Páginas

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

morre Dina Di Notícia Postada em 20/03/2010 às 14:19:51

Rainha do Hip Hop deixa uma legião de fãs.



Morreu na noite do dia 19 ás 23h30 a rapper Viviane, mais conhecida como Dina Di, lider e integrante do grupo Visão de Rua.

Dina veio a falecer após ser internada em um hospital com problemas de infecção generalizada. Tudo começou após o parto de sua filha aline que ocorreu no ultimo dia 02 de março, no parto a rapper teve complicações chegando a ficar internada por mais de dez dias, porém quando o quadro se estabilizou ela recebeu alta, mas o quadro voltou a piorar e ela foi internada em outro hospital com isso diversos shows e compromissos do mês de março foram cancelados para ela se recuperar, porém a infecção se generalizou agravando o quadro a ponto dela falecer na Sexta-feira(19).

O velório ocorreu no Cemitério da Vila Formosa, localizado na Avenida Flor de Vila Formosa ás 16h00 desse sabado. O marido, filhos e fãs estavam emocionados no enterro daquela que foi um incone no hip hop feminino no Brasil.
Na ultima semana aconteceu o forum estadual de mulheres no Hip Hop, organizado por esse portal em carapicuiba e Dina Di faria o encerramento do evento no Sabado, onde iria receber também um prêmio do portal porém, porém no dia do show sua companheira Lauren compareceu no evento e no palco explicou o ocorrido de que a Dina Di não poderia comparecer pois a mesma estava internada no hospital em recuperação. Sua Filha passa bem e Dina Deixa seu marido, seus dois filhos e uma legião de fãs que agora choram a perca da estrela do hip hop que se consagrou no hip hop ganhando diversos prêmios e apresentando um trabalho de primeira qualidade. http://www.mulheresnohiphop.com.br/?pg=noticia&id=490
  

Um comentário:

  1. Com uma vida nada fácil, ela foi a primeira a esmurrar a porta do barraco brasileiro e anunciar as mulheres no rap. Uma mina de fato, como poucas dentro do hip hop.
    A atitude e a força na voz a fazem a "Rainha do Rap", eternizada mesmo após a confirmação da sua morte às 23h30 de sexta-feira (19).
    Vítima de uma infecção hospitalar após o parto da filha no último dia 2 de março, Dina Di deixou o mundo que nem sempre lhe foi o melhor lugar e partiu.
    No legado ela deixa o estilo e a rima na ponta da língua. Tinha o rapper na carne e transformava as feridas arrombadas em letras.
    Dos CDs gravados, ficou conhecida após se apresentar como "a noiva de chuck" e o casamento só aconteceu há pouco tempo.
    Conheceu o hip hop aos 16 anos e escondida em roupas largas e bonés, apresentou as primeiras rimas, sempre defedendo o universo feminina.
    Morreu após dar a luz, na maior representação feminina que existe, o parto e o nascimento de um filho. Por ser conhecida, tem a história divulgada.
    Vítima de mais um sistema de saúde falido no nosso país.
    Com a visão que tinha da rua, montou um grupo de mesmo nome e gravou três CDs que ganharam os guetos rapidamente.
    Entre as vozes femininas do rap, Dina Di foi quem mais levantou a bandeira do movimento. Vítima do próprio sistema que tenta combater, viveu uma vida literalmente à margem da sociedade.
    Não teve tempo de amamentar a filha como deveria e nem de vê-la crescer. Deixou mais uma, entre as milhares do Brasil, criança sem mãe neste país que não é pátria.
    Mesmo sendo quase invisível no sistema que o hip hop combate, ela foi uma denúnciua andante, conceituou o rap na carne.
    Sempre teve medo de descern do palco e ver a Dina Di morrer. Antes de ir para o hospital, estava agendando shows por todo o Brasil. Não deu tempo de visitar Poços de Caldas.
    Antes de se tornar conhecida, perdeu as contas de quantas vezes passou pela Febem desde que fugir de casa, aos 13 anos.
    O pai de Dina Di era mestre de obras e morreu engasgado com um pedaço de carne num boteco, na periferia. A mãe dela era camelô e foi assassinada dentro de casa, uma morte lenta e dolorosa, ela foi asfixiada com um pedaço de pano que lhe enfiaram na garganta, enquanto estava amarrada com os fios do varal de roupas.
    Mas, nada disso a impediu de escrever com as vísceras e alma, relatando todasas dores que a perfuram.
    Certa vez uma reportagem foi finalizada com a seguinte frase: "palco, diante de milhares de sobras humanas com voz e com raiva, Dina Dee e os seus têm chance de não morrer no beco".
    Que pena que o otimismo não foi o suficiente. Ela morreu antes da hora. Se foi antes do tempo. Não ensinou tudo que podia e nem cantou tudo que queria.
    Mas, talvez nós, que acompanhamos esta trajetória e sabemos das dores de sermos tachados de trapos humanos consigamos melhorar um pouco a nossa periferia, a nossa volta e não percamos mais mulheres para a saúde falida do nosso país.

    ResponderExcluir