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sábado, 25 de dezembro de 2010

O verdadeiro amor



Um famoso professor se encontrou com um grupo de jovens que falava contra o casamento. Argumentavam que o que mantém um casal é o romantismo e que é preferível acabar com a relação, quando este se apaga, em vez de se submeter a triste monotonia de um matrimônio.

O mestre disse que respeitava a sua opinião, mas lhe contou a seguinte história:

- Meus pais viveram 55 anos casados. Numa manhã minha mãe descia as escadas para preparar o café e sofreu um enfarto. Meu pai correu até ela, levantou-a como pôde e quase se arrastando a levou até a caminhonete. Dirigiu a toda velocidade até o hospital, mas quando chegou, infelizmente ela já estava morta.

Durante o velório meu pai não falou nada. Ficava o tempo todo olhando para o nada. Quase não chorou. Eu e meus irmãos tentamos, em vão confortá-lo.
Na hora do sepultamento, papai, já mais calmo, passou a mão pelo caixão e falou com sentida emoção:

“- Meus filhos, foram 55 bons anos… Ninguém pode falar do amor verdadeiro se não tem idéia do que é compartilhar a vida com alguém por tanto tempo”.

Fez uma pausa, enxugou as lágrimas e continuou:

“- Ela e eu estivemos juntos em muitas crises. Mudei de emprego, renovamos toda a mobília quando vendemos a casa, mudamos de cidade. Compartilhamos a alegria de ver nossos filhos concluírem a faculdade, choramos um ao lado do outro, quando entes queridos partiam… Filhos, agora ela se foi e estou contente. E vocês sabem por que? Por que ela se foi antes de mim e não teve que sentir a agonia e a dor de me enterrar, de ficar só, depois da minha partida. Sou eu quem vai passar por essa situação, e agradeço a Deus por isso. Eu a amo tanto que não gostaria que ela sofresse assim…”.

E por fim, o professor concluiu: – Naquele dia entendi o que é o verdadeiro amor… Está muito além do romantismo e não tem nada a ver com o erotismo, mas se vincula ao trabalho e ao cuidado a que se professam duas pessoas realmente comprometidas. 


“Por isso digo que o verdadeiro amor se revela nos pequenos gestos, no dia-a-dia e por todos os dias.


O verdadeiro amor não é egoísta, não é presunçoso, nem alimenta o desejo de posse sobre a pessoa amada.

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