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sexta-feira, 1 de julho de 2011

Eles têm medo de compromisso

Provavelmente, você já cruzou com um deles por aí. Interessante, bonito, bom de cama, gentil, inteligente. Um príncipe encantado, se não fosse um detalhe: ele tem horror a compromisso!
Tipos como o galã George Clooney, que se separou recentemente da namorada, a apresentadora Elisabetta Canalis, depois que ela deu uma entrevista em que declarou seu desejo em formar uma família e ter dois filhos. Uma coincidência e tanto.
Para a psicóloga Pam Spurr, especialista em relacionamentos do jornal britânico "Daily Mail", Clooney é o típico homem com fobia de compromisso: sempre rodeado de amigas, simpático e atencioso.

Vergonha de querer colo

Não te recrimines por seres tão vulnerável, por precisares tanto do colo de um homem.

E por favor, não te recrimines por esse desejo recorrente de ser novamente carregada no colo através de corredores escuros, aninhada como um pássaro das tempestades nas plumas de uma procelária. Não te recrimines pelos desejos de ser novamente capturada, subjugada, levada por uma mão masculina a varar furacões, mergulhar oceanos gelados. Não te recrimines por seres tão vulnerável, por precisares tanto do colo de um homem: tua fragilidade é evidente, afinal não és mais do que uma mulher carregada de hormônios sobre os quais não tens o menor controle. 


O dilema das mulheres


Imagino-a abraçada no travesseiro, tentando adormecer, pensando no dilema. Ela ainda tem um ar de menina, mas é necessário que se apresse. Precisa encontrar logo um homem que a ame, um homem qualquer, não importa, pois, sem ele, não há como ingressar plenamente na comédia contemporânea. Então, tudo precisa ser planejado com muito cuidado, pois suas chances diminuem rapidamente, na proporção exata em que o tempo deforma seu corpo sem a menor piedade. Mas será isso o que ela realmente quer? Logo ela tão independente, moderna e poderosa? Uma boa sucessão de aventuras não seria bem mais interessante? Teoricamente sim. Ela sabe perfeitamente que sim. No entanto, seus instintos reclamam, gritam, enchem seus ouvidos ancestrais com mentiras deslavadas sobre o perfume das grinaldas. Ela sabe que são mentiras, bromas de quem quer uni-la a algum animal de longo prazo, a um homem que seja só seu, a uma mala que irá carregar pelo resto da vida. Mas finge acreditar. Afinal, esse é o grande troféu na zona de caça. Um bicho de longo prazo. O resto é libidinagem pura, coisa sem futuro. Mas ela não se desespera. Não há a menor razão para tanto. Ao seu redor existem bandos de mulheres na mesma situação. Ela percebe isso com enorme facilidade, sabe que não está sozinha. Então relaxa, abraça novamente o travesseiro e tenta adormecer, pensando no dilema…

Mulheres x Homens Casados…

Homens casados são, em tese, o que de melhor existe para divertir uma mulher sozinha.

Nenhuma mulher em sã consciência cogita em se envolver com homem casado pelas razões óbvias. No entanto, é possível que um bom número delas acabe caindo na rede quase sem perceber.
Homens casados são, em tese, o que de melhor existe para divertir uma mulher sozinha. São menos afobados, devidamente testados por esposas pródigas em informar as melhores amigas sobre suas qualificações e, sobretudo, menos complicados do que as demais espécies que circulam no mercado, como os viúvos, que carregam consigo o trauma da perda, os separados, que carregam a ex-mulher com seus apêndices de praxe, e os solteiros, que, depois de uma determinada faixa etária, ou são uns chatos intoleráveis ou gays prontos para sair do armário a qualquer momento.
O assédio inicial de um homem casado acontece de maneira insidiosa, protegido pelo impedimento virtual do estado civil e facilmente reversível quando não encontra terreno fértil para progredir. Homens casados são uma tentação e tanto para mulheres sozinhas. Depois de instalado o clima, não há regra previsível. Alguns cálices de champanhe, disponibilidade, logística variável e instintos relativamente menosprezados podem abrir portais que a maioria das mulheres nunca antes cogitara em cruzar.
Consumado o fato, vai-se a moral regida pela Bíblia e pelo Código Civil e entram em cena as razões éticas da grande floresta da vida. Uma mulher, nessas circunstâncias, adquire um profundo senso do animal que existe escondido dentro de si e muda para sempre, não sei se para melhor ou pior, só sei que muda.
Acho até legal uma mulher descobrir esse lado desconhecido de sua alma e dominá-lo com a naturalidade de uma amazona do século XXI, mas, para ser coerente com o que já disse anteriormente, não aconselho ninguem a se envolver com homem casado, mesmo sabendo que eles são a melhor opção para divertir qualquer mulher, sobretudo para as que se encontram sozinhas.

O TEMPO DAS MULHERES

Penso na falta de tempo que assola a vida de muitas mulheres, tempo que lhes falta para pensar, para cuidar da alma, para repousar a sombra de uma árvore

Penso nas mulheres e em sua condição feminina tão poderosa e ao mesmo tempo tão frágil. Penso nas injustiças cometidas, nos sofrimentos e nas imensas responsabilidades que repousam sobre seus incansáveis ombros. Penso nos filhos, na família, nas comunidades pelas quais elas velam sem descanso. Penso na falta de tempo que assola a vida de muitas mulheres, tempo que lhes falta para pensar, para cuidar da alma, para repousar a sombra de uma árvore.
Ocorre-me refletir sobre o tempo que muitos homens exigem de suas mulheres e concluo como é injusto restringir-lhes o tempo por razões fúteis. Logo o tempo que, pelo caráter infinito, deveria ser abundante e farto. Ao acordar, sufocada pela falta de tempo uma mulher deveria fugir em louca carreira, ou brandir sua espada com energia cega até que, o tempo finito, cansado dessas circunstâncias malignas, voltasse às suas nascentes, deixando impressas em outro lugar as rugas profundas tão características das mulheres com falta de tempo.
O sexo feminino também precisa de tempo. Do tempo e da sua abundância infinita. E quando digo sexo, me refiro ao sexo mesmo, essa coisa cheia de secreções que acabam envenenadas pela falta de tempo. As mulheres carentes do tempo, além de todas as outras desgraças, ainda estão sob o risco de nunca mais serem alcançadas por um bom homem e sucumbir no mar de secreções venenosas retidas por essa coisa que as pode destruir com enorme facilidade. A maldita falta de tempo…

Por que as mulheres mentem

Mulheres de verdade mentem para valer, sem o menor constrangimento e por razões ancestrais que não guardam relação com dilemas éticos da vida contemporânea.

Por muito tempo, desde os primeiros passos da humanidade, as mulheres precisaram da proteção dos homens para sobreviver. Mulheres abandonadas morriam rapidamente, ponto final. Os tempos mudaram, certamente, mas não tanto. A espécie humana evoluiu, mas preservou intactos genes treinados ao longo de milhões de anos para sobreviver nas condições mais adversas. Para fazer frente à força bruta dos homens, as mulheres ancestrais tinham que ser rápidas na mentira.
No mundo moderno, a mentira perdeu boa parte da sua natureza estratégica para se tornar uma compulsão banal. As mulheres do século XXI continuam mentindo pelo simples fato de dominarem a arte com perfeição. Mentem sempre, sobre tudo, a toda hora. O orgasmo feminino é um desses eventos sobre o qual as mulheres mentem de forma deslavada, sem a menor cerimônia.
Concebido nos porões da cinematografia americana, o padrão-ouro das relações sexuais modernas pressupõe movimentação pélvica sincrônica e consistente para levar ao orgasmo simultâneo. Esse seria o padrão ideal, tolerando-se algumas variáveis, dentro de certos limites, além das quais entraríamos no terreno das perversões. Tudo perfeito, não fossem as dificuldades que algumas mulheres têm para chegar ao orgasmo, sobretudo em meio a coreografias acrobáticas, nem sempre ajustadas ao ritmo incerto de um corpo tão delicado.
Convenhamos! O corpo feminino é um instrumento fácil de desafinar.
Quando o orgasmo simultâneo se repete com muita frequência na vida de um casal, é bom abrir o olho. Quase sempre tem mentira metida no meio. Por conveniência, vergonha ou mesmo espírito solidário, um bom número de mulheres simulariam parte dos seus orgasmos, e, em alguns casos, todos, sem exceção.

A importância do pênis

Quantos pontos você daria?

