— Eu quero me matar.
(silêncio)
— Eu estou apaixonada.
— Você quer se matar porque está apaixonada?
— Acho que sim.
— Mas você só tem dezesseis anos.
— E o que que tem? Não sei quem foi que disse que a gente devia se
matar na adolescência, quando as coisas ainda são bonitas.
— As coisas não são bonitas?
— Não. Odeio cada pedra desta cidade. Cada porta. Cada casa. Cada
cara que passa por mim na rua. Odeio, odeio. Mas não se mate.
(silencio)
— Por favor.
— Por favor o quê?
— Não se mate.
— Ah, esquece. O sol está indo embora. Só falta um terço dele.
— Ninguém se mata por amor.
— Agora só tem uma lasquinha dele, bem vermelha.
— Olha, uma vez eu li um cara, um escritor chamado Cesare Pavese,
que dizia assim: “Ninguém se suicida por amor. Suicida-se porque o amor, não importa
qual seja, nos revela na nossa nudez, na nossa miséria, no nosso estado desarmado, no nosso
nada.”
— E o que aconteceu com ele, esse tal Cesare?
— Se matou.
(silêncio)
(silêncio)
— Eu estou apaixonada.
— Você quer se matar porque está apaixonada?
— Acho que sim.
— Mas você só tem dezesseis anos.
— E o que que tem? Não sei quem foi que disse que a gente devia se
matar na adolescência, quando as coisas ainda são bonitas.
— As coisas não são bonitas?
— Não. Odeio cada pedra desta cidade. Cada porta. Cada casa. Cada
cara que passa por mim na rua. Odeio, odeio. Mas não se mate.
(silencio)
— Por favor.
— Por favor o quê?
— Não se mate.
— Ah, esquece. O sol está indo embora. Só falta um terço dele.
— Ninguém se mata por amor.
— Agora só tem uma lasquinha dele, bem vermelha.
— Olha, uma vez eu li um cara, um escritor chamado Cesare Pavese,
que dizia assim: “Ninguém se suicida por amor. Suicida-se porque o amor, não importa
qual seja, nos revela na nossa nudez, na nossa miséria, no nosso estado desarmado, no nosso
nada.”
— E o que aconteceu com ele, esse tal Cesare?
— Se matou.
(silêncio)
Eu estava triste, você estava ali, comigo. Eu estava feliz, você esteve do meu lado também. Eu consigo, eu posso, é bom lembrar de cada momento que ao seu lado eu passei. Estaremos juntos assim até o dia que amizade acabar. E se não acabar, melhor ainda. Sou capaz de me lembrar de cada um, os mais marcantes. São meus, ninguém me tira. Só me tiram se eles mesmo quiserem, porque se depender de mim, ficariam do meu lado para sempre. E se eu soubesse que aquele momento daquele dia não ia voltar mais, que ouvir um conselho seu eu não ia mais. Se eu soubesse que amizade acabaria. Teria lutado mais para não deixar que isso acontecesse. Eu fico feliz de saber que pelo menos você existe. Um, dois, três, quatro ou até cem. Não importa a quantidade e sim se cada um deles forem de verdade. De longe, de perto são vocês a quem merecem o maior mérito, por ter feito de mim o que sou, através dos pequenos conselhos, pequenos não, grandes conselhos. A vocês eu deixo meu sorriso, meu abraço, meu conforto, minha lágrima, meu beijo, minha saudade. A vocês eu deixo o meu amor. Um dos meus maiores bens, meus amigos.
Sempre!
O infinito, definido por não ter fim. Eu diria que é um pouco mais, bem mais. Algo que vai além, bem mais além. Não tem como medir e nem dizer com meras palavras o que aquilo significa. Você sabe. Eu sei. De alguma forma isso tudo é maior que qualquer coisa, vai além de poucas palavras. E sabe o que mais? Eu preciso desse infinito comigo.. Assim, para sempre.
Dizem que a gente tem o que precisa. Não o que a gente quer. Tudo bem. Eu não preciso de muito. Eu não quero muito. Eu quero mais. Mais paz. Mais saúde. Mais dinheiro. Mais poesia. Mais verdade. Mais harmonia. Mais noites bem dormidas. Mais noites em claro. Mais eu. Mais você. Mais sorrisos, beijos e aquela rima grudada na boca. Eu quero nós. Mais nós. Grudados. Enrolados. Amarrados. Jogados no tapete da sala. Nós que não atam nem desatam. Eu quero pouco e quero mais. Quero você. Quero eu. Quero domingos de manhã. Quero cama desarrumada, lençol, café e travesseiro. Quero seu beijo. Quero seu cheiro. Quero aquele olhar que não cansa, o desejo que escorre pela boca e o minuto no segundo seguinte: nada é muito quando é demais.
Viva!
Eu vejo tantas pessoas que ficam esperando a hora de começar a viver.
Elas esperam o momento perfeito para buscar o emprego ideal... A pessoa certa para se apaixonar... Elas sonham com o que a vida pode ser, mas na hora H não partem para a ação.
Existe sempre um "mas" no meio do caminho. Sempre aparece um defeito na pessoa para não mergulhar na relação, um obstáculo no caminho, um desafio a ser superado antes de começarem a viver: um trabalho por terminar, uma conta a pagar, problemas. Fazem muitas coisas, mas sem intensidade, sem se expor nem se arriscar para valer.
Por não se darem conta de que o tempo está passando, vão desperdiçando a vida, até que um dia percebem que, se ficarem esperando o fim dos obstáculos, sua vida nunca vai começar, pois eles sempre estarão ali, esperando para serem superados. Na verdade esses obstáculos são uma parte fundamental da vida!
Por isso não adianta ficar esperando o momento e o lugar certo, a situação ideal, a pessoa perfeita para então estrear no palco da vida. O espetáculo não começa só quando essas condições ideais se concretizam: Ele está acontecendo AGORA!
É assim que nos entregamos ao jogo da vida: aceitando tudo o que ela nos traz. Porque viver é aprender a fascinante arte de arriscar. É desenvolver a coragem de ir ao encontro dos chamados da vida.
Você não pode escolher a maneira como vai morrer, nem o dia em que isso vai acontecer, mas pode decidir como vai viver agora,neste exato momento!'
Elas esperam o momento perfeito para buscar o emprego ideal... A pessoa certa para se apaixonar... Elas sonham com o que a vida pode ser, mas na hora H não partem para a ação.
Existe sempre um "mas" no meio do caminho. Sempre aparece um defeito na pessoa para não mergulhar na relação, um obstáculo no caminho, um desafio a ser superado antes de começarem a viver: um trabalho por terminar, uma conta a pagar, problemas. Fazem muitas coisas, mas sem intensidade, sem se expor nem se arriscar para valer.
Por não se darem conta de que o tempo está passando, vão desperdiçando a vida, até que um dia percebem que, se ficarem esperando o fim dos obstáculos, sua vida nunca vai começar, pois eles sempre estarão ali, esperando para serem superados. Na verdade esses obstáculos são uma parte fundamental da vida!
Por isso não adianta ficar esperando o momento e o lugar certo, a situação ideal, a pessoa perfeita para então estrear no palco da vida. O espetáculo não começa só quando essas condições ideais se concretizam: Ele está acontecendo AGORA!
É assim que nos entregamos ao jogo da vida: aceitando tudo o que ela nos traz. Porque viver é aprender a fascinante arte de arriscar. É desenvolver a coragem de ir ao encontro dos chamados da vida.
Você não pode escolher a maneira como vai morrer, nem o dia em que isso vai acontecer, mas pode decidir como vai viver agora,neste exato momento!'
Você acompanhou com olhos humildes e humilhados todos os passos da sua ex naquela festa e eu continuei te amando.
Você me largou sozinha naquele hospital, com a minha mãe sem saber se tinha ou não metástase, e foi para a praia com seus amigos bombados. E eu, no fundo, te perdoava, te entendia, te amava cada vez mais. Você me mandou embora da sua casa, do seu carro, da sua vida, da memória do seu computador, do seu celular e do seu coração. Você me deletou. E eu passei quase um ano quietinha, te esperando, rezando pra Santo Antônio te ajudar a ver que amor maior no mundo não poderia existir.e eu me perguntava, quase já sem agüentar mais, sem entender tamanha entrega burra, quando isso finalmente teria um fim. Quando minha coluna ia voltar a ser ereta, minha cabeça erguida e meus passos firmes? Quando eu iria superar você?
Você me largou sozinha naquele hospital, com a minha mãe sem saber se tinha ou não metástase, e foi para a praia com seus amigos bombados. E eu, no fundo, te perdoava, te entendia, te amava cada vez mais. Você me mandou embora da sua casa, do seu carro, da sua vida, da memória do seu computador, do seu celular e do seu coração. Você me deletou. E eu passei quase um ano quietinha, te esperando, rezando pra Santo Antônio te ajudar a ver que amor maior no mundo não poderia existir.e eu me perguntava, quase já sem agüentar mais, sem entender tamanha entrega burra, quando isso finalmente teria um fim. Quando minha coluna ia voltar a ser ereta, minha cabeça erguida e meus passos firmes? Quando eu iria superar você?
Eu tenho vontade de matar as pessoas que colocam TUDO no orkut, exemplos: ‘Aiii poque você me deixou! Estou triste’; ‘Feliz porque ele me ama’; ‘Eu não quero mais você’; ‘Minha mãe brigou comigo’; ‘Meu peixe morreu’… etc. Eu tenho vontade de esfregar a cara delas no chão. Tem que sofrer muito minha filha, tem que ser largada por um milhão de homens e vê se aprende que amor não se implora. Vê se aprende que se ele gosta, uma frase no orkut não significa nada. Vê se aprende que se ele não gosta, você pode escrever até o RG dele no seu orkut, ele nem vai ter a capacidade de ler.Aprende. Aprende. Aprende que dói menos.
Por um tempo eu esperei. Pensei que voltaria a ter o controle sobre tudo. Eu gosto de ter o controle, gosto de tudo programado. Abro o portão de casa com um clique, ligo a Televisão, aumento o som, mudo de estação, tudo pelo controle remoto. Sou moderno, mas eu queria ser antiquado, queria ter tido uma vida clichê, ter casado com um galã de novela, ter quem todos os dias me dissesse "eu te amo" e o direito constitucional de ter o meu final feliz, mesmo antes de ser mesmo o final. Mas a minha vida nunca foi assim. As coisas nunca começaram no momento em que eu dei o play, o mundo não me deixou respirar quando dei pause, nem pude te ver de novo em todas as centenas de vezes em que tentei retroceder.
Qualquer coisa
Fica parado à porta e eu nem vejo, estou de costas fazendo coisas como escrever, limpar cinzeiros ou olhar o céu pela janela. Fica parado à porta uma porção de tempo, e eu nem vejo, mas dura pouco. Em seguida algum toque quente como um olhar fixo começa a me queimar a nuca, então abandono o que eu estou fazendo, seja o que for, e não sei bem se me volto lenta ou rapidamente, para surpreendê-lo no momento exato de baixar os olhos e afastar a mão apoiada na parede, como se recém chegasse e não estivesse parado ali uma porção de tempo, olhando. Sei que está azul, ou verde, ou branco, talvez os três juntos, talvez outros ainda, talvez nenhum: mas me volto rápida ou lentamente, e nesse movimento qualquer coisa que tenho entre as mãos cai ao chão, e antes de dizermos qualquer coisa há a necessidade quase milenar de curvar-se para apanhar o objeto caído, um livro, um cigarro, provavelmente um estrela. E só depois ou durante o tempo em que vêm subindo no ar as mãos douradas segurando essa coisa qualquer é que nos olhamos e começa a entrar no mar sem medo antigo, e pela primeira vez a água não parece fria nem escura, nem arde nos olhos quando mergulho. Mergulho fundo para voltar em seguida à tona, mas não consigo, qualquer coisa como algas ou raízes ou peixes ou mesmo estrelas me prendem a esse fundo de fogo claro. E me debato sem vontade, sabendo que além da superfície há um dia esmaecido, que ainda é outono e um pajem caminha num parque qualquer, todas as tardes com um livro ou uma folha nas mãos douradas e sozinhas. Mas é azul à minha volta, e embora me doa esse azul entrando pelos sentidos, é ali que quero ficar agora, naquele fundo claro de fogo, com algas de madrepérola aprisionando meus tornozelos, alguns tesouros além, navios piratas, ouros, terras, sereias.
Faço um movimento brusco e venho à tona como se voltasse a mim, e vou saindo lentamente do azul, sento na areia áspera e fico olhando a superfície que volta a ser polida e fria como vidro. Antigo medo, que me encara com olhos que guardam algas de madrepérola no claro fogo do fundo, e que recusa me matar de azul, porque talvez eu não suportasse, e não posso morrer porque é preciso, ainda, sacudir a areia da roupa branca e estender a mão para o livro, cigarro ou estrela que sobe em outras mãos douradas. E sorrir, então, e dizer bom-dia, boa-tarde, talvez boa-noite, e convidar a sentar, como se costuma nessas situações, e explicar sempre que não há muito onde sentar, e espalhar cinzeiros, fechar a porta, escolher rapidamente um disco lento e abandonar a coisa que estivesse fazendo para sentar no canto oposto da cama, talvez cruzar as pernas, acender um cigarro, abrir um livro, olhar uma estrela e falar ouvir durante horas coisas duras e inúteis, e de repente me perceber novamente deslizando para um mar aberto feito boca, convite na esquina, veludo atrás de vidraça, e não ceder porque não seria de esperar que eu cedesse agora, nessas situações, embora me consuma, e penso. Então sorrir e afastar com delicadeza as inúteis durezas até que nos aproximemos das tardes no parque, e era sempre outono. E de repente como girar numa roda louca que jogo de novo eu mesmo neste mesmo parque, com este mesmo livro ou esta mesma folha onde vou desenhando devagar uma estrela enquanto o cigarro queima em fogo claro, e depois ler ou ficar à toa olhando os verdes fumando à espera que um pajem passe de mãos sozinhas que faça encher de encantos as algas de madrepérola me seguram pelos pulsos e eu não resisto e já não importam os parques os pajens as folhas os livros os cigarros as estrelas as guitarras a loucura dos líquidos derramados sobre o tapete que tudo absorve há dezesseis anos:
apenas essas algas nos meus pulsos e os tesouros as sereias os reis com suas capas de arminho os atlantes os castelos e parques sem adolescentes sem folhas nem livros em árvores sem esperas e bancos despidos de inscrições parques verdes de paz e uma coisa grita pouco abaixo do meu centro escuro mas eu a trato como o lenhador à serpente entanguida eu a levo para casa preparo fogo e alimento e abro as janelas e portas para voltar correndo às algas de madrepérola que agora se afrouxam e me soltam lentamente para me abandonar outra vez na mesma praia de areia seca olhando esse mar frio que se recusa a me matar de azul e me dói exatamente como se eu fosse um menino pobre a quem se mostrassem um doce da janela de um carro em alta velocidade. Vou escrevendo poemas como Anchieta pelo corrimão branco da escada e abro uma porta escura para a rua cheia de cotovelos, dentes rangendo, hesitações, temores, diplomas e [ilegível]. Depois volto devagar por um caminho que já não consigo decifrar, e me perco em labirintos pela sala vazia, ligodesligo ingridbogarthumphreybergmann e o leite escorre pela minha garganta seca de areia, de água salgada, de ar rarefeito, e tento novamente descobrir tesouros escondidos pelos cantos, como ninhos de Páscoa, e tento reescrever poemas desfeitos pelo vento no corrimão branco, e tudo de repente se fecha em torno de mim como uma bola cheia de espinhos, mas sorrio, contido, e dou as costas para a porta e depois volto a fazer coisas como escrever, limpar cinzeiros ou olhar o cé pela janela. E não espero que outra vez um toque quente como um olhar fixo me queime a nuca e me voltar para encontrar um valete de paus, de mãos estendidas para esse objeto qualquer caído há pouco, um livro, um cigarro, provavelmente um estrela.
Faço um movimento brusco e venho à tona como se voltasse a mim, e vou saindo lentamente do azul, sento na areia áspera e fico olhando a superfície que volta a ser polida e fria como vidro. Antigo medo, que me encara com olhos que guardam algas de madrepérola no claro fogo do fundo, e que recusa me matar de azul, porque talvez eu não suportasse, e não posso morrer porque é preciso, ainda, sacudir a areia da roupa branca e estender a mão para o livro, cigarro ou estrela que sobe em outras mãos douradas. E sorrir, então, e dizer bom-dia, boa-tarde, talvez boa-noite, e convidar a sentar, como se costuma nessas situações, e explicar sempre que não há muito onde sentar, e espalhar cinzeiros, fechar a porta, escolher rapidamente um disco lento e abandonar a coisa que estivesse fazendo para sentar no canto oposto da cama, talvez cruzar as pernas, acender um cigarro, abrir um livro, olhar uma estrela e falar ouvir durante horas coisas duras e inúteis, e de repente me perceber novamente deslizando para um mar aberto feito boca, convite na esquina, veludo atrás de vidraça, e não ceder porque não seria de esperar que eu cedesse agora, nessas situações, embora me consuma, e penso. Então sorrir e afastar com delicadeza as inúteis durezas até que nos aproximemos das tardes no parque, e era sempre outono. E de repente como girar numa roda louca que jogo de novo eu mesmo neste mesmo parque, com este mesmo livro ou esta mesma folha onde vou desenhando devagar uma estrela enquanto o cigarro queima em fogo claro, e depois ler ou ficar à toa olhando os verdes fumando à espera que um pajem passe de mãos sozinhas que faça encher de encantos as algas de madrepérola me seguram pelos pulsos e eu não resisto e já não importam os parques os pajens as folhas os livros os cigarros as estrelas as guitarras a loucura dos líquidos derramados sobre o tapete que tudo absorve há dezesseis anos:
apenas essas algas nos meus pulsos e os tesouros as sereias os reis com suas capas de arminho os atlantes os castelos e parques sem adolescentes sem folhas nem livros em árvores sem esperas e bancos despidos de inscrições parques verdes de paz e uma coisa grita pouco abaixo do meu centro escuro mas eu a trato como o lenhador à serpente entanguida eu a levo para casa preparo fogo e alimento e abro as janelas e portas para voltar correndo às algas de madrepérola que agora se afrouxam e me soltam lentamente para me abandonar outra vez na mesma praia de areia seca olhando esse mar frio que se recusa a me matar de azul e me dói exatamente como se eu fosse um menino pobre a quem se mostrassem um doce da janela de um carro em alta velocidade. Vou escrevendo poemas como Anchieta pelo corrimão branco da escada e abro uma porta escura para a rua cheia de cotovelos, dentes rangendo, hesitações, temores, diplomas e [ilegível]. Depois volto devagar por um caminho que já não consigo decifrar, e me perco em labirintos pela sala vazia, ligodesligo ingridbogarthumphreybergmann e o leite escorre pela minha garganta seca de areia, de água salgada, de ar rarefeito, e tento novamente descobrir tesouros escondidos pelos cantos, como ninhos de Páscoa, e tento reescrever poemas desfeitos pelo vento no corrimão branco, e tudo de repente se fecha em torno de mim como uma bola cheia de espinhos, mas sorrio, contido, e dou as costas para a porta e depois volto a fazer coisas como escrever, limpar cinzeiros ou olhar o cé pela janela. E não espero que outra vez um toque quente como um olhar fixo me queime a nuca e me voltar para encontrar um valete de paus, de mãos estendidas para esse objeto qualquer caído há pouco, um livro, um cigarro, provavelmente um estrela.
E eis que depois de uma tarde de “quem sou eu” e de acordar à uma hora da madrugada ainda em desespero – eis que às três horas da madrugada acordei e me encontrei. Fui ao encontro de mim. Calma, alegre, plenitude sem fulminação. Simplesmente eu sou eu. E você é você. É lindo. É vasto, vai durar. Eu não sei muito bem o que vou fazer em seguida, mas por enquanto olha pra mim e me ama. Não! Tu olhas pra ti e te amas, é o que está certo.
No fim das contas, eu não sou dona de nada. Nem dona do meu destino, nem do meu caminho. Nem do meu ar, nem do brilho que eu teimo em carregar no olhar. Nem dona da cor, nem do cinza, nem de nada. Nem do que é, nem do que passou ou do que virá. Nem dona das palavras, nem dos sentimentos. Nem dos momentos, nem dos meus medos. Nem dona do que eu penso que é meu, nem do que eu quero ganhar um dia. Nem do chão onde eu piso, nem dos pensamentos que já me fugiram e não voltam jamais. Nem dona da minha imagem, nem do que o espelho teima em refletir. Eu não sou dona de nada. Mas no fim das contas o que é meu sou eu e o sorriso que eu não levo guardado, levo estampado, como uma bandeira que eu faço questão de mostrar não sei nem porquê.
O mais estranho é parar pra pensar, é perceber que as coisas tomaram um rumo diferente do que se planejava. É extremamente difícil entender o porquê de tudo, querer explicações, que na realidade, não existem. As coisas acontecem como devem acontecer. Amores fortes tomam conta de nós e em questão de tempo eles deixam de ser tão fortes assim, acabamos nos acostumando. Alguns amigos às vezes são tudo o que temos, mas o tempo vem e os leva de nossos caminhos, viram boas lembranças. Tudo está em contínua mudança, hoje sei que a pior dor é as do costume, é a do apego a algo ou alguém. Rotinas que se tornam chatas, mas que se deixassem de ser como são, tudo seria ainda mais chato. Digo de ver aquela pessoa nos mesmos dias, fazer as mesmas coisas nos mesmos dias, em algum momento iremos querer mudar. O que sei é que a partir do momento que isso deixa de acontecer, fará falta. Tentar não olhar pra trás nem sempre é suficiente, olharás ainda que não queiras, porque todos nós precisamos disso, involuntariamente queremos reviver cada minuto dos bons que passamos e talvez até voltar naquele dia ruim, só pra ver se hoje faria diferente, se encontraria alguma razão. Podemos encontrar dentro de nós, nosso melhor amigo e inimigo. Você tem decisões a ser tomadas e não poderá fugir disso, ainda que seja ruim quando a questão é escolher entre o sim e o não. Algumas pessoas e momentos passam despercebidos em nossas vidas e sabemos que faria diferença se déssemos mais valor, se talvez percebêssemos que tudo pode ser mais, que de todos os momentos pode se arrancar algo bom, desde um aprendizado até sorrisos inesquecíveis.
Nada como acordar e enxergar tudo de melhor que a vida tem oferecido. Hoje senti algo diferente, senti que nada é tão ruim quanto pensei, a vida não é tão cruel como eu dizia aos quatro cantos ao me lamentar por problemas pequenos. Cada oportunidade que tenho recebido, cada porta que tem se aberto, eu agora posso ver tudo e sei o quanto vale, o quanto posso fazer valer. Cansei de chorar por coisas sem importância, passo a entender realmente a realidade, inclusive a verdade daquela frase tão dita por nossos pais, ah, adultos tão chatos, aqueles que insistem em dizer: 'isso não é nada, tem gente morrendo, passando fome e você reclama?'. Disse tantas vezes que isso é coisa de velho, que não entendem o que sentimos nunca, mas após parar pra pensar realmente nisso e ver essa realidade de perto, vi que era apenas uma menina egoísta e talvez até mimada diante de toda essa situação. Não estou falando que só porque você não passa fome nem dificuldades para sobreviver que você não pode chorar, NÃO! Sei que somos todos seres humanos, e podemos chorar a hora que quisermos, seja lá pelo que for. Só não pense que sua vida é a pior de todas, que é tudo uma merda e nada tem solução. E também esteja ciente de que chorar é normal e direito de cada um, mas não conserta nada, não vale a pena. Abra seus olhos pra vida que tem, não seja tão ignorante assim. É tudo difícil, mas nada tão ruim e impossível que não passe sem que você derrame sequer uma gota de lágrima.
Seu calor sobre o travesseiro desapareceu e hoje me faz falta
As recordações não me deixam ver que nada será como ontem
A dor me desarma e chorar já não me acalma.
Pouco a pouco começo a enlouquecer e não sei que poderá vir depois
Podem me cegar a fé mas eu volto a acreditar que isto não se acaba
Sonho que tento te beijar e volto a me queimar.
A vida me escapa e ainda que cada vez doa mais eu não quero te esquecer
Hoje não resta nada de um amor que se apaga, pouco pouco começo a entender
que não me resta tanto que perder.
Olho o relógio e começo aceitar que o tempo me atrapalha e um segundo finjo que quero escapar mas volto por mais, e no final já não há mais.
E ainda que cada vez doa mais em minha alma não quero te esquecer.
As recordações não me deixam ver que nada será como ontem
A dor me desarma e chorar já não me acalma.
Pouco a pouco começo a enlouquecer e não sei que poderá vir depois
Podem me cegar a fé mas eu volto a acreditar que isto não se acaba
Sonho que tento te beijar e volto a me queimar.
A vida me escapa e ainda que cada vez doa mais eu não quero te esquecer
Hoje não resta nada de um amor que se apaga, pouco pouco começo a entender
que não me resta tanto que perder.
Olho o relógio e começo aceitar que o tempo me atrapalha e um segundo finjo que quero escapar mas volto por mais, e no final já não há mais.
E ainda que cada vez doa mais em minha alma não quero te esquecer.
Se eu falasse todas as línguas, as dos homens e as dos anjos, mas não tivesse amor, seria como um bronze que soa ou um címbalo que retine. Se eu tivesse o dom da profecia, se conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, se tivesse toda a fé, a ponto de remover montanhas, mas não tivesse amor, nada seria. Se eu gastasse todos os meus bens no sustento dos pobres e até me fizesse escravo, para me gloriar, mas não tivesse amor, de nada me aproveitaria. O amor é paciente, é benfazejo; não é invejoso, não é presunçoso nem se incha de orgulho; não faz nada de vergonhoso, não é interesseiro, não se encoleriza, não se alegra com a injustiça, mas fica alegre com a verdade. Ele desculpa tudo, crê tudo, espera tudo, suporta tudo. O amor jamais acabará. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência desaparecerá. Com efeito, o nosso conhecimento é limitado, como também é limitado nosso profetizar. Mas quando vier o que é perfeito, desaparecerá o que é imperfeito. Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Quando me tornei adulto, rejeitei o que era próprio de criança. Agora nós vemos num espelho, confusamente, mas, então veremos face a face. Agora, conheço apenas em parte, mas, então, conhecerei completamente, como sou conhecido. Atualmente permanecem estas três: a fé, a esperança, o amor. Mas a maior delas é o amor.
(Primeira carta de São Paulo aos Coríntios; capítulo 13)
(Primeira carta de São Paulo aos Coríntios; capítulo 13)
Saída
Que você deveria saber que eu acabei apenas desenhando esses dois riscos nos meus punhos,sem coragem de pesar a mão sobre os meus braços e fazer cortes mais profundos.que você deveria saber que esses olhos vermelhos são por chorar,escondida no banheiro,sufocando os soluços com a mão,sentada sobre o chão gelado,evitando o espelho pra não ver minha cara com maquiagem borrada e lápis preto escorrido pelo rosto,como lágrima negra até o queixo.que você deveria saber que mesmo assim sem forças,eu joguei aquelas flores mortas do vaso e saí pra comprar uma dúzia de novas,brancas.e,que na volta,arranquei os sapatos e acelerei descalça querendo jogar o carro contra o poste e contra o muro e contra um monte de coisas que eu vi pelo caminho.que você deveria saber que eu passei a tarde toda gritando com a cabeça enfiada no travesseiro fazendo a voz sumir aos poucos.e que eu quebrei um copo na parede da sala,manchando aquele bege,cor de nada com o vermelho do resto do vinho.que você deveria saber que eu saí no meio da chuva,pisando poças e passando sob as goteiras e pedindo pra que um raio apenas um daqueles todos,me acertasse em cheio.eu achei que você deveria saber que eu achei que você deveria saber um monte de coisas,antes de me deixar.que eu mandei trocar as fechaduras da porta enquanto você dormia.achei que você deveria saber que com essa chave você não vai embora.que ela não serve pra mais nada.eu achei que deveria saber que agora você só sai daqui se for por essa janela.pulando,assim como eu.
Deixa estar;
Quando os redemoinhos não levam pra parte que mais doí, quando as músicas que antes sufocavam se tornam apenas músicas, e toda aquela força pra esquecer se torna vontade de lembrar, porque lembrar já não machuca. Então a única coisa a ser atravessada é a fase da procura, é saber distrair-se o bastante a ponto de. Um pouco de serenidade quando os dias anteriores foram duros e cinzas. E agora com muita calma – ou urgência – tranquilizar-se com o que acontece, com o que está prestes a acontecer, e conformando-se com a alternativa de nada vir a acontecer, mas saber reconhecer cada minuto diferente do que era. O pior já passou. Lembrando sempre e não morrendo a cada esquina mais. Suspirando aliviada por entre as coisas do dia-a-dia, até deixar de ser. Bastando-se apenas. É hora de voar com asas novas. E não ter pressa, que só assim as belas coisas não fugirão aos olhos. Acreditar que pode ser e que tudo vai dar certo, e mesmo atolada de dificuldades e medos sentir que tudo ficará bem na hora certa, tudo, tudo bem. E mesmo sem grandes novidades, sentir como se pudesse libertar antigos sentimentos, mesmo que os sonhos, os poços e as marcas continuem as mesmas. Voltar a ver o céu sem nuvens, sem más cortinas de ilusão, sem cinzas permanente e principalmente sem a falta de esperança. Fazer surgir uma roda cheia de acasos e encontros futuros. E ser breve, como a tempos não era.
vontade,
“volta que eu te cuido e não te deixo morrer nunca”
Acordei no susto. Coração acelerado, disparado, descompassado, esmagado de medo. O palpitar do músculo me fez abrir os olhos para a manhã quase azul ou cinza – vermelha talvez. Numa dessas noites de setembro ou de outubro - não me recordo - sonhei que você tinha morrido, e por isso o desespero. Foi realmente assustador. Antes e apesar de você morrer – no sonho – aquela de longe era a melhor alucinação – e verdade - dos últimos meses. Você me aparecia calmo, com sua postura de homem maduro, com seus lábios contraídos em um pequeno sorriso, vestido todo de branco, lindo -, quase como me apareceu na primeira vez, no primeiro sonho que tive com você. Dessa vez foi mais difícil chegar perto de ti, não que houvesse alguma barreira humana nos separando, mas porque tu me parecia completamente intocável – talvez tenha sido isso que você evitou tanto, não é? Queria ser tocado, sentido, mas havia o medo e tantas outras coisas, eu sei. Afundando-se cada vez mais no irreal, típico sujeito digno de se levantar uma estátua em alguma praça em um lugar remoto - intocável. Mas naquele momento você era apenas você, sem nenhum artificio. E eu precisava – mais do que nunca – te tocar, te sentir. Desejava com todas as minhas forças que ao estender o braço, e depois os dedos lentamente, eu conseguisse te alcançar. Ridiculamente então perguntei: "Posso te tocar? Preciso saber se você é mesmo real, se voce realmente existe". Eu precisava te conhecer antes de voce ir e você só podia ir se me conhecesse, assim me parecia. E tu com sua face tranquila me olhava como se visse em mim alguma de suas personagens inquietas e perdidas. Fechando os olhos então voce assentiu, feito um mestre antigo, parecendo aquelas coisas de zen budismo, de um cara que sabe o que faz - ou não. Totalmente real, entendi assim que senti seu cheiro de dores. Eu te olhava fixamente como se esperasse entender tudo o que tinha dentro de você. Ah! Se eu pudesse te virar do avesso e saber todos os motivos que tinham chamado tanto minha atenção. E eu sabia, embora revestido de exageros e ficção, eu sabia o quão dolorido eram seus dias – porque os meus também eram. E sua dor era a minha e de muita gente, suas verdades abriam a tampa dos meus sufocos e criava – sem querer – novas angustias, mas que eram tão suas que eu não ousaria tomar conta. Queria saber a razão de todas as fugas, de todas as palavras cortadas, de todo o sangue derramado nas linhas – mas mesmo te perguntando você apenas respondia: é a vida baby, apenas a vida, um dia de merda, outro dia de hortelãs e violetas. A vida te fez assim, plenamente feliz em sua tristeza, e por ter te feito assim acabou também por me transformar em um poço sem fundo, mas completo e sólido. Só por você existo, porque sou apenas mais uma de suas invenções, sou descrita em seu olhar – agora brilhante – com minha nudez repentina, de querer tirar tudo que é acúmulo desnecessário em mim, de não querer deixar a xícara transbordar. E tu a favor desse excesso, dessas borboletas feias, dessas ervas daninhas, dessa dor peneirada e transformada em coisas que só você sabe dizer, só você e ninguém mais. Tudo estava perfeito, eu te contava tudo e declamava com vontade todos os versos que eu pacientemente decorei. Não sei se você gostou de ouvir da minha boca todo o seu escuro, todo o seu breu claro como luz. Deve ter sido difícil, tanto tempo apenas dizendo, esperado, se entregando. Sim, eu quis dizer que me afastava porque vezenquando você me doía muito, mas não disse, não me soava necessário. E tudo era natural, você de carne e osso feito eu, tão frágil meu Deus, vontade de te cuidar, de te pegar no colo, de dizer que te cuido, de dizer que posso ser sua história feliz, de dizer que não deixo que te matem, que te façam sofrer tanto. Tenho certeza que você colocaria as verdades em frases perfeitas e talvez não acabaria em uma história tão feliz assim, mas seria apenas minha e sua. Eu pegaria sua mão e não partiria sem dizer nada naquele ônibus, eu estaria além do ponto, te mandaria cartas bonitas e chegaria perto, seria o dragão a morar contigo, jogaria fora meus sapatinhos vermelhos pra te dizer que Paris pode sim ser uma festa, que eu não me importaria se houvesse um corpo de homem que por coincidência seria um corpo de homem igual ao seu, e faria tudo que ainda nem sei como funciona. Se tudo isso acontecesse você pararia não é? Por isso nada aconteceu. Não chegou a ser. O sonho estava prestes a se tornar pesadelo, se tornar o motivo do desespero amanhecido. Estava sentada ao seu lado, você meditava ou olhava o horizonte, te via apenas de perfil e respeitava seu silêncio, porque o conhecia. E foi nesse momento que as coisas mudaram. Não sei como aconteceu, mas quando me vi estava debruçada no chão com apenas um pensamento estampado na cabeça, algo como um: isso não pode acontecer, tive tão pouco tempo. E como numa epifania eu vi que aquele carro que passava diante de nós não era apenas um carro, mas sim pessoas da realidade tentando acabar com sua fantasia. Que aquele metal preto não era apenas um metal preto, mas uma arma. E que aquela mancha vermelha bem no meio da sua testa – agora vista de frente – não era apenas uma mancha daquelas, era sangue, um sangue de um tiro silencioso e mortal. Eu pensava: não é assim que você morre, não tem que ser assim, justo agora. Sai correndo, de covardia – mais do que de susto. Pulei os portões, as grades. Apesar do primeiro instinto de própria salvação, eu precisava avisar alguém, o rádio, a tv talvez, dizer que você foi assassinado, dizer que. O coração acelerado, disparado, descompassado, esmagado de medo. Pensei antes de abrir os olhos: pelo menos te conheci antes de você ir e você me conheceu, podendo ir assim em paz. Como se eu fosse importante, seu diálogo bem mais construído, como se você quisesse ter aparecido pra mim em sonho – pela segunda vez. Levantei da cama na manhã azul ou cinza – vermelha talvez, caminhei lentamente até a máquina de escrever, e você estava ali, vivo, óculos no rosto, concentrado nos papéis, contraindo os lábios em um pequeno sorriso, me chamando pra ver o que tinha acabado de escrever, mas dessa vez eu não ousei chegar perto, eu nem ao menos ousaria te tocar – não depois de tudo.
Acordei no susto. Coração acelerado, disparado, descompassado, esmagado de medo. O palpitar do músculo me fez abrir os olhos para a manhã quase azul ou cinza – vermelha talvez. Numa dessas noites de setembro ou de outubro - não me recordo - sonhei que você tinha morrido, e por isso o desespero. Foi realmente assustador. Antes e apesar de você morrer – no sonho – aquela de longe era a melhor alucinação – e verdade - dos últimos meses. Você me aparecia calmo, com sua postura de homem maduro, com seus lábios contraídos em um pequeno sorriso, vestido todo de branco, lindo -, quase como me apareceu na primeira vez, no primeiro sonho que tive com você. Dessa vez foi mais difícil chegar perto de ti, não que houvesse alguma barreira humana nos separando, mas porque tu me parecia completamente intocável – talvez tenha sido isso que você evitou tanto, não é? Queria ser tocado, sentido, mas havia o medo e tantas outras coisas, eu sei. Afundando-se cada vez mais no irreal, típico sujeito digno de se levantar uma estátua em alguma praça em um lugar remoto - intocável. Mas naquele momento você era apenas você, sem nenhum artificio. E eu precisava – mais do que nunca – te tocar, te sentir. Desejava com todas as minhas forças que ao estender o braço, e depois os dedos lentamente, eu conseguisse te alcançar. Ridiculamente então perguntei: "Posso te tocar? Preciso saber se você é mesmo real, se voce realmente existe". Eu precisava te conhecer antes de voce ir e você só podia ir se me conhecesse, assim me parecia. E tu com sua face tranquila me olhava como se visse em mim alguma de suas personagens inquietas e perdidas. Fechando os olhos então voce assentiu, feito um mestre antigo, parecendo aquelas coisas de zen budismo, de um cara que sabe o que faz - ou não. Totalmente real, entendi assim que senti seu cheiro de dores. Eu te olhava fixamente como se esperasse entender tudo o que tinha dentro de você. Ah! Se eu pudesse te virar do avesso e saber todos os motivos que tinham chamado tanto minha atenção. E eu sabia, embora revestido de exageros e ficção, eu sabia o quão dolorido eram seus dias – porque os meus também eram. E sua dor era a minha e de muita gente, suas verdades abriam a tampa dos meus sufocos e criava – sem querer – novas angustias, mas que eram tão suas que eu não ousaria tomar conta. Queria saber a razão de todas as fugas, de todas as palavras cortadas, de todo o sangue derramado nas linhas – mas mesmo te perguntando você apenas respondia: é a vida baby, apenas a vida, um dia de merda, outro dia de hortelãs e violetas. A vida te fez assim, plenamente feliz em sua tristeza, e por ter te feito assim acabou também por me transformar em um poço sem fundo, mas completo e sólido. Só por você existo, porque sou apenas mais uma de suas invenções, sou descrita em seu olhar – agora brilhante – com minha nudez repentina, de querer tirar tudo que é acúmulo desnecessário em mim, de não querer deixar a xícara transbordar. E tu a favor desse excesso, dessas borboletas feias, dessas ervas daninhas, dessa dor peneirada e transformada em coisas que só você sabe dizer, só você e ninguém mais. Tudo estava perfeito, eu te contava tudo e declamava com vontade todos os versos que eu pacientemente decorei. Não sei se você gostou de ouvir da minha boca todo o seu escuro, todo o seu breu claro como luz. Deve ter sido difícil, tanto tempo apenas dizendo, esperado, se entregando. Sim, eu quis dizer que me afastava porque vezenquando você me doía muito, mas não disse, não me soava necessário. E tudo era natural, você de carne e osso feito eu, tão frágil meu Deus, vontade de te cuidar, de te pegar no colo, de dizer que te cuido, de dizer que posso ser sua história feliz, de dizer que não deixo que te matem, que te façam sofrer tanto. Tenho certeza que você colocaria as verdades em frases perfeitas e talvez não acabaria em uma história tão feliz assim, mas seria apenas minha e sua. Eu pegaria sua mão e não partiria sem dizer nada naquele ônibus, eu estaria além do ponto, te mandaria cartas bonitas e chegaria perto, seria o dragão a morar contigo, jogaria fora meus sapatinhos vermelhos pra te dizer que Paris pode sim ser uma festa, que eu não me importaria se houvesse um corpo de homem que por coincidência seria um corpo de homem igual ao seu, e faria tudo que ainda nem sei como funciona. Se tudo isso acontecesse você pararia não é? Por isso nada aconteceu. Não chegou a ser. O sonho estava prestes a se tornar pesadelo, se tornar o motivo do desespero amanhecido. Estava sentada ao seu lado, você meditava ou olhava o horizonte, te via apenas de perfil e respeitava seu silêncio, porque o conhecia. E foi nesse momento que as coisas mudaram. Não sei como aconteceu, mas quando me vi estava debruçada no chão com apenas um pensamento estampado na cabeça, algo como um: isso não pode acontecer, tive tão pouco tempo. E como numa epifania eu vi que aquele carro que passava diante de nós não era apenas um carro, mas sim pessoas da realidade tentando acabar com sua fantasia. Que aquele metal preto não era apenas um metal preto, mas uma arma. E que aquela mancha vermelha bem no meio da sua testa – agora vista de frente – não era apenas uma mancha daquelas, era sangue, um sangue de um tiro silencioso e mortal. Eu pensava: não é assim que você morre, não tem que ser assim, justo agora. Sai correndo, de covardia – mais do que de susto. Pulei os portões, as grades. Apesar do primeiro instinto de própria salvação, eu precisava avisar alguém, o rádio, a tv talvez, dizer que você foi assassinado, dizer que. O coração acelerado, disparado, descompassado, esmagado de medo. Pensei antes de abrir os olhos: pelo menos te conheci antes de você ir e você me conheceu, podendo ir assim em paz. Como se eu fosse importante, seu diálogo bem mais construído, como se você quisesse ter aparecido pra mim em sonho – pela segunda vez. Levantei da cama na manhã azul ou cinza – vermelha talvez, caminhei lentamente até a máquina de escrever, e você estava ali, vivo, óculos no rosto, concentrado nos papéis, contraindo os lábios em um pequeno sorriso, me chamando pra ver o que tinha acabado de escrever, mas dessa vez eu não ousei chegar perto, eu nem ao menos ousaria te tocar – não depois de tudo.
Blackout
E você se mistura com as luzes - tão brilhantes vistas de cima - e o movimento quase em câmera lenta do seu rosto distanciando-se e adentrando cada vez mais para o ponto movimentado da avenida. E você se mistura com as luzes frias do inverno, bochechas avermelhadas, luvas azuis, luz em forma de círculos refletindo a sua expressão de alguém que esconde segredos da alma. E eu me misturo com as luzes, no ambiente escuro e fechado, mas igualmente mágico como o seu, o meu movimento quase em câmera lenta de um leve sorriso distante, afundando cada vez mais na fé dos sonhos. E eu me misturo com a luz quente do verão, joelhos de fora, fita cor-de-rosa no cabelo, luz em forma de círculos refletindo minha expressão de alguém que segura a folha de um livro, com medo de solta-la pra que se vire completamente, com medo que o peso da gravidade nunca ajude. Um dia as luzes misturaram-se quase juntas, você recorda, eu recordo, um dia as luzes misturando-se quase como fogos de artifícios. Diria então que foi em um dia assim que as luzes surgiram, um dia assim também que as luzes apagaram. Nós? As nossas mãos sim, mesmo que soltas ainda se encaixam completamente naquilo que fazem os pequenos fagulhos elétricos e brilhantes acenderem. Nós? Hora acesos, hora apagados, mas sempre constantes dentro da nossa própria – e única – iluminação. Nós? Pontinhos em branco e amarelo, mais rosa do que azul talvez, vagando pelo mundo imaginário do qual fizemos questão de criar e se manter acesos - mesmo dentro desse imenso apagão.
Apaguei a luz do quarto e sonhei com você.
Sentia-me mal, agoniada. Estava perdida, naufraga num grande mar de ilusões, divido pelo desgosto e felicidade. Eu estava sem direção. Não me sentia segurada. Depois de tanto tempo, com você. Eu sempre parecia segura de tudo o que deveria fazer, eu me sentia assim, pois tinha você para me dar apoio, caso de tudo desse errado. Você era o meu apoio, aquele chão em que eu cairia segura se eu pulasse do precipício... Mas... Agora; você não está mais lá. Estou perdida, sem chão, sem direção. Sem escolhas. Lembro-me bem de como tudo começou...
Eu era a menina que sorria para todos mesmo querendo chorar por dentro, eu vivia em um mundo que sofria uma horrível ditadura, a qual eu tinha que sempre ser boa com as pessoas, eu tinha que dar tudo a elas sem esperar nada em troca. Foi sempre assim, no começo eu te dei muitas coisas, já sem esperanças que você não me dê nada em troca, como os outros. Você me surpreendeu você foi à única pessoa, que em vez de pegar e ir, você pegou e ficou.
Eu me lembro, do quanto você se esforçava para sempre me deixar confortável, para sempre me fazer sorrir, mas sorrir de verdade. Você queria estar sempre por perto, sempre me aconchegando. Todos os sorrisos que nós trocávamos uns aos outros, eram tão satisfatórios, que eu sentia que eu não precisava estar sempre sorrindo com você. Eu só precisava ser eu mesma, sentir os meus verdadeiros sentimentos, que você ainda sim me abraçaria, e me consolaria. Dei-te tudo o que eu tinha em minhas mãos e você retribui com o que podia... Mas algo mudou e esse “algo” me levou ao naufrágio, me levou ao desespero. Estava tudo tão claro e de uma hora a outra a luz se apaga e eu me perco, eu vejo a vida se passando a minha frente e te vejo cada vez mais indo embora; mas eu não consigo fazer nada, para impedir. Eu não consigo controlar mais nada, às vezes não controlo nem meus sentimentos. A vida parece mudar a minha volta, e as pessoas também. Mas será que só eu percebo isso? Eu te vejo sempre pensando em algo, sempre calado, só observando como se você esperasse uma deixa para agir. Eu te vejo mudar, entristecer. Mas você mesmo não parece perceber isso.
— Você está bem? — Perguntou-me ele.
— Sim, por quê? — Respondi a ele.
— Você parece estranha. — Disse ele preocupado.
— Eu to bem e você? — Eu disse tentando parecer gentil.
— Bem... — Disse ele fugindo os olhos dos meus.
— Claro.
— Hum... — Foi à última palavra que eu o ouvi dizer, e depois só veio o silêncio e vazio e frio desespero em minha mente.
Estava mais do que claro, que você estava cada vez mais se afastando, cada vez mais me deixando desamparada.
O mar de ilusões, agora está mais agitado; as ondas de palavras sombrias são mais fortes, eu não sei se agüento tanta turbulência. Já não consigo mais ouvir sua voz, já estou mais que perdida, estou naufragada em um mar sem fim.Only You
tuas bobagens, teus segredos, tuas vontades, teus ciúmes. tuas brincadeiras, tuas idéias, tua insegurança. tuas implicâncias, o teu olhar, o teu sorriso e o teu perfume. o teu corpo e também tua alma. teu amor, tua raiva, teu estilo e falta de modéstia. teus sonhos, teus receios, tua voz. tuas conversas, nossas brigas. tua melancolia e tua índole. teu valor, teu caráter, tua inteligência. tua sagacidade, tua esperteza. teu carinho, teus sentimentos. tuas loucuras, tuas estórias, tuas mentiras, nossas verdades. teu lado ingênuo, teu lado pervertido. tua pele morena, teu time, tuas reclamações. tuas músicas, tuas fotos, tuas frases. teus textos. teus ideiais. tuas confusões e confissões. tua vida. teu beijo, teu abraço, teu encanto. tua beleza, tua garra, tuas crenças. você. é do que eu mais gosto e preciso.
love you, only you.
love you, only you.
ela virá,
Este não é o fim, tenho certeza. É um novo começo, apenas. E como todo começo, tem suas dúvidas e incertezas, horas de euforia e outras de trsiteza. Não posso garantir que sgeuirei este caminho até o fim, sem hesitar. Por muitas vezes, encontrei atalhos e em muitas outras, acabei em um labirinto. A vida é assim mesmo... algumas vezes a gente acerta e em outras a gente erra. E enquanto isso, o mundo continua. Por mais que os erros sejam dolorosos e deixem nosso coração partido. Por mais que a gente chore, grite, por mais desesperadas que estivermoso mundo não vai parar por nós. A vida alheia continua, e tem mesmo que continuar. Pois só assim, só o sofrimento ensina as lições mais importantes, só errando que se aprende e não há nada mais essencial do que o respeito a si mesmo. Ninguém precisa atropelar seus próprios princípios e limites, precisa ser apenas. Ser essência, ser humano, ser vivo e aceitar essa condição. A felicidade virá na hora certa. Não importa o quanto chova essa noite, o Sol chega pela manhã.
Respire antes de ler!
Ele: não suporto ver você indo para outro caminho.Ela: não haja como se eu não tivesse lutado para eu ficar aqui.Ele: é difícil aceitar que as coisas mudaram …Ela: o pior é que sabemos que isso não vai mais voltar!Ele: isso é um adeus então ?Ela: acredito que seja … (eu amei você da maneira mais profunda, do modo mais intenso, de todas as formas que pude.)Ele começou a chorar. (se você soubesse o quanto te amo, não faria isso com nossos corações,eu preciso de você para viver.)Ela começou chorar. (você sempre foi meu chão, meu ar e minha vida)Ele não aguentou e foi dar um abraço nela e disse: pode ser que seja a ultima vez que nos vemos, o último abraço, as últimas palavras .. mas queria que soubesse que jamais chorei por uma menina, jamais amei tanto alguém como amo você!Ela o apertou forte e disse: eu jamais imaginei que tudo viraria em um grande amor e em uma bela história. Eis aqui um final que eu não queria assinar em baixo. Posso ter sido uma entre os dois personagens principais, mas não encontro mais forças.Ele: também não assinarei em baixo porque sei que se você me ama mesmo, esse amor há de esperar e essa história há de continuar.Ela: nunca esqueça que minhas lágrimas aqui representam todo esse amor que sinto por ti.Ele: não quero lembrar de suas lagrimas, e sim de todos seus sorrisos e melhores momento que passei ao seu lado.Ela: :’( quero para sempre respirar o mesmo ar que respiramos juntos durante todo esse tempo.Ele: eu sempre respirarei esse mesmo ar, e se um dia ele não existir mais para você saiba que minha vida termina nesse momento.Ela: se o seu ar terminar, eu paro de respirar.Ele: EU TE AMO GAROTA!Ela: EU SEMPRE TE AMEI!Ele não sabia que ela estava muito doente. Mas o que ninguém esperava é que essas palavras tinham sido tão verdadeiras quanto o amor que existia entre eles.Um mês depois ela parou de respirar e apenas deixou um bilhete para ele dizendo: (desculpas! eu tentei respirar o quanto pude, mas não fui forte o suficiente. Guarde contigo o meu coração!).Um dia depois dele ter lido ele parou de respirar; deixando um único bilhete: (perdi o meu ar assim que perdi a minha vida).
O amor
Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida. Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu. Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês. Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor. Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.
- Por que você também me ama?
- Eu te amo porque quando eu te toco eu faço você se sentir mais homem do que qualquer outro. Eu te amo porque nunca poderão nos acusar de amor. Eu te amo porque para entender o nosso amor ia ser preciso virar o mundo de cabeça para baixo. Eu te amo porque você poderia amar qualquer outra pessoa, mas mesmo assim você me ama.
''Do Começo ao Fim ''
- Eu te amo porque quando eu te toco eu faço você se sentir mais homem do que qualquer outro. Eu te amo porque nunca poderão nos acusar de amor. Eu te amo porque para entender o nosso amor ia ser preciso virar o mundo de cabeça para baixo. Eu te amo porque você poderia amar qualquer outra pessoa, mas mesmo assim você me ama.
''Do Começo ao Fim ''
te amo não é bom dia ;
“Te amo não é bom dia, afinal amar alguém não é simplesmente gostar. O amor exige mais de nós do que possamos imaginar. Viver amando é viver sorrindo, viver sofrendo e se iludindo. Existem vários tipos de amor, várias maneiras de se amar. Existem amores que se entendem só com o olhar ou aqueles que começaram por se odiar. Existe amor egoísta, existe aquele que aparece sem deixar nenhuma pista. Cada amor é um amor. Cada um tem seu sabor. Cada um tem sua intensidade. Amor que é amor nunca acaba de verdade. Ele encontra um lugar dentro do coração de quem se ama, e fica ali esperando a hora certa para voltar. Existe também aquele amor que te faz chorar, que aperta o peito devagar até ficar difícil respirar. O amor que te deixa sem ar. Existe amor que é bem mais forte que a morte, que não acaba no enterro. Amor que dura bem mais que uma vida. Existe o amor de jovem que as vezes não é correspondido e o final é sempre o mesmo: um coração partido. Existe amor que dói com a partida, bem mais que uma ferida. Tem amor que nunca cicatriza , se eterniza. Nunca quem ama tem o controle do amor, ele é mais forte que a razão, do que é certo ou não. Existe o amor que comete erros, mas também existe o amor que perdoa e afinal perdoar ainda é bem mais fácil que esquecer.
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Ela: Você me levantará se eu cair?
Ele: Não.
Ela: Você enxugará minhas lágrimas quando eu estiver triste?
Ele: Nunca
Ela: Você ainda vai me amar quando eu estiver feia?
Ele: Não.
Ela: Pelo menos você é honesto…
Ele: Eu não iria te levantar porque eu te pegaria antes mesmo de você atingir ao chão. Eu nunca vou enxugar suas lágrimas pois vou fazer de tudo para te deixar o máximo feliz. Eu não vou te amar quando estiver feia porque isso é impossivel, você está sempre linda, mesmo você não achando.
Ele: Não.
Ela: Você enxugará minhas lágrimas quando eu estiver triste?
Ele: Nunca
Ela: Você ainda vai me amar quando eu estiver feia?
Ele: Não.
Ela: Pelo menos você é honesto…
Ele: Eu não iria te levantar porque eu te pegaria antes mesmo de você atingir ao chão. Eu nunca vou enxugar suas lágrimas pois vou fazer de tudo para te deixar o máximo feliz. Eu não vou te amar quando estiver feia porque isso é impossivel, você está sempre linda, mesmo você não achando.
Pé na bunda
Hoje eu sou feliz, mas confesso que já tive aqueles dias de ficar jogada no sofá, olhando pro teto branco da minha casa e ouvindo aquelas musicas que me deixavam pior ainda. Já tive momentos de ouvir Tânia Mara, tipo, eu e minha voz bem afinada cantando: "Não sei porque você se foi, quantas saudades eu senti (..)" Ok. Isso é horrível, mas toda garota tem uma fase assim. Já tive momentos de tomar banho pensando no que falar pra ele, quando nos encontrassemos novamente. Já tive até mesmo, aquela fase de cegamente-apaixonada, que saí falando pra Deus e o mundo que encontrou um cara cheio de qualidades, e de tanta cegueira não vê defeito algum. E a parte pior, já tive os momentos depressivos, de desmaiar constantemente, de ir pra um hospital e ter que tomar injeção na bunda. Sofri, sofri e ele nem aí pra mim.. Mas pô, quando levei aquela injeção na bunda descobri que sofrer de amor nem é tão doloroso. O pé na bunda que ele me deu, doeu menos até.
coração que bate;
''O amor resiste à distância, ao silêncio das separações e até as traições. Sem perdão não há amor. Diga-me quem você mais perdoou na vida, e eu então saberei dizer quem você mais amou.''
Talvez, a nossa história de amor poderia ser a de muitos. Você apareceu. Você me conquistou. Eu me apaixonei. Você desapareceu, o sonho não. Fim. Nosso amor é hoje o que sobrou do que não houve. Procure em algum cinzeiro, você deve ter me assado em meio a alguma das cinzas do cigarro que eu não me importei por você acender. Havia tanto fogo, quando foi que a gente se apagou assim? Será que além de se comer a gente não poderia tentar se digerir? Será que eu não te agitei o bastante antes de consumir? Ou não vi alguma das fotos que apontavam o efeito de te ter ou de te desejar em excesso? Só sei que eu acreditei, e o mais triste disso tudo não é que você não cumpriu nada do que me disse, o mais triste é que eu continuo acreditando e conferindo no mundo se você não está em algum lugar me esperando e eu é que não te vi ainda. Eu queria poder repetir mil vezes por cada dia que me restar aquele nosso dia no seu carro, o nosso apetite registrado no vidro embaçado, na minha boca o gosto do seu cigarro. E eu não tenho raiva por sentir que você só queria se aproveitar de mim, eu te odeio por você não ter se aproveitado muito mais, imbecil. Enquanto eu supero isso (a gente supera?) eu vou encontrar algum jeito de enganar a saudade quando eu sentir o cheiro detestável de fumaça de cigarro, que com você se tornou tão agradável, e eu prometo nunca mais ouvir Kid Abelha. Eu não ia me importar com a sua fumaça, eu não ia me importar com a sua cerveja, eu iria ignorar a sua maconha. Mas o barato que você busca não era tão bom quanto o que eu trago dentro do coração. O que eu trago dentro das calças não era tão viciante quanto a sua erva.
A nossa diversão não devia compensar a distância que a gente percorria para se ver, eu sei, eu não merecia um espaço na sua agenda, eu nunca me tornaria o feriado da sua semana, ainda que para mim você fosse as férias de qualquer dia útil. Confesse, você me achou uma droga, mas eu seria a sua droga, e eu te pergunto: isso já não seria motivo suficiente para você me amar? E, queimando mais devagar do que o mais lento cigarro, eu guardo no peito uma esperança de alguma buzina ser a sua, com você sorrindo me pedindo para entrar e me levando sem destino, com a alegria no banco de trás. Não faz sentido, eu sei, você não é meu tipo, mas é por isso que eu te quero tanto. E desde que você se foi eu tenho dito às pessoas que não é nada, que estou apenas muito cansado e algumas vezes para evitar dizer seu nome outra vez eu invento que acabei de picar cebolas. E desde então eu tenho vivido de desculpas sem encontrar de quem é a culpa, sua de ter prometido ou minha de ter acreditado. Só não se preocupe eu vou guardar comigo alguma versão da nossa vida na qual a gente tenha se despedido, se tornado amigo e visitado um ao outro para contar da vida de vez em quando. Recriar a realidade é o único antídoto para a falta de quem não vai voltar. Assim a vida continua e com ela às vezes a saudade e o amor também e um coração com novas cicatrizes e a vontade de voltar a bater (ainda que pela mesma pessoa) e se reacender entre cinza de paixões que queimaram e se foram antes do que deveriam.
Talvez, a nossa história de amor poderia ser a de muitos. Você apareceu. Você me conquistou. Eu me apaixonei. Você desapareceu, o sonho não. Fim. Nosso amor é hoje o que sobrou do que não houve. Procure em algum cinzeiro, você deve ter me assado em meio a alguma das cinzas do cigarro que eu não me importei por você acender. Havia tanto fogo, quando foi que a gente se apagou assim? Será que além de se comer a gente não poderia tentar se digerir? Será que eu não te agitei o bastante antes de consumir? Ou não vi alguma das fotos que apontavam o efeito de te ter ou de te desejar em excesso? Só sei que eu acreditei, e o mais triste disso tudo não é que você não cumpriu nada do que me disse, o mais triste é que eu continuo acreditando e conferindo no mundo se você não está em algum lugar me esperando e eu é que não te vi ainda. Eu queria poder repetir mil vezes por cada dia que me restar aquele nosso dia no seu carro, o nosso apetite registrado no vidro embaçado, na minha boca o gosto do seu cigarro. E eu não tenho raiva por sentir que você só queria se aproveitar de mim, eu te odeio por você não ter se aproveitado muito mais, imbecil. Enquanto eu supero isso (a gente supera?) eu vou encontrar algum jeito de enganar a saudade quando eu sentir o cheiro detestável de fumaça de cigarro, que com você se tornou tão agradável, e eu prometo nunca mais ouvir Kid Abelha. Eu não ia me importar com a sua fumaça, eu não ia me importar com a sua cerveja, eu iria ignorar a sua maconha. Mas o barato que você busca não era tão bom quanto o que eu trago dentro do coração. O que eu trago dentro das calças não era tão viciante quanto a sua erva.
A nossa diversão não devia compensar a distância que a gente percorria para se ver, eu sei, eu não merecia um espaço na sua agenda, eu nunca me tornaria o feriado da sua semana, ainda que para mim você fosse as férias de qualquer dia útil. Confesse, você me achou uma droga, mas eu seria a sua droga, e eu te pergunto: isso já não seria motivo suficiente para você me amar? E, queimando mais devagar do que o mais lento cigarro, eu guardo no peito uma esperança de alguma buzina ser a sua, com você sorrindo me pedindo para entrar e me levando sem destino, com a alegria no banco de trás. Não faz sentido, eu sei, você não é meu tipo, mas é por isso que eu te quero tanto. E desde que você se foi eu tenho dito às pessoas que não é nada, que estou apenas muito cansado e algumas vezes para evitar dizer seu nome outra vez eu invento que acabei de picar cebolas. E desde então eu tenho vivido de desculpas sem encontrar de quem é a culpa, sua de ter prometido ou minha de ter acreditado. Só não se preocupe eu vou guardar comigo alguma versão da nossa vida na qual a gente tenha se despedido, se tornado amigo e visitado um ao outro para contar da vida de vez em quando. Recriar a realidade é o único antídoto para a falta de quem não vai voltar. Assim a vida continua e com ela às vezes a saudade e o amor também e um coração com novas cicatrizes e a vontade de voltar a bater (ainda que pela mesma pessoa) e se reacender entre cinza de paixões que queimaram e se foram antes do que deveriam.
medo.
Eu tenho medo que ele encontre alguém melhor do que eu. Alguém que tenha os mesmos gostos e as mesmas vontades,os mesmos sonhos e que possa torna-los realidade com ele. Mas ai eu me lembro que foi com o medo de perder ele que eu acabei perdendo,mas eu nunca parei pra pensar fixo se poderia perder o amor dele,e eu ainda não perdi. O medo faz acontecer, não devemos ter medo mesmo que no fundo ele sempre exista.
* é, eu tenho um graaande medo ):
Esperança,
Ando estressada por qualquer motivo. Me sinto sozinha mesmo perto de um milhão de pessoas. Me vejo no escuro mesmo com toda a imensidão de luz que o dia pode proporcionar. Tudo pra mim é banal, já visto, tradicional. Nada me interessa, não faço questão de sair do isolamento onde me encontro. Sorrisos pra mim são sem graça. Arco-íris perderam sua cor. Pessoas representam muito pouco ou quase nada. Não sinto vontade de acordar, mas também não quero pegar no sono. Não sei onde eu me encontro, me sinto perdida num espaço limitado. Troquei o colorido pelo preto e branco, o rosa pelo cinza. Não vejo graça, nem criatividade nas coisas. Sou fria como um gelo ou até mais. Petrificada, é assim que eu me sinto. Sozinha, é assim que eu estou. Não que eu ache que a vida tem que ser sempre boa, mas os dias ruins poderiam sim passar mais depressa. Não quero ficar nesse sufoco, mas eu não sei onde estão as chaves pra me libertar. É como um jogo, eu preciso saber jogar. Não quero que as pessoas pensem que eu sou sempre assim, e eu sei que é só uma fase que vai passar. Assim como momentos bons, assim como um jogo, assim como a vida é, essa fase vai passar, eu acredito nisso, e talvez isso seja minha única arma agora, acreditar, confiar, crer. “Esperança, a última que morre ou a primeira que mata?” Eu ainda não sei responder.
carta nunca entregue,
té hoje sempre evitei pensar em uma coisa muito normal. Sempre pensei que ninguém precisa ter medo disso, afinal, a única coisa que temos certeza é que um dia ela virá, para todos nós. Entretanto, há algum tempo isso não sai da minha cabeça, e se eu for e não voltar? vou deixar tanta coisa, tantas coisas que eu queria realizar, tantas coisas que eu queria vivenciar, tantas pessoas que eu ainda não conheci, tantas pessoas que eu ainda não fiz sorrir, tantas palavras não ditas, tantas desculpas adiadas, tantos encontros desmarcados, tantos elogios não ditos, tantos amores não vividos... pensando nisso meu coração se encheu de tristeza não por ir, mas por deixar... Mas se eu soubesse, se eu descobrisse o dia de partir, o que eu faria? Na mesma hora lembrei de todos os meus familiares, amigos e pessoas importantes para mim que eu queria despedir, que eu queria deixar uma lembrança, algo que não deixaria que eu morresse dentro deles. e surgiu uma vontade imensa de dizer pra essas pessoas como são importantes pra mim, e que se eu pudesse escolher com quem passar meus últimos minutos, com certeza, seria com eles. E quase sem querer, você veio a minha mente, lembrei do seu melhor sorriso, do seu melhor olhar, da sua melhor pose, nunca tinha notado como eu gostava de falar sobre nada com você. lembrei de tudo que eu adoro em você, senti um aperto forte no coração, não por partir, não por te deixar, mas por nunca ter tido a coragem de dizer, eu amo você!
férias ao coração,
Segundos. Esse foi o tempo necessário pra mim perceber que não era mais isso que eu queria, que os sentimentos haviam se misturado com os sonhos, e que eu havia me alienado diante dos meus sonhos, que já nem eram mais tanto o que eu queria.Minutos. Tempo necessário pra mim entender como terminar com a minha dor, rabiscar um plano rápido num pensamento e colocar tudo em ação e perceber os resultados quando lágrimas não escorreram dos meus olhos, mas um sorriso brotou com facilidade no meu rosto. Horas. O tempo estimulado, por todos a minha volta, que levaria pra bater o arrependimento, pra começar a desmoronar tudo dentro do meu peito, pra mim voltar correndo pros braços abertos desse sentimento que nos últimos meses só vinha me sufocando. Dias. Ou melhor, um dia, foi o tanto que demorou pros meus olhos pousarem em outra face, pra outro perfume invadir minha mente, e outra pessoa entrar dentro dos meus sonhos. Também foi o tempo em que ela permaneceu por lá… Apenas alguns dias. Meses. É o que eu dou a esse novo sentimento que me enche o peito agora, o tempo de férias ao meu coração, já desesperado pra ser preenchido por outro sentimento, que já me bate a porta e me pede para entrar.
Joguei fora!
é tão ruim não conseguir viver o presente, pensar somente no passado e tentar achar uma maneira pra consertá-lo , eu não aguento mais viver assim, quero ser livre, quero amar, quero sorrir, quero sofrer mas por um alguém novo, não quero mais ter que viver me lamentando, mas eu preciso de alguém que me dê a mão e que prometa me tirar dessa, sozinha eu não vou conseguir, eu sei que não devo me subestimar, mas nesse caso eu tenho certeza que não conseguirei. Eu já tentei por inumeras vezes te esquecer, tentei por inumeras vezes ser feliz, só que eu só estava me enganando, só estava fingindo ser forte, quando só eu sabia que eu era fraca e tinha sede por ti, e todas as minhas lutas foram em vão, eu escondia um segredo e no fundo sabia que você iria descobrir, mas eu fui tão tola, por você me desprezar tanto eu pensei que pudesse seguir minha vida, e eu estava conseguindo, até que você se mostrava fraco e me procurava e por amor eu sedia, não me julgue, não aponte, não há quem errou nessa história, simplesmente Deus não traçou nossos destinos até o fim, ele nos uniu e deixou o resto por nossa conta, eu não me arrependo de nada, pois eu aprendi : - que não dá pra viver de amor, que o maior amor tem que vir de dentro de nós, que não há nada que fique oculto, que mentiras não cobrem mentiras e que a maior verdade é ser você , por que quem te ama te perdoará, e quem te despreza não merece de maneira nenhuma o seu esforço. E quando eu encontrar quem me dê a mão, eu serei uma vencedora e me tornarei forte de novo, e você lamentará por não estar ao meu lado, eu serei feliz e a minha felicidade incomodará você e a quem ver, mas eu não irei deixar me abalar, por que quando se ama e é correspondido a força do amor vence todas as batalhas, e se a força do nosso amor não venceu, por que não foi verdadeiro e eu também aprendi que o que for falso deve se jogar fora, assim fiz com você .
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