Páginas

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Os grandes bandidos americanos – Parte I



Uma nação forjada sob o signo da livre iniciativa, da independência e do amor próprio. Estes 3 atributos tão peculiares para a cultura norte-americana de certa forma explicam o tremendo fascínio por transgressores. Ou, em bom e velho português, bandidos.
Os bad guys estão por todo o lado. Estampam jornais, estrelam séries e possibilitam filmaços. Em muitos casos, a história do bandido se torna tão romanceada pela mídia de massa que o vilão se torna mito e escapa totalmente da realidade.
Na galeria de inimigos públicos há de um tudo, sendo que o primeiro é um rei e o mais recente é um judeu. Todos foram tidos como o Grande Bandido Americano de uma forma e de outra e merecem nosso profundo desrespeito e infâmia.
Mais quais foram os criminosos bad ass que realmente valem lembrança, seja pela audácia, loucura ou tipo de crime que realmente chocou a sociedade e, para o bem ou para o mal, tem real impacto até os dias de hoje?
O O.J. Simpson foi absolvido e não entra na lista
Para facilitar a vida, fiz uma lista, que é apenas uma seleção, não um resumo ou um catálogo, foi dividida em tipo de criminoso. Vamos aos aprendizes de Darth Vader:

Bandidos de colarinho branco

Característica: não machucaram ninguém fisicamente, mas suas ações prejudicaram um número enorme de pessoas ao manipular o sistema político ou financeiro.
Richard Nixon: O homem mais poderoso do mundo nos anos 70. Quando presidente dos Estados Unidos (1969 – 74), foi pego com a boca na botija no escândalo de Watergate, momento de sua campanha para reeleição, e virou ícone de mau político norte-americano. Arrogante, autoritário e absolutamente confiante de suas decisões, foi obrigado a renunciar para escapar do impeachment.
Pior crime: inspirar-se em políticos brasileiros
Filme para ver: Frost/Nixon.
Bernard Madoff: Chefe de um esquema de pirâmide extremamente elaborado que destruiu a poupança de centenas de milhares de pessoas e ajudou a piorar o já combalido sistema financeiro norte-americano. “Bernie” foi detido pelo FBI em 2008, acusado de uma fraude que possivelmente alcançou o valor de 65 bilhões de dólares. A Crise financeira americana segue a duras penas até hoje.
Pior crime: fazer abracadabra com o dinheiro alheio
Filme para ver: O documentário recém lançado, intitulado Chasing Madoff (a HBO também está fazendo um filme sobre o fraudador, com o ator Robert De Niro como personagem principal).
Kenneth Lay: Presidente e fundador da gigante de energia Enron Corporation, que contabilmente deixou de existir de um dia para o outro e foi responsável pelo que é considerada a maior falência do mundo.
Pior crime: fraudou durante décadas os registros contábeis da empresa e quando viu não ter mais saida, embolsou US$ 400 milhões vendendo as suas ações antes dos investidores.
Filme para ver: As Loucuras de Dick e Jane.
Câmeras, escândalos e muita grana no bolso

Assassinos

Característica: mataram presidentes ou pessoas muito famosas.
Bruno Hauptmann: Sujeito que sequestrou e depois matou o filho do herói nacional Charles Lindbergh. Hauptmann era alemão e lutou na Primeira Guerra Mundial. Na história do sequestro, reza a lenda que, em 1 de março de 1932, um homem entrou na casa dos Lindbergh pela janela e levou a criança envolvida em um cobertor, deixando apenas uma nota pedindo resgate de U$ 50.000. Em maio do mesmo ano, um cadáver foi encontrado e identificado como o bebê dos Lindbergh. O crime foi atribuído a Hauptmann, que foi condenado à pena de morte e executado em 1936. Até hoje a acusação é questionada por confusões envolvendo as provas do crime.
Pior crime: ter entrado nos Estados Unidos ilegalmente
Para ler: o livro Complô Contra a América, do escritor americano Philip Roth, que conta, na verdade, uma ficção que ocorre a partir dos eventos do sequestro do filho dos Lindbergh.
Mark Chapman: Rapaz muito louco que usou um livro sobre adolescentes rebeldes e fracos de cabeça para assassinar um dos homens mais famosos do mundo. Pra quem anda com a memória meio fraca, Chapman cumpre prisão perpétua nos Estados Unidos por ter atirado, na noite de 08 de dezembro de 1980, em John Lennon.
Pior Crime: ter entendido errado a capa de Sargent Pepper’s e atirado no Beatle errado.
Filme para ver: Chapter 27.
John Wilkes Booth: Esse ator estado unidense levou o jogo de xadrez ao pé da letra e tentou reverter a derrota dos Confederados matando o presidente do ianques. Um tal de Abraham Lincoln, você já deve ter ouvido falar dele. A ideia inicial era sequestrar Lincoln em troca da libertação de prisioneiros Confederados. Em 14 de abril de 1865, Booth adentrou no teatro Ford, em Washington DC, e assassinou o presidente com um único tiro na cabeça.
Pior crime: ser o primeiro em uma linha de assassinos de presidentes norte-americanos
Para ler: Chasing Lincoln’s Killer (só em inglês)
Lee Harvey Oswald: Há 2 versões. Na primeira, ele matou o então presidente John Kennedy sozinho e depois foi assassinado ao vivo na TV por Jack Ruby. Na segunda versão, alienígenas parecidos com o Elvis e falando russo incriminaram ele, que seria sacrificado para que nós tivéssemos os pecados perdoados.
Pior crime: não tirou fotos dos alienígenas.
Filme a ver: JFK, a pergunta que não quer calar
Charles Manson: Líder de uma seita que prega a tortura e morte brutal de esposas grávidas de diretores do leste europeu morando na Califórnia. Refrescando novamente a memória, um pequeno grupo da seita criada por Manson entrou, em 9 de agosto de 1969, na mansão alugada pelo diretor Roman Polanski e assassinou sua esposa Sharon Tate e mais quatro amigos do casal. Sharon estava grávida de 8 meses. Para completar a bizarrice, Manson acreditava que músicas dos Beatles eram mensagens subliminares sobre uma guerra entre brancos e negros. Nesse massacre e em outros, as pessoas que faziam parte da seita escreviam títulos de canções do Fab 4 nas paredes, com o sangue das vítimas.
Pior crime: ter escolhido mal a vítima.
Filme para ver: Helter Skelter.
Temos loucos, temos fanáticos políticos e temos viciados em Beatles

Nenhum comentário:

Postar um comentário