Páginas

sábado, 30 de outubro de 2010

Ponto G pode não existir

Maior estudo já realizado sobre o assunto constata que ponto G não existe.
Ponto G pode não existirEstudo realizado no King’s College, em Londres, revelou que o chamado ponto G não existe.
O estudo foi realizado analisando 1.804 mulheres, e não encontrou provas da existência da suposta zona erótica.
A pesquisa foi feita com base em respostas dadas por mulheres, de idades de 23 a 83 anos.
As mulheres eram gêmeas idênticas ou não idênticas – a diferença é que gêmeas idênticas possuem exatamente a mesma configuração genética, já as não idênticas possuem 50% dos genes em comum.
Das mulheres, 56% declararam ter o ponto G, sendo que a maioria era mais jovem e sexualmente ativa do que a média.
Entre as gêmeas, aquelas que são idênticas demonstraram maior tendência a dar uma resposta afirmativa do que as não idênticas.
Para os pesquisadores, no caso de uma das mulheres relatar ter o ponto G, a probabilidade de sua irmã dar a mesma resposta seria mais alta, porém a tendência não foi observada, constatando que o ponto G pode ser apenas um mito.
O ponto G é um aglomerado de terminações nervosas localizado próximo ao clitóris e quando estimulada, provocaria elevados níveis de excitação sexual e orgasmo.
A zona erógena foi descrita pela primeira vez pelo cientista alemão Ernst Gräfenberg, em 1950.
Cientistas acreditam que o ponto G pode ser fruto da imaginação de mulheres, estimulada por revistas e terapias sexuais.
De acordo com Tim Spector, professor de epidemiologia genética e coautor do estudo, esse é de longe o maior estudo já realizado sobre o assunto e mostra, de forma conclusiva, que a ideia do ponto G é subjetiva.
A líder da pesquisa, Andrea Burri, disse que o resultado pode ajudar mulheres e homens que sofrem, sentindo-se inadequados, por não encontrar a procurada zona erógena.
Ela concluiu dizendo que chega a ser irresponsável afirmar a existência de uma entidade que nunca foi comprovada e pressionar mulheres e homens.
A sexóloga Beverley Whipple, que ajudou a popularizar o conceito do ponto G nos anos 70 por meio de livros e uma pesquisa tida como pioneira, considerou o estudo “falho”.
Para a sexóloga, o maior problema com essas conclusões é que gêmeas, normalmente, não têm o mesmo parceiro sexual.
O estudo britânico não levou em consideração a opinião de lésbicas e bissexuais ao analisar efeitos de diferentes técnicas sexuais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário