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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Mayara ainda sofre ameaças por afirmação preconceituosa no Twitter

Estas palavras mudaram a vida da estudante
Na cidade onde mora ou morava, Bragança Paulista (SP), Mayara Petruso (foto), 21, é conhecida como “a menina que não gosta de nordestinos”.

Mas esse é um dos menores dos transtornos dela um mês após ter escrito no Twitter que cada pessoa matasse afogado um nordestino, porque equivocadamente acreditava que Dilma Rousseff (PT) tinha sido eleita por causa dos votos dos eleitores dos Estados do Nordeste.

Mayara e sua família estão assustadas com as ameaças, inclusive de morte, que ela tem recebido por e-mail e telefone. A jovem já tinha deletado todas as contas nas redes sociais e agora trocou o número de telefone.

Magda Penteado, a avó, afirma que tem visto pessoas estranhas nas proximidades do seu pequeno comércio na periferia da cidade.

Alguns dias depois de repercussão do caso na imprensa, inclusive internacional, Mayara foi demitida de um escritório de advocacia de São Paulo. Ela teve de abandonar o sexto semestre de direito na FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas) em São Paulo.

“A Mayara corre perigo”, diz Luciana Penteado, a mãe, para quem o assédio da imprensa só tem prejudicado a filha. “Nossos dados pessoais e endereço foram expostos na internet como se fôssemos criminosos", disse. "A gente só quer um pouco de sossego para continuar a vida.”

O empresário Antonino Petruso, 53, o pai, que chegou a criticar publicamente a filha, deixou de falar com os jornalistas. Ele é divorciado de Luciana e convive pouco com Mayara.

Na semana passada, a pedido do advogado Osvaldo Zago, da jovem, o MPF (Ministério Público Federal) em São Paulo colocou as investigações do caso sob sigilo de Justiça.

Após as investigações, o MPF decidirá se denuncia (acusa formalmente) Mayara à Justiça pela prática de incitamento ao racismo.

Em caso de denúncia, que é praticamente certa, Mayara, diz a mãe, "vai provar que é inocente”.

Com informação do iG.
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