Se você pedir para um homem apontar numa escala de 1-10 a importância do pênis na relação sexual, pode ficar tranqüila, a resposta será invariavelmente 10, quanto muito 9, nada menos do que isso. O conceito do pênis imperador foi defendido por Freud e ganhou o mundo ocidental com a força de um tsunami. No entanto, gente importante da ginecologia e alguns psicanalistas de renome garantem que a coisa não é bem assim.
O conjunto de eventos que leva à excitação sexual feminina parece complexo como uma nave espacial e frágil como um castelo de cartas, o que reforça a hipótese de que não seria uma reles operação hidráulico-mecânica que iria permear essa infinita rede de delicadas sinapses e neurotransmissores, para comandar a valsa da apoteose. O pênis é relevante, sem dúvida, mas existem outros valores muito prezados pelas mulheres que conspiram a favor, ou contra ele, na bendita hora da onça beber da água sagrada. Um dos conceitos que corre por aí é que a autonomia do pênis seria restrita, e a que ereção masculina seria uma mera resposta ao patamar de excitação feminina, ou seja, quando a mulher não quer, a operação hidráulico-mecânica simplesmente não funcionaria. Que poder! Há quem vá além, afirmando que a histórica tolerância das mulheres com a mais cínica de todas as frases do repertório masculino, antes do surgimento do Viagra – “nunca tinha me acontecido antes” – seria um mero reconhecimento de que a obrigação não fora cumprida (dou-me ao direito de discordar).
Superados os preliminares e com a operação hidráulico-mecânica funcionando perfeitamente, restaria ao pênis levar a mulher ao orgasmo e iríamos todos dormir tranqüilos. Mas aí surge um novo problema. Um expressivo número de mulheres parece não alcançar o orgasmo com facilidade e, mais uma vez, sobrará para o pênis uma encrenca que ele nem sempre saberá como resolver.
Mas finalmente chega o dia em que o “clima” está ótimo, a operação hidráulico-mecânica funcionando novamente a pleno vapor e, o intrincado conjunto corpo-cérebro feminino mergulhado num novelo erótico tão intenso, que o pênis acabará exposto ao maior de todos os desafios: a ejaculação precoce. Segundo as próprias mulheres este seria o mais perturbador de todos os desastres, porque os eventuais pontinhos ganhos por ele em ações preliminares seriam convertidos em secreções prematuras que só aumentariam o pânico da humanidade por entregar tantas responsabilidades a um apêndice tão incapaz em resolver essa banalidade simples do acasalamento animal.
O mais interessante, no entanto, é que, apesar de pouco importante no intercurso entre os sexos, o pênis tem para homens e mulheres uma relevância psicanalítica muito semelhante. Todos são fascinados por ele. Elas, pelo fato de não terem o seu, o próprio, e eles, por se acharem muito poderosos com algo um tanto banal, cujo maior atributo seria essa interminável capacidade de alimentar controvérsia, justamente sobre a real transcendência do seu tão discutível poder.
Resta saber se é realmente assim. O que você acha? Quantos pontos você daria? Não esqueça, de 1 a 10.

Tem livro no Bolsa

Promoção: o que NÃO querem as mulheres?

Este ano lancei um livro, que, por sinal, dá o nome a este blog “Cartas a uma mulher carente”. O livro foi escrito em homenagem às mulheres, sem intenção de decifrá-las, muito menos entendê-las, mas com a esperança de que possa ajudá-las a encontrar com mais facilidade esse tal homem que não existe.
Quer se aventurar por essas linhas? Então responda a pergunta “Afinal,o que as mulheres NÃO querem?”

Os centauros do século XXI

O que parece incomodar as mulheres, de fato, é a falta de um bom entendimento com companheiros, maridos, ex-maridos, amantes, e por aí vai.

O artigo, - “Afinal, o que a mulher quer?” - gerou vários comentários e fiquei feliz em captar o interesse de tanta gente. Senti que estava no rumo certo e fui em frente com o - “Orgasmo das mulheres casadas”. Ai sim, imaginei, iria mexer nos verdadeiros pontos de encalhe das mulheres contemporâneas. Mas que nada. Tudo que colhi foi um silêncio emblemático que me transportou com urgência de volta à pergunta inicial: - Afinal, o que a mulher quer?
Relendo os comentários do primeiro artigo verifico que o orgasmo realmente não parece ser um problema relevante na vida das mulheres, ainda que um número expressivo delas não consiga atingi-lo com facilidade. O que parece incomodar, de fato, é a falta de um bom entendimento com companheiros, maridos, ex-maridos, amantes, e por aí vai.
O fulcro, portanto, não estaria nos pântanos da alma feminina, mas sim, no bojo desse pedestal que exibe um homem cada vez mais corrompido pela cerveja, pelo falta de poder e, sobretudo, pelo vício conquistar todas as mulheres ao mesmo tempo, nunca uma só, o que faria dele um mentiroso contumaz, um traidor maldito, um vendilhão barato da felicidade feminina.
Não quero ser monotemático, mas sou obrigado a insistir na pergunta mais uma vez: o que as mulheres recomendam para esse centauro enfraquecido que ao cair da noite dá banho nas crianças e lava a louça da casa enquanto sua companheira, agora toda poderosa, afia as armas para recomeçar a caçada no dia seguinte? Sem julgar méritos nem atribuir valores, fico curioso de ouvir sugestões que resolvam essa crescente dificuldade de acasalamento que já sinaliza um risco de sobrevivência para a própria espécie.
Deve haver saídas e torço para que saibamos encontrá-las. Como espécie, superamos desafios bem maiores e sobrevivemos. Os dinossauros sumiram, nós não. Desta vez, no entanto, talvez tenhamos que nos transfigurar em bichos híbridos para enfrentar os tempos que vem por ai. Por que não? Como diria o grande Ortega e Gasset: “afinal, se o homem e o cavalo existem, o centauro será sempre uma possibilidade”.

O orgasmo das mulheres casadas

Tenho quase certeza de que as mulheres casadas têm muito mais orgasmos do que as solteiras.

Há evidencias cada vez mais fortes de que o gênero feminino estaria biologicamente mais bem preparado do que o masculino para sobreviver aos desafios do século XXI. Seria uma questão de estrutura cerebral, ou melhor dito, de inteligência aplicada a solução de questões práticas de um mundo cada vez mais complexo e competitivo. Mesmo assim, as mulheres parecem insatisfeitas com algumas pecularidades de sua condição animal. Exemplifico.
Apesar de poderosas e independentes elas continuam fascinadas por homens capazes de tomá-las nos braços e sussurrar mentiras poéticas nos seus ouvidos ávidos de afeto e atenção. Não está fácil atender a isso. Homens de verdade são escassos, a maioria deles casada, portanto fora do alcance das demais mulheres. Sim, porque imagino que poucas delas cogitem em se envolver com homens casados! Não tem o menor futuro, ainda que dentro de uma ótica bastante restrita possa ter lá uma que outra justificativa viável.
A excitação sexual do gênero feminino só evolui para um estágio consistente depois de um complexo desligamento de conexões nervosas que se inicia na amígdala, o centro cerebral do medo e da ansiedade, e só se consolida através de outros estímulos que podem ser completamente anulados com muita facilidade. Sem uma interação competente, as mulheres simplesmente não decolam e não seriam os homens solteiros os melhores pilotos para fazê-las voar. Começa por aí. Mais adiante, para chegarem ao orgasmo, elas vão precisar de estímulos corretos, no local correto, na intensidade correta, sem falar em outras variáveis específicas que só os grandes malabaristas são capazes de entender.
A maioria dos homens não foi devidamente informada sobre o orgasmo feminino. Mas isso não parece de todo ruim, sobretudo quando as carências são devidamente compensadas, em geral por jóias de valor inversamente proporcional à intensidade das trapalhadas noturnas. Mas poderia ser melhor, convenhamos. O orgasmo feminino é uma coisa maravilhosa cuja responsabilidade deveria estar prevista em cláusula pétrea como dever constitucional de todo homem. O orgasmo suga na hora a potencial maldade da alma das mulheres, tornando-as meigas e complacentes.
Apesar de não recomendar aventuras com homens casados, acho que eles têm mais chance de entender os mistérios do orgasmo feminino do que a maioria dos solteiros. Por entre as turbulências de um casamento, talvez tenham mais tempo para estudar o corpo de suas mulheres e resolver seus dilemas íntimos com mais eficiência. Tenho quase certeza de que as mulheres casadas têm muito mais orgasmos do que as solteiras. Na realidade, tenho certeza.

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