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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Homofobia é crime

O que é homofobia.
 A homofobia nada mais é do que o preconceito existente em pessoas contra os homossexuais ou a homossexualidade. A homofobia inclui também o ódio, a aversão, repulsa, nojo, enfim, qualquer sentimento contra o homossexualismo.
Para entender melhor lembre-se que em grego “homo” significa “igual”, e “fobia” signific “medo”, sendo assim fica mais amplo seu significado. A homofobia é como o racismo, por exemplo. Uma palavra para denominar o que uma pessoa preconceituosa sente.
Lembrando que a homofobia é crime, então procure não demonstrar se você é contra o homossexualismo, pois no Brasil toda forma de discriminação de maneira genérica é considerada como um crime, o que inclui a discriminação aos homossexuais, então a homofobia pode resultar em sérios problemas a você.
A “Agência Brasil”, agência de notícias mantida pelo governo brasileiro e administrada pela Radiobrás, acaba de publicar uma reportagem que denuncia a homofobia nas escolas. A reportagem aborda o preconceito nas escolas, apresentando a temática a partir da perspectiva de educadores, psicólogos e das próprias vítimas.

A reportagem aponta que nas escolas públicas brasileiras, 87% da comunidade – sejam alunos, pais, professores ou servidores – têm algum grau de preconceito contra homossexuais. O dado faz parte de pesquisa divulgada recentemente pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP) e revela um problema que estudantes e educadores homossexuais, bissexuais e travestis enfrentam diariamente nas escolas: a homofobia. O levantamento foi realizado com base em entrevistas feitas com 18,5 mil alunos, pais, professores, diretores e funcionários, de 501 unidades de ensino de todo o país.

Discriminação afeta desempenho escolar de alunos homossexuais, muitos gays deixam de freqüentar as salas de aula para fugirem do preconceito instaurado nas salas de aula. Na escola, eu passei por isso, na maioria das vezes ficava quieto, mas houve casos que eu parti para a agressão física e fui parar na diretoria por conta disso. Vejo o preconceito também por parte dos educadores, pois os mesmos não advertem com rigor os pequenos homofobicos que eles estão formando.

Um grande agravante na formação acadêmica nas escolas é a ausência do debate sobre a diversidade sexual nos livros didáticos adotados pelo MEC. Os livros tratam de temas de famílias chefiadas por mulheres, mas ignoram as “famílias alternativas” que são as que compõem os pais e mães gays e se não existe uma abordagem no material didático dos alunos, como cobramos dos educadores posturas efetivas para o combate a homofobia escolar? Os professores não estão preparados para lidar com essa questão e orientar a sociedade para a aceitação da diversidade sexual.

A religião de professores ou da equipe pedagógica da escola também costuma interferir no tratamento dispensado a alunos homossexuais. O presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, diz que muitos educadores levam para a escola “seus conceitos religiosos e fundamentalistas”. Ele defende que uma capacitação para a educação sexual, em seu sentido mais amplo, facilitaria a compreensão. O estudo mostra casos de coordenadores que usam argumentos religiosos para condenar o relacionamento entre alunos do mesmo sexo.

Travestis e transexuais são as maiores vítimas da homofobia dentro da escola. Educadores, psicólogos e entidades consultados pela Agência Brasil são unânimes ao afirmar que esse público é o mais afetado. Para fugir da discriminação, muitas vezes a saída é abandonar os estudos. “É raríssimo encontrar uma travesti no ensino médio”, afirma o educador Beto de Jesus, representante na América Latina da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexo (ILGA). Temos que fazer valer os nossos direitos constitucionais e não permitir que essa homofobia velada ao adolescente LGBT persista no sistema educacional brasileiro.

Para conferir a matéria, os depoimentos, os dados estatísticos e o material de áudio, acesse o site da Agência Brasil



A Necessidade de Criminalizar a Homofobia no Brasil

No mesmo dia em que milhares de pessoas lotaram a praia de Copacabana, pedindo por tolerância quanto a sexualidade e a aprovação do PLC 122/06, projeto de lei que visa criminalizar a homofobia em todo o território nacional, em São Paulo, no palco da maior parada Gay do Mundo, o cenário foi de homofobia, o que valida a pressão do Movimento Homossexual Brasileiro quanto a aprovação da criminalização da homofobia.

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Setores fundamentalista do Brasil fazem oposição a lei, gerando um desconforto generalizado a camadas da sociedade que não tem opinião formada quanto ao projeto e não sabem analisar qual o impacto que teremos no Brasil com a aprovação do mesmo. O PLC 122 dará respaldo jurídico para que crimes com motivação de ódio contra homossexuais sejam corretamente julgados.

Um juiz pode julgar uma agressão a um homossexual, motivado por conta da orientação sexual, levando em consideração a agressão física, mas o crime é muito mais sério e tem que ser levado em consideração a intolerância, a falta de aceitação do diferente e o ódio quanto a orientação sexual que não condiz com uma sociedade heteronormativa. É errado pensar que a aprovação da PLC 122 tirará a liberdade de expressão, o projeto de lei visa o combate ao ódio, a desarticulação de grupos de intolerância que prega o Nazismo e o resgata da dignidade do cidadão homossexual.

Apesar dos advogados dos acusados tentarem tirar o foco da imprensa que o crime foi motivado por homofobia, tal fato é inquestionável. Os jovens que foram espancados na paulista são gays e a mãe de um dos acusados defende que o seu filho seja punido e declara que nunca incentivou o seu filho a ser contra homossexuais. As vítimas afirmam que foram chamadas de bicha, maricas, o que caracteriza a homofobia.

Dos cinco agressores, apenas Jonathan Lauton Domingues, de 19 anos, é maior de idade e será indiciado por formação de quadrilha e lesão corporal. Além da agressão aos homossexuais na Av. Paulista, os jovens também assaltaram um lavador de carros na altura  do número 2.500 da Avenida Brigadeiro Luís Antônio, o grupo também o agrediu e levaram carteira, documentos e R$ 100.

É inadmissível que um ato de violência extrema, com motivação de ódio, seja resumido em lesão corporal, o caso é muito mais complexo e merece a atenção e sensibilização dos nossos parlamentares. Nessas eleição, a comunidade gay perdeu espaço por conta do apoio que a presidente eleita recebeu de alas conversadoras. Dilma se comprometeu em vetar qualquer projeto que afronte a família e gere qualquer mal estar para a igreja. 











A Homofobia Toma Conta do Brasil

Os quatro homofóbicos que participaram da tentativa de homicídio, com motivações de homofobia e roubos na Av. Paulista, deverão retornar a Fundação Casa a pedido do Ministério Público de São Paulo. Além dos quatro menores, também participou do ato Jonathan Lauton Domingues, de 19 anos, que também responde pelo crime de formação de quadrilha. A unidade da Fundação Casa na qual os delinquentes deverão ser internados ainda não está definida.

Uma outra vitima, da mesma quadrilha de homofóbicos da Av. Paulista, prestou queixa à polícia nesta terça-feira (23). O rapaz contou que foi espancado na saída de uma festa, em Moema, no mesmo dia (domingo, dia 14) das outras agressões. A vítima ainda tem sequelas, está com parte dos dentes amolecidos e não consegue se alimentar direito. Ele terá que passar por tratamentos dentários para se recuperar.

No Mackenzie, o Prof. Luís Cavalcante, promete tumultuar o protesto promovido por alunos contra a posição da Universidade Presbiteriana Mackenzie, que publicou no site da universidade uma carta onde se posiciona contra a PLC 122, citando passagens bíblicas e alegando que a cultura brasileira está cada vez mais distante das referências de certo e errado. A Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância ),  já está informada sobre a ofensiva promovida por Luís Cavalcante e reforçou o policiamento que acompanhará o ato.

No Rio Grande do Sul, um grupo de defesa dos direitos de travestis recebeu ameaças por telefone de supostos neonazistas. Na ligação, o interlocutor advertiu que a 14ª Parada Livre de Porto Alegre, que será realizada no próximo domingo (28), no Parque da Redenção, em Porto Alegre, será o alvo, ele disse que os neonazistas da cidade de Santa Cruz do Sul, no interior gaúcho, estavam se organizando para o evento. "Vocês já se aprontem para domingo", ameaçou o homem, para depois desligar o telefone.

No Rio de Janeiro, o Deputado Federal e militar Jair Bolsonaro (PP-RJ), afirmou em entrevista ao programa “Participação Popular" da TV Câmara, que os pais deveriam dar um “couro” nos filhos com tendências homossexuais para mudarem de comportamento. A declaração do Deputado alimenta as ações homofóbicas, se um parlamentar eleito pelo povo e para servir o povo defende agressões a homossexuais, homofóbicos se sentem representados por ele e motivados a praticarem os seus crimes.

A situação do gay no Brasil está ficando cada vez pior, será se chegaremos num ponto em que teremos que pedir asilo político para outros países para nos livrarmos da homofobia do Brasil? Estamos no país que mais mata homossexuais no Mundo e não temos uma lei que criminaliza o ódio contra homossexuais. O PLC 122 está no senado desde 2006 e acredito que dificilmente ele será aprovado. Temos mais de 12% do legislativo em todo o Brasil sendo ocupados por setores fundamentalistas e que fazem objeções ao projeto. Não podemos nos calar, a margem da sociedade não é o nosso lugar, temos que exigir os nosso direitos.
Fico muito triste por saber destas coisas na terra que nasci...
O mundo todo está muito violento...
Veja o que está acontecendo entre as Coréias...
Mas, estou pasmo com o comentário do Deputado Federal Jair Bolsonaro...
Desde quando ser homossexual é crime?!
Dar surra?!
Não sei onde tudo isso vai parar...
A única coisa que sei é que violência gera violencia...



A Necessidade da Inclusão

- Na minha escola tem um menino que ninguém gosta dele – disse a minha sobrinha.

- E porque ninguém gosta dele? – perguntei.

- Porque ele é gay – respondeu. Aquilo deu um play num filme da história da minha vida, lembrei de dias difíceis que passei no colégio, onde era conhecido como “Marcos Viadinho”.

- Você não deve se afastar de ninguém por conta disso – aconselhei.

- Não, eu sou amiga dele, fico conversando com ele no intervalo – respondeu minha sobrinha.

Começaram a chamar minha sobrinha de “sapatão”, por ser amiga do “viadinho” da escola. Ela partiu em defesa dela e do menino, dizendo que não era pelo fato dela ser amiga dele, que ela era “sapatão”. Senti orgulho da minha sobrinha, que mesmo sendo hostilizada por ser amiga do menino, não se intimidou e continuou sendo amiga dele.

Disse no post “Os Filhos que Geramos” que “ninguém opta pelo descaso, ninguém é reservado por mero capricho”. Quantas pessoas que hoje são reservadas, que foram reservadas pela sociedade, por escolas que não cumpriram o seu compromisso didático de proporcionar a aceitação das diferenças.

Em todas as escolas existe um, ou vários “Wellingtons”, menino reservado, com sexualidade duvidosa e que se prende no “seu mundo”. O mundo exterior acaba tornando-se dolorido demais, é quase impossível chegar na roda onde estão as pessoas mais descoladas da escola e dizer “olá”. O que fazer diante disso? Ficar numa redoma de vidro, onde ninguém te atinge e lá dentro você dá as regras, as suas regras que você irá obedecer, pois é o seu “mundo particular”.

Eu já fui o “Wellington”, já fui o cara estranho da escola, que torcia para não haver intervalos, pois estava cansando das hostilizações que eram expostos e que supervisores, professores e diretores escolares faziam vistas grossas. Eu já fui o garoto que era deixado de lado e que apenas algumas meninas conversavam comigo.

Na minha sala tinha o Tadeu, ele fazia natação de terça e quinta comigo e numa outra sala , umas duas sérias acima da nossa, havia um amigo dele. O Tadeu foi um dos que mais promoveu bullying comigo. Ele me chamada de “bicha” e  me batia na escola, ele era menor que eu e eu naturalmente ia pra cima dele, para me defender, mas ele era protegido pelo seu amigo. Nas terças e quintas, era a minha vez de bater nele e na natação não tinha ninguém que o defendia, mas no mesmo dia, um pouco mais a tarde, era a minha vez de apanhar na escola, do seu amigo, que era maior que eu.

Na sala de aula, o Tadeu sentada do meu lado, era um inferno declarado, o cara não me dava sossego. Certa vez, quando ele estava voltado da mesa da professora, eu coloquei um lápis com a ponta bem apontada para furar a bunda dele, ele sentou e gritou. Ele estava com uma calça de helanca e aquilo machucou e muito, ele perguntou:

- Porque você fez isso comigo? – perguntou.

- Sei lá, você não gosta de mim - respondi.

- Gosto sim, nos somos amigos – disse ainda fazendo cara de dor.

- Se gosta de mim, porque fica tirando o sarro e mexendo comigo? Eu não gosto disso – questionei.

Depois desse episodio, continuei sendo o “bicha” da escola, mas o Tadeu nunca mais me provocou. Continuamos na natação de terça e quinta e ele continuou sentando do meu lado, na sala de aula e o seu amigo, da outra série, nunca mais me bateu.

Não consigo explicar a motivação do bullying. Na minha época fui desamparado por profissionais “habilitados” a forma cidadãos e o caso da escola no bairro do Realengo, Rio de Janeiro, prova que esses profissionais continuam pecando nas atribuições do oficio de suas profissões. O Wellington Menezes, que hoje é repudiado pela sociedade, é nosso filho. Fomos nos que o criamos, o ensinamos a odiar e colocamos armas em suas mãos, fomos nos que o odiamos primeiro.

O Wellington tirou vidas, mas quantas vidas foram tiradas pelo bulliyng? Quantos homens e mulheres nesse mundo morreu em quartos escuros, isolados pela sociedade, pelo simples fato de ser diferente. Não quero viver numa sociedade em tons pasteis, quero o verde, o vermelho, o preto e o amarelo compondo a nossa aquarela. Quero a diversidade interagindo na sociedade. Enquanto repudiarmos tudo o que vai em contramão ao que a “sociedade vigente” julga como padrão, vários “Wellingtons” se desabrocharam pelo mundo afora.

Talvez eu ainda seja um “cara estranho” e viva numa redoma de vidro, onde criei o meu mundo. Talvez essa redoma se tornou tão grande, com tantos integrantes, que virou um mundo de verdade, onde posso me articular com iguais. Os que não tem essa sorte, de viver num gueto que te abrigue, entra num estado de loucura, pois ninguém consegue viver sozinho. Sou favoravel aos guetos e tenho um sonho de que um dia ele se tornar tão grande ao ponto de se confundir com as barreiras da sociedade e que ninguém precise se incluir nesse gueto para ser aceito.
“... qual seria a opinião Divina sobre isso?”.
          Vamos partir do seguinte: alguém (vc, eu, qualquer um) portador de qualquer qualidade ou característica considerada “positiva” ou “negativa”, bem aceita ou mal aceita que seja, a possui simplesmente porque deseja possuí-la? O homem/mulher bom ou mau, honesto ou desonesto, moral ou imoral é como é porque deseja ser assim? O homo ou o heterossexual é como é simplesmente porque, por sua vontade, desejou ser assim? Ou será a vida, as circunstancias, o movimento universal ou Deus que nos levam a sermos o que somos a cada instante? Vc é bom e honesto, ou mau e desonesto porque quer ser assim, ou porque todas as influencias vindas das mais variadas experiências, pelas quais já passou nesta escola do bem e do mal, que é a vida, o levaram a ser assim? Analise: ninguém se fez sozinho o que é hoje; a vida é que nos faz, instante a instante, ser o que somos instante a instante. Nada mais; portanto, ninguém é responsável ou culpado por ser como é, ninguém é digno de méritos por estar seguindo o caminho do bem, como ninguém é merecedor de deméritos por estar no caminho do mal, ou naquele caminho que a sociedade, ou parte dela, desaprova.  Por isso, os sábios ensinam: "é tão absurdo castigar/punir um malfeitor, quanto elogiar/premiar um benfeitor da comunidade". Cada um é o que é, não por vontade própria, mas porque todas as infinitas causas e efeitos que estão atrás dele, o levam a ser como é. Analise.
          Até mais.

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