolescente armada comanda assaltos no RS
Inspirada em bandidos famosos, como Lili Carabina, ela foi acusada de comandar assaltos à mão armada no Vale dos Sinos, no Rio Grande do Sul. A audácia de uma adolescente de 17 anos surpreendeu a polícia gaúcha em setembro de 2007, quando uma operação desbaratou uma quadrilha de roubo de cargas e prendeu cinco pessoas, entre elas a jovem.
Foi apontada pela polícia como uma jovem de classe média, filha de um empresário, mas a mãe e o padrasto da menina, surpresos com o envolvimento da adolescente com o crime, disseram na época que ela era pobre e frequentava a igreja. Segundo a polícia, ela portaria duas pistolas em pelo menos três grandes assaltos. Por ter menos de 18 anos, a menina foi liberada.

10 – Socialite do crime usa sobrenome famoso para furtar

Roupas de grifes famosas, carros blindados, joias e hotéis caros faziam parte da rotina de Kelly Samara Carvalho dos Santos, 19 anos, até ela ser presa em São Paulo em agosto de 2007, acusada de aplicar diversos golpes na região dos Jardins. Entre os que se disseram vítimas da falta socialite – que chegou a se apresentar como familiar de Eliana Tranchesi, dona da boutique Daslu – estava um dono de uma galeria de arte que teve furtado uma gravura do pintor espanhol Juan Miró avaliada em US$ 18 mil. Kelly teria revendido a peça por R$ 2 mil.
Kelly teria nascido em uma família humilde do interior de Mato Grosso do Sul. Mas, mesmo depois de presa, ela continuou se dizendo rica a ponto de ganhar de presente do pai um apartamento e um Porsche Cayenne. “Sempre usei desde pequena coisas de grife. Minha família tem recursos bons”, afirmou, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Os golpes teriam começado em 2001, ainda em seu Estado natal. Ela foi absolvida da acusação de estelionato.
11 – Presa em flat de luxo, golpista desvia R$ 3 mi
Rosinara Schutz da Silva, 22 anos, pagou 30 diárias no valor de R$ 230 à vista em um flat na região nobre dos Jardins, em São Paulo. No local, a universitária tinha à disposição um carro importado e academia de ginástica. Mas a rotina de luxos acabou em abril de 2007, quando, após uma denúncia anônima, ela foi presa.
A estudante era procurada no Rio Grande do Sul após a prisão, em mansões na praia de Jurerê, em Florianópolis (SC), de três líderes de uma quadrilha da qual ela seria integrante. O grupo foi acusado de aplicar golpes de R$ 3 milhões ao se passar por agentes da Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência e Tecnologia (Finep). Ao menos seis empresas gaúchas teriam sido vítimas do esquema, entre eles um hospital e uma universidade.
12 – Armada por amor, aluna de Direito se envolve com quadrilha
Fazer pose para fotos com armas, drogas e altas quantias de dinheiro é uma forma de mostrar poder para alguns grupos criminosos. O que chamou a atenção da polícia, porém, foi encontrar entre as imagens, em março de 2007, a estudante de Direito Ana Paula Jorge Souza, 21 anos, membro de uma família de classe alta de Campinas. Ela foi presa suspeita de assaltos a residências e casas lotéricas.
Em uma entrevista após a prisão, ela disse que se envolveu no mundo do crime por amor. “Eu me apaixonei por uma pessoa e acabei seguindo alguns passos dela, por que não queria perdê-lo de vista”, afirmou. O namorado dela, Raoni Miranda, 18 anos, suspeito de liderar o grupo, foi preso em agosto. Os membros da quadrilha, porém, inocentaram a jovem e afirmaram apenas que ela deu carona a eles antes de uma das ações, sem saber do assalto.

13 – Viúva da Mega-Sena é suspeita de matar marido
A cabeleireira Adriana Ferreira Almeida viu sua vida mudar completamente em 2005, quando o marido, René Senna, ganhou sozinho R$ 51,8 milhões na Mega-Sena. O humilde casal passou a viver em uma mansão cercado de seguranças e Adriana teria começado a circular em carros de luxo. A sorte acabou em 2007, quando René foi executado em um bar e a ex-cabeleireira foi presa, suspeita de ser a mandante do crime.
A motivação do assassinato, segundo a polícia, foi o medo de Adriana perder seu direito à herança do marido, já que a filha do milionário já havia alertado o pai sobre os gastos desenfreados da mulher. Para cometer o crime, ela teria contratado ex-seguranças de René – um ex-policial e um motorista foram condenados pelo crime em 2009. A viúva responde pelo crime e ainda briga na Justiça pela herança.

14 – Com o namorado, jovem mata os pais para receber herança
Suzane von Richthofen, 19 anos, cursava o primeiro ano da faculdade de Direito em 2002, falava inglês e alemão fluentemente e morava em uma mansão com os pais e o irmão mais novo no Brooklin em São Paulo. Mas o casal Manfred e Marísia não aprovava o relacionamento da primogênita com o desempregado Daniel Cravinhos, 21 anos, e foi brutalmente assassinado. Dias depois, demonstrando uma frieza que surpreendeu policiais e promotores, Suzane confessou ter planejado o crime para ficar com a herança.
Suzane disse ter aberto as portas da casa para que Daniel e seu irmão, Cristian, 26 anos, entrassem armados com barras de ferro e matassem seus pais a pauladas enquanto dormiam. A ligação deles com o crime começou após os irmãos comprarem uma moto à vista com dólares roubados da mansão no mesmo dia do crime. Os três foram condenados, em 2006, a penas que somam 115 anos de prisão e Suzane ainda perdeu o direito à herança milionária dos pais.

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