O vestido branco da noiva faz parte de uma tradição.
Ao contrário do que muitos pensam, a tradição tem sua importância na construção de uma relação de casal e da cultura familar. Sabemos que, cônjuges que honram os valores duradouros do amor, confiança e compromisso, começando com as núpcias, e que continuam a desenvolver rituais significativos por todos os anos do seu casamento parecem gozar uma coesão e de uma noção de família que os mantém unidos. Em contraste, casais cujas atitudes e ações deixam de refletir esses valores parecem quase fadados ao fracasso desde o começo.
Segundo uma tradição, muito antiga, o vestido branco é um testemunho publico de que a noiva se guardou virgem para o seu amado. A pergunta que precisa ser feita é: “Uma jovem que perdeu sua virgindade antes de casar-se, em se casando de branco, não estaria começando sua vida conjugal em cima de uma mentira?”. Porém, é preciso esclarecer que, quando ela ou ele, perdeu a virgindade antes de conhecer a verdade, antes de nascer de novo, quando aconteceu a conversão, houve o que chamo de “revirginamento”. Aos olhos de Deus é como se eles nunca houvesse mantido relação sexual. Afirmo isso com base no versículo que está na sua pergunta: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas”. 2 Co. 5.17 Esta jovem pode casar de branco na igreja, pois está escrito: “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância,...” (Atos 17.30) Porém, quando os jovens perdem a virgindade conhecendo a verdade, como membros do Corpo de Cristo, o caso merece o tratamento com base no conhecimento que os mesmos tinham dos princípios da Palavra de Deus. Para os que têm dúvida sobre isso, leia o que está escrito em Heb. 10.26; 2 Pe. 2.20.
O véu da noiva
As noivas cristãs, judias, mulçumanas e hindus sempre usaram véus em suas núpcias. Historicamente, o véu protegia a noiva contra espíritos malignos e contra o “mau olhado”. Ele também simbolizava sua pureza protegida, uma espécie de papel para embrulhar presentes. Puxar o véu para trás após os votos denotava a nova posição de esposa da noiva. (Conhecimento Judaico – I – Nathan Ausubel)
Casamento judaico
O casamento na cultura judaica nos tempos bíblicos, segundo o dicionário John D. Davis, a escolha de uma esposa para o filho, era ordinariamente feita pelo pai, Gn. 21.24; 24.38,46. Em alguns casos, o filho fazia a escolha, ficando ao pai a missão de dirigir as negociações Gn. 34.8; Jz. 14.1-10. Somente em circunstância extraordinária é que o jovem dirigia todo o negócio, Gn. 29.18.Havendo o consentimento do pai ou do irmão da moça preferida, não havia necessidade de consultar a vontade dela, Gn. 24.51; 34.11. Ocasionalmente os pais, procuravam um esposo para a filha, ou a ofereciam em casamento a um indivíduo de sua escolha, Ex. 2.21; Js. 15.17; Rt. 3.1,2; 1 Sm. 18.27. Os pais e às vezes a própria filha recebiam presentes feitos pelos candidatos, Gn. 24.22,53; 29.18,27; 34.12; 1 Sm. 18.25. O tempo entre o noivado e o casamento, todas as comunicações entre as partes eram mantidas por meio de um amigo para esse fim escolhido, que se chamava o amigo do esposo, Jo. 3.29. O casamento em si era negócio puramente doméstico, sem nenhuma cerimônia religiosa, apenas ratificado por uma espécie de juramento, Pv. 2.17; Ez. 16.8; Ml. 2.14.Depois do exílio estabeleceu-se costume de lavrar um contrato selado. Quando chegava o dia marcado para o casamento, a noiva purificava-se, Ef. 5.26,27; vestia-se de branco , Ap. 19.8; Sl. 4.13,14, ornava-se de jóias, Is. 61.10; Ap. 21.2; cobria-se com um véu, Gn. 24.65, e cingia a fronte com uma coroa. O noivo vestia a as suas melhores roupas, cobria a cabeça e cingia o diadema, Ct. 3.11; Is. 61.10, saia de casa para a casa dos pais da noiva acompanhando dos seus amigos, Jz. 14.11; Mt. 9.15, ao som de músicas e cantos.
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Josué Gonçalves, pastor, terapeuta familiar, conferencista internacional e autor do Best Seller “104 Erros que um casal não pode cometer”. http://www.amofamilia.com.br/
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