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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Conheça a casa de Val Marchiori antes do champanhe e do salto alto


                Casa onde a Val, de "Mulheres Ricas", nasceu e viveu até a adolescência permanece intacta, mesmo depois de quase quatro décadas. Para chegar lá, é preciso colocar o carro em uma estrada de terra estreita e lamacenta (jan/2012).De acordo com um primo da empresária, de vez em quando ela aparece no local "com um desses carrões que a gente nem sabe a marca", mas fica pouco tempo
Para chegar lá, é preciso colocar o carro em uma estrada de terra estreita, lamacenta nas baixadas, onde os bois e as vacas desfilam lentamente, controlando sem querer a velocidade dos apressadinhos. “A gente brincou muito por aqui”, lembra o primo Adelino Marchiori Neto, 42, agricultor que vive com a mulher, dois filhos e uma família de desconfiados vira-latas que anuncia alto a chegada dos forasteiros.

“De vez em quando, ela vem aqui com um destes carrões que pobre como a gente nem sabe a marca. Mas ela fica pouco”, diz o primo. Pudera. O banheiro não tem conforto algum e, na geladeira, a bebida mais borbulhante que ela poderia encontrar é a tubaína do próximo almoço. “Ela sempre foi ambiciosa, vaidosa, sempre gostou muito de se arrumar pra ir à cidade, participar deste negócio de miss, de ser admirada”, conta.

CARRO DE RICO

Lúcio Flávio Moura/UOL
De vez em quando ela vem aqui com um destes carrões que pobre como a gente nem sabe a marca. Mas ela fica pouco
Adelino Marchiori, primo de Val Marchiori
Adelino diz que viu apenas um episódio de "Mulheres Ricas", porque “passa muito tarde pra quem mora na roça”. “Achei engraçado pra caramba. Ela se sente muito à vontade naquele luxo! Toda vida ela quis ser melhor que os outros.”

O sítio fica próximo da BR-369, no trecho entre as cidades de Arapongas e de Apucarana. A localidade mais próxima é a pequenina Caixa de São Pedro, uma comunidade rural de poucas ruas no município de Apucarana, para onde Val se mudou aos 12 anos com o pai Benedito e a madrasta Marineia.

“Ela era boa aluna. Limpava a casa e ajudava a cuidar dos irmãos mais velhos, mas sempre teve este temperamento, sempre teve nariz empinado”, confessa Marineia, que voltou a viver na localidade depois que Val saiu de Apucarana para viver em Londrina, onde ela catapultou sua condição social.

Em Caixa de São Pedro, os moradores misturam orgulho e constrangimento com a atuação de Val em rede nacional. Lá, a simplicidade é um valor sagrado e as frequentes alfinetadas da conterrânea nos mais humildes e nas outras “ricas” não pegam nada bem.
Nas ruas e nos poucos pontos comerciais o programa é muito comentado, é claro, mas, de preferência quando nenhum Marchiori está por perto. “Como em qualquer lugar, a gente fica chateada com a maneira que ela trata os mais humildes. Não precisa disso, né?”, diz uma vizinha de seu pai, que se ausenta muito da comunidade por ter rotina de caminhoneiro.

Não é difícil achar gente que cobra mais generosidade de Val com suas raízes. Uma das mais insatisfeitas é uma mulher que se identificou apenas como Maria e que diz ter sido a primeira patrocinadora da carreira da socialite. “Na época que ela começou a participar de concurso de miss na região, eu levava ela pra cima e pra baixo de carro, hoje ela nem me cumprimenta”, conta a mulher, que também foi proprietária de uma boate em Apucarana onde Val era habitué na adolescência e onde “partia os corações dos marmanjos”.

CONSELHO DE MÃE

Lúcio Flávio Moura/UOL
Eu gosto do modo como ela se veste, se expressa. Gosto que ela tenha ambição. Ela sempre dizia que iria chegar ao topo. Mas a Tata (apelido familiar) também tem que olhar para quem veio de baixo. Sempre digo isso a ela.
Vera Lúcia de Deus, mãe de Val Marchiori
Vovó coruja, mãe conselheira
A avó materna de Valdirene, a gaúcha Maria Rodrigues dos Santos, 77, é uma das poucas pessoas a que Val Marchiori se apegou na vida. A aposentada vive numa casa aconchegante em Arapongas e tem todas as despesas pagas pela neta. Ela fica ansiosa para receber a visita da socialite, que passa rapidamente no Norte do Paraná para monitorar os negócios de tempos em tempos.

Mas dona Maria não gosta de dar entrevista, respeita uma das vontades da neta. Na mesma casa, vive a mãe, Vera Lúcia de Deus, 56. “A Val é superpreocupada com a saúde da avó. Sempre telefona e pergunta”.
Quando a socialite encosta o carro importado na rua Sanhaço, no Jardim Centauro, já sente o cheiro dos quitutes que mãe e avó prepararam. Um festim decora a mesa, conta a mãe, e Val esquece a dieta sofisticada, até o inseparável champanhe. Bolinho de queijo, curau, bolo de milho. E cocada. Muita cocada. “Ela adora doce”.

Apesar de exaltar todas as qualidades da filha, a mãe não deixa de falar baixinho – segura de que dona Maria não esteja ouvindo – quando comenta a participação da filha na TV. “Não acho que ela precisa ficar exigindo bebida cara. Eu gosto do modo como ela se veste, se expressa. Gosto que ela tenha ambição. Ela sempre dizia que iria chegar ao topo. Mas a Tata (apelido familiar) também tem que olhar para quem veio de baixo. Sempre digo isso a ela.”
Uma coleção de amantes no interior

Em Londrina, onde conheceu o empresário Evaldo Ulinski, pai dos seus filhos, Val Marchiori deixou lembranças nas altas rodas. Ninguém declara nada publicamente, a não ser o próprio Ulinski e a mulher Nylcéia, que não poupam ataques contra a índole da socialite, a quem chamam de “prostituta de luxo”.

ROTINA ATRIBULADA

Naquela época, no início dos anos 90, ela já tinha uma vida confortável. Morava num apartamento de três quartos, com direito a uma espaçosa suíte. Ela falava de outros dois namorados, além do que tinha dado o apartamento: um empresário do Rio Grande do Sul e um cantor sertanejo muito famoso.
Amiga de Val que não quis se identificar


Na cidade, não é segredo que ela ganhou uma confortável casa do empresário antes mesmo de ser mãe. O imóvel fica num endereço elegante próximo ao lago Igapó, cartão-postal da cidade, e o que se comenta é que, por muitos anos, teria sido o ponto de encontro do casal, que hoje se enfrenta judicialmente – ela diz que teve um relacionamento estável com ele por sete anos enquanto ele alega ter estado com ela apenas uma vez.

Antes mesmo de conhecer Ulinski, Val morou em um apartamento que recebeu de presente de outro namorado, também um empresário casado, segundo relato de uma amiga que frequentava a casa assim que ela chegou a Londrina.

“Naquela época, no início dos anos 90, ela já tinha uma vida confortável. Morava num apartamento de três quartos, com direito a uma espaçosa suíte. Ela falava de outros dois namorados, além do que tinha dado o apartamento: um empresário do Rio Grande do Sul e um cantor sertanejo muito famoso.”
 Pai dos filhos de Val Marchiori diz a revista que ela é 'prostituta de luxo'
A polêmica em torno da origem do dinheiro da perua Val Marchiori, uma das estrelas do reality “Mulheres Ricas” da Band, ganhou novo capítulo nesta quinta (26). O pai de seus filhos, o empresário Evaldo Ulinski, acusar a ex-amante de ser “prostituta de luxo” e de negligenciar os gêmeos Eike e Victor, frutos de um envolvimento “estritamente sexual” que Ulinski afirma ter tido com a socialite. O empresário deu uma entrevista ao site da revista “Veja” na qual acusa Val de ser “péssima mãe”. “Embora tivesse leite em abundância, ela jamais amamentou os filhos, dizia que não era vaca holandesa para amamentar bezerros. Nenhum dos nossos filhos sequer tomou um gole de leite materno. Isso para mim é totalmente descabido. Além disso, os meninos são cuidados e educados por babás. Ela não acompanha o dia a dia deles, não os leva à escola, não brinca com eles, não dá carinho e sequer os acompanha em consultas médicas quando adoecem, entre outros absurdos.”
O empresário ainda diz que Val tentou chantageá-lo, usando os filhos para conseguir vantagens financeiras sobre ele. Como não conseguiu seu objetivo, afirma Ulinski, decidiu expor a ele e a sua família. Ele afirma ainda que ambos nunca foram casados e desafia Val a mostrar a certidão de casamento entre eles.
Val Marchiori passeia de helicóptero com os filhos gêmeos Eike e Victor
Val Marchiori passeia de helicóptero com os filhos gêmeos Eike e Victor
Em determinado trecho da entrevista, o empresário diz que só dá pensão aos filhos e insinua que Valdirene (ele faz questão de chamá-la pelo nome de batismo) obtém dinheiro por meio da “mais antiga profissão do mundo”. “Tenho provas de que ela é e sempre foi prostituta de luxo, e se utilizava de sua profissão para tirar vantagens de pessoas bem sucedidas e desavisadas.”

 

